sexta-feira, 30 de setembro de 2016




Em entrevista ao site Nocaute, iniciativa do jornalista e escritor Fernando Morais, o ex-presidente Lula fala sobre o impeachment e as investigações da Lava Jato contra ele: "Depois de cassar a Dilma, querem banir o PT e impedir que esse tal de Lula volte a ser Presidente"; ele alerta, no entanto, que "vai ser difícil" lhe tirar do jogo"; Lula faz duras críticas à imprensa, especialmente à Globo, e a "parceria" com a força-tarefa; "Eu acho que essa parceria é quase que um acordo feito entre a força-tarefa, a Polícia Federal, o pessoal da Lava Jato... ou seja, você me alimenta que eu te alimento"; confira a íntegra

30 DE SETEMBRO DE 2016 


247 – O ex-presidente Lula denunciou uma "parceria, quase que um acordo" entre a imprensa e a força-tarefa da Lava Jato, disse que a intenção dos investigadores é banir o PT da política, mas alerta que "vai ser difícil" lhe tirar do jogo". As declarações foram feitas em entrevista ao site Nocaute, iniciativa do jornalista e escritor Fernando Morais.


"Eu acho que essa parceria é quase que um acordo. Quase que um acordo feito entre a força-tarefa, a Polícia Federal, o pessoal da Lava Jato, ou seja, você me alimenta que eu te alimento", disse Lula.


Ele também fez críticas específicas ao Grupo Globo, dos irmãos Marinho: "A quantidade de cretinice, de mentiras, de leviandades levantadas pelo Jornal Nacional contra mim é uma coisa que não tem comparação".


"Estão me atacando muito mais pelos acertos que eu tive do que pelos erros que eu cometi. Eles sabem que nós fomos um bom governo", acredita o ex-presidente. Para Lula, "tem setores da imprensa que estão ficando praticamente uma fábrica de mentiras".


Sobre a força-tarefa da Lava Jato, afirma: "Do jeito que eles estão fazendo, há um direcionamento claro: nós temos que banir o PT da polícia brasileira e temos que tirar a possibilidade desse partido continuar governando. E não adianta só cassar a Dilma não, temos que cassar a Dilma, temos que banir o PT e temos que tentar evitar que esse tal de Lula volte a ser candidato a presidente".

Assista abaixo um trecho da entrevista. E aqui a íntegra.







Brasil 247

Jandira fez o óbvio no debate ao lembrar o papel da Globo no golpe. Estranho é direito de resposta auto concedido. Por Kiko Nogueira

Postado em 30 Sep 2016


Se o debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo foi soporífero como uma caipirinha de maconha, o do Rio teve eletricidade em diversos momentos.

Quem deu o tom foi Jandira Feghali, do PC do B, que de cara lembrou, corajosa, que a Globo “apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita que foi cassada sem qualquer crime.”

Emendou na pergunta para Pedro Paulo, do PMDB: “Como é que você jogou tanto voto fora e agora pede voto?” Inevitavelmente a performance virou meme, com aquele efeito dos óculos escuros voadores ao som do rap “Turn Down For What”.

Na sequencia, aconteceu o direito de resposta mais esdrúxulo desses encontros políticos desde que eles nasceram. A mediadora Ana Paula Araújo fez um pronunciamento.

“A TV Globo não é obrigada a realizar debates. Se a emissora faz isso é justamente por apreço à democracia, inclusive se expondo a ter críticas ao vivo dos candidatos”, discursou, ligeiramente alterada.

“Quero lembrar também que não é a Rede Globo que está sendo avaliada aqui, são os candidatos e é você de casa que vai poder ver as propostas, comparar as ideias e ver quem é que tem mais compostura e competência para ser prefeito do Rio de Janeiro”. O esclarecimento, se é que se pode chamar assim, foi seguido por uma salva de palmas inexplicável de puxa sacos.

Ok. A transmissão desse tipo de programa é facultativa, segundo a lei. No mais, Ana Paula errou. É inevitável que a Globo seja citada por causa do papel paquidérmico que ela adquiriu na vida nacional há 50 anos e é absolutamente legítimo que isso seja questionado. Estranho é passar em branco. Não é possível falar do impeachment de 2016 sem incluir a Globo na trama.

A jornalista sabe disso e se virou como pôde. Não precisava, eventualmente, se comportar como a dona de um bufê que faz uma concessão ao acolher aquele bando de desclassificados, até porque a lojinha não é dela. O debate traz audiência, prestígio, poder e anunciantes. Insinuar que Jandira não tem compostura foi golpe baixo.

É um script que os apresentadores vão sendo obrigados a repetir. Em 2014, Anthony Garotinho foi ao RJTV. Após ser questionado sobre corrupção e promessas não cumpridas, mencionou o escândalo da sonegação da Globo nos direitos da Copa do Mundo de 2002.

“Acusação todo mundo tem. Agora mesmo acusaram a Globo em um desvio milionário com laranjas em paraísos fiscais. Não sei se a Globo é culpada, até acho que é, é uma opinião minha, mas quem vai decidir é o juiz e não eu. Disseram que a Globo sonegou bilhões”, afirmou, ao vivo.

A âncora Mariana Gross usou o mesmo texto, abreviado, da colega Ana Paula Araújo: “Candidato, o tema aqui não é a Globo”.

Garotinho ainda lembrou o pedido de desculpas do grupo pelo apoio à ditadura militar. Mariana ficou com a última palavra. Na hora de se despedir do público, voltou ao assunto do qual queria fugir: “Queria aqui reiterar que a TV Globo paga seus impostos.” E chamou para os comerciais.

Não será possível apagar o papel da Globo na história recente do Brasil, por maior que seja o talento e o esforço de seus funcionários para a tergiversação e a desconversa.



Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Nem Erundina salvou um debate chato que teve a dupla Marta e Doria fugindo de Haddad. Por José Cássio

Postado em 30 Sep 2016

Chatice descomunal

A Globo enquadrou as campanhas no seu indefectível padrão de qualidade e o resultado não poderia ser outro: o debate desta quinta-feira, 29, último antes do primeiro turno, entre os candidatos a prefeito de São Paulo, foi morno e frustrou quem esperava um confronto de ideias com troca de farpas, acusações e inventividade.

A exceção, para variar, foi Luiza Erundina, que voltou a classificar o tucano João Doria de lobista e o acusou de ter construído sua vida profissional em cima de dinheiro público e intermediação de negócios envolvendo governos e iniciativa privada.

“Você é candidato em troca do uso da máquina do Estado a seu favor”, afirmou Erundina. “Inclusive o ministério público está movendo uma ação para cassar a sua candidatura por causa disso. Modernidade para você é isso, candidato?”

Impassível, Doria, a cada ataque da ex-prefeita, dizia que respeita a sua história de vida mas que são diferentes.

“Eu não sou político, sou um gestor e estou aqui para defender um modelo de Estado moderno e eficiente”, discursou. “Sempre agi com honestidade e decência”.

O modelo do debate acabou desfavorecendo Fernando Haddad, que passou dois blocos sem responder perguntas.

Quando teve oportunidade, o prefeito tirou Marta do sério com uma pergunta sobre a Inspeção Veicular, e a volta da Controlar, e enquadrou Russomanno em relação ao cartão saúde que o candidato do PRB “vende” como a salvação da lavoura para os problemas do setor.

“É equívoco dar o cartão com prontuário para o paciente”, afirmou Haddad. “Se a pessoa perde o cartão vai perder todos os dados. Não sei se você conhece tecnologia, mas existem sistemas de nuvem que são mais eficientes, além da proposta do chip ser cara e inviável”.

Marta concentrou seus esforços em João Doria, no afã de fazer do tucano escada para atacar Haddad e Russomanno – ela os considera concorrentes diretos pelo segundo turno.

Nas considerações finais, a candidata do PMDB afirmou que Doria já está consolidado na liderança.

“Resta então uma vaga”, disse Marta. “O Haddad vocês já conhecem: promete e não entrega. E Russomanno está envolvido em diversos escândalos”.

Difícil prever a influência nos eleitores de um debate chocho e engessado como este realizado pela Globo.

O certo é que Marta e Russomanno fugiram de Fernando Haddad. Muito provavelmente por saberem que enquanto ambos seguem em queda, o prefeito, que tem uma boa estrutura de campanha, com candidatos a vereador e cabos eleitorais espalhados por todos os bairros da cidade, vem crescendo nas pesquisas.

João Doria foi outro que escamoteou. “Talvez ele esteja com receio de me enfrentar no segundo turno”, provocou Haddad.

Faz sentido. Entre um desinformado lerdo como Russomanno ou uma candidata que o próprio filho classificou de “golpista”, como Marta, o tucano teria de ser muito amador para optar por encarar o prefeito que faz um bom governo e busca a reeleição.


Sobre o Autor
JC é jornalista com formação política pela Escola de Governo de São Paulo


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

zé Cardozo submete Dilma a nova derrota no STF




Conversa Afiada

PF PEDE PREVENTIVA DE PALOCCI E MORO DEVE SOLTAR MARCELO ODEBRECHT


A Polícia Federal pediu, nesta sexta-feira, a conversão da prisão de Antonio Palocci de temporária em preventiva, ou seja, sem tempo para acabar; o juiz Sergio Moro pode despachar ainda nesta sexta-feira; além disso, na próxima semana, Moro deve soltar o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que já está preso há um ano e três meses; Palocci seria o primeiro "peixe grande" da delação de Marcelo, que pode atingir centenas de políticos; Marcelo já mencionou uma doação de R$ 23 milhões para José Serra, pelo caixa dois, e de R$ 11 milhões para o PMDB, a pedido de Michel Temer, também via caixa dois

30 DE SETEMBRO DE 2016 


Paraná 247 – A Polícia Federal pediu, nesta sexta-feira, a conversão da prisão de Antonio Palocci de temporária em preventiva, ou seja, sem tempo para acabar.

Ele é acusado de ser o "italiano", que teria recebido milhões para defender interesses da Odebrecht junto ao governo federal.



"Não existe qualquer medida cautelar diversa da prisão que inviabilize Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic – seu funcionário até a presente data – de praticarem atos que visem a ocultar e obstruir a descoberta acerca do real paradeiro e emprego dos recursos em espécie recebidos”, afirma o delegado Filipe Hile Pace.

O juiz Sergio Moro pode despachar ainda nesta sexta-feira sobre o pedido da Polícia Federal, que deve ser endossado pelo Ministério Público Federal.

Além disso, na próxima semana, Moro deve soltar o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que já está preso há um ano e três meses na carceragem em Curitiba.

Palocci seria o primeiro "peixe grande" da delação de Marcelo, que pode atingir centenas de políticos.

Marcelo já mencionou uma doação de R$ 23 milhões para José Serra, pelo caixa dois, e de R$ 11 milhões para o PMDB, a pedido de Michel Temer, também via caixa dois.


Brasil 247

NA GLOBO, JANDIRA DENUNCIA APOIO DA GLOBO AO GOLPE



Em sua primeira participação no debate de ontem à noite com os candidatos à prefeitura do Rio, a deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ) apontou a participação da Globo no golpe parlamentar de 2016, contra a presidente Dilma Rousseff; "Boa noite, nós estamos aqui na TV Globo e eu não poderia deixar de registrar que essa emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita. Esse golpe interrompeu o mandato de uma mulher eleita, que melhorou a vida de todos os vocês e investiu muito nesta cidade"; vídeo

30 DE SETEMBRO DE 2016 


Rio 247 – Em sua primeira participação no debate de ontem à noite com os candidatos à prefeitura do Rio, a deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ) apontou a participação da Globo no golpe parlamentar de 2016, contra a presidente Dilma Rousseff.

"Boa noite, nós estamos aqui na TV Globo e eu não poderia deixar de registrar que essa emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita.

Esse golpe interrompeu o mandato de uma mulher eleita, que melhorou a vida de todos os vocês e investiu muito nesta cidade".

Confira o vídeo publicado pelo coletivo Mídia Ninja:

Brasil 247

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Almir Guineto e Beth Carvalho - Conselho




LT  -  You Tube

ALMIR GUINETO - Conselho




LT   -   You Tube

Por que só agora Lewandowsky disse que o impeachment é um atraso na democracia brasileira? Por Paulo Nogueira

Postado em 29 Sep 2016


Covarde

Por que só agora, com irreparável atraso, Lewandowsky disse que o impeachment é um atraso na democracia brasileira?

Esta é mais uma das perguntas com as quais os ministros do STF terão que se defrontam perante a história.

A mais perturbadora delas caberá a Teori responder: por que ele esperou Eduardo Cunha fazer todo o seu trabalho imundo na Câmara para derrubar Dilma para só depois enxotá-lo?

Os dois casos contam muito sobre o papel do SFT na destruição da democracia pelos plutocratas.

Os ministros foram omissos, coniventes, cúmplices, medrosos.

Entre eles, apenas os golpistas se manifestaram, como Gilmar e o decano Celso Mello. E fizeram insuportáveis pronunciamentos contra a ordem estabelecida, contra 54 milhões de votos.

Estes sabiam ter a retaguarda da mídia. Daí sua “coragem”.

Marco Aurélio Mello, que em dado momento esboçou ser um possível foco de defesa da democracia, desapareceu.

Lewandowski, o presidente então, deixou para falar o que deveria ter dito há meses só agora. Antes, fez um papel ridículo como juiz das sessões do Senado que aacabariam derrubando Dilma.

Pior do que não falar em defesa de uma causa justa e nobre, como era a de Dilma, é falar quando as palavras já não têm poder nenhum.

É o que fez Lewandowsky.


Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Com viés de alta, Haddad pode surpreender

29 de Setembro de 2016

Por Paulo Moreira Leite


O crescimento da campanha de Fernando Haddad em São Paulo, confirmado pelas pesquisas internas dos partidos, é um sinal animador na conjuntura de retrocesso político criada pelo golpe de 31 de agosto.

Os dados recolhidos pelo sistema chamado de tracking, considerado o mais eficiente para avaliar os humores do eleitorado, mostram uma situação de empate entre três candidatos que podem ir ao segundo turno. Neste ambiente, Haddad está em movimento de alta, aparecendo como uma opção realista para ir ao segundo turno e enfrentar João Dória, qualificado como o candidato da coalização golpista. Nos dados mais recentes, acumulou 16 pontos, cravando um empate técnico pelo segundo lugar, contra Celso Russomano.

Haddad não é apenas uma opção a mais, estatística banal do mercado de votos. É, acima de tudo, uma opção política, diferenciada num pelotão de concorrentes tão diferentes e tão iguais. 

Um mês depois da decisão no Senado que consumou o golpe, perder um minuto de reflexão para reconhecer a importância de sua candidatura, num país em busca de caminhos para resistir ao ataque anunciado aos direitos e conquistas dos trabalhadores e da população super explorada do país. 

Em texto de 27 de setembro, escrevi aqui que havia um “fiapo de esperança” no crescimento de Haddad. Numa situação que evolui em alta velocidade, apenas 48 horas depois há mais do que isso, como compreendem os militantes e eleitores engajados diretamente na busca de votos para ampliar o apoio ao prefeito.

Numa atividade que parecia extinta pelos ataques destrutivos da AP 470 e da Lava Jato, sem falar na crise interna do próprio Partido dos Trabalhadores, homens e mulheres começam a arregaçar as mangas para pedir votos pelo telefone, em conversas de ponto de ônibus, em reencontros de velhos amigos e, especialmente, pelas redes sociais, num movimento que tende a se ampliar na medida em que a chance de ir para o segundo turno mostra-se palpável. 

Apesar do atraso de Haddad, que chegou ao local com atraso de 50 minutos, a caminhada pelo Jardim da Conquista, no fim de semana, mostrou uma população disposta saudar o prefeito e seu maior cabo eleitoral, Lula. O ato na Casa de Portugal, terça-feira, foi um evento vibrante, de impacto positivo. Numa campanha curta, com a propaganda concentrada em aparições de 30 segundos – mais adequada para anuncio de margarina do que para debates políticos – o confronto de ideias e de prioridades precisou de tempo para ficar claro e amadurecer.

É isso que está acontecendo nos últimos dias da disputa. Um fato significativo envolve a reação de um conjunto representativo de médicos da cidade, liderados por Dráuzio Varella, em resposta a promessa demagógica de vários adversários do prefeito – a começar por João Dória -- de liberar a velocidade assassina dos automóveis no transito, responsável por um morticínio superior ao de muitos países em guerra civil. Por um desses caminhos sempre surpreendentes da discussão política, a partir do lugar do automóvel na vida cotidiana da maior cidade brasileira os eleitores poderão optar pela prioridade que deve ajudar a organizar São Paulo. A escolha, que não deixa de ter um aspecto absurdo pela natureza dos interesses envolvidos, contrapõe o prazer individual – alguns chamam isso de “liberdade” -- de motoristas endinheirados em pisar fundo no acelerador de seus carrões, ou a segurança coletiva de uma população para quem o trânsito é uma rotina de infortúnio, perigo e muitas vezes um caminho sem volta.

Não há dúvida de que, com todos defeitos e limitações, Haddad fez uma gestão que trouxe benefícios inegáveis a população mais pobre da periferia – ainda que este fato tenha sido escondido por uma campanha sistemática dos meios de comunicação para impedir sua emergência como liderança renovada do Partido dos Trabalhadores e da política de São Paulo, com direito a projetos de maior alcance.

Numa disputa que se transformou num segundo turno antecipado, Haddad merece apoio por uma outra razão. Tem vários defeitos mas é o único candidato que não pode ser definido como uma fraude – traço respeitável entre os quatro maiores concorrentes.

Explicando. João Dória disputa a prefeitura da maior cidade brasileira com a máscara padrão dos demagogos. Num manjado truque de botox ideológico, faz questão de dizer “não sou político”, simulando uma autenticidade desmentido pelo escandaloso patrocínio assegurado pelos cofres de Geraldo Alckmin a seus negócios. A novidade de hoje é que o slogan João Trabalhador – realmente, um abuso mental – pode acabar substituído por João Mau Patrão, em função de denúncias registradas na Justiça trabalhista. 

Celso Russomano é a farsa da velha tragédia janista, com um detalhe especial: que sucessivos escândalos o impedem de empunhar a vassoura do teatro ético.

Bastaram poucos meses de campanha para que Marta fosse reconhecida como a lendária viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido. Deputada, senadora e ministra, sempre pelo PT, engajou-se a fundo num movimento que renega 30 anos de vida política. Chegou a mandar flores para uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, cujo ministério frequentou até outro dia. Prometeu votar na PEC que vai arrochar gastos com saúde e educação, alinhando-se com um governo reprovado por 43% dos paulistanos. Estrela do TV mulher, pediu abrigo num governo antifeminista e antifeminino. Seu filho, o roqueiro Supla, reconhece em vídeo que mamãe “é golpista.”

Neste ambiente, Luiza Erundina chega aos últimos dias com a chance de encontrar um segundo papel numa campanha onde não teve forças para disputar as primeiras posições. Com uma biografia respeitável pela coerência, a conjuntura dos últimos dias lhe oferece duas opções. A primeira, é apoiar a candidatura de Fernando Haddad, que representa uma alternativa viável para ir ao segundo turno e enfrentar o candidato que tentará consolidar o golpe de 31 de agosto. A outra é manter a candidatura própria, estimulando uma divisão eleitoral que pode impedir Haddad de receber um punhado de votos que podem ser decisivos.

Num momento particularmente grave, a eleição municipal de 2016 ajuda a recordar uma velha verdade das disputas políticas. Vitoriosos e derrotados, os candidatos passam, seja na apuração, seja no fim do mandato. 

Mas o povo fica – e este é o compromisso de quem sabe que a política necessária coloca o interesse público em primeiro lugar.


Brasil 247

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

VÃO RESPONSABILIZAR O AGRESSOR DE LINDBERGH, QUE PRESTA SERVIÇOS AO MPF?



Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, traz um pouco do histórico de Claudio Roberto Baldaque Guimarães, o agressor do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que já se envolveu em atos violentos e confusões com arma de fogo; em 2015, disparou tiros para o alto, bêbado, para se mostrar com a pistola; assista

28 DE SETEMBRO DE 2016 

Por Fernando Brito, do Tijolaço

A jornalista Laura Capriglione, cara amiga dos Jornalistas Livres, identificou o agressor do senador Lindberh Farias e de sua mulher, na saída de um restaurante na Zona Sul do Rio, na noite de sexta-feira: é Claudio Roberto Baldaque Guimarães, já envolvido em atos violentos e confusões com arma de fogo.


O Tijolaço foi atrás e descobriu que Baldaque não é apenas um arruaceiro a mais, como poderia parecer.


É um empresário de segurança e de “despachos aduaneiros”, além de vender serviços terceirizados.


Entre seus clientes como “segurança” está… o Ministério Público Federal, aqui do Rio, como mostrou ontem à noite oViomundo. Pelo menos é o que consta da página da empresa, corroborado por um contrato anual de R$ 1,5 milhão, referente ao ano passado.


Baldaque – aliás, toda a família – está metido com segurança privada e, portanto, sujeito à fiscalização da Polícia Federal. Não é figura desconhecida no meio, até porque é integrante da diretoria do Sindicato das Empresas de Segurança do Rio de Janeiro.


Tem, portanto, a condição de “comandante” de centenas de homens armados.


Não é coisa que possa ser desconsiderada diante do histórico de um homem que exibe-se embriagado e faz disparos de arma de fogo na frente de restaurantes.


Veja o vídeo do episódio, em 2015.


A Polícia está desafiada a ir atrás dele.


E o Senado a exigir da Polícia Federal explicações sobre as condições de alguém assim dirigir uma empresa de homens armados.


Se o dono faz este tipo de coisa, o que fariam seus subordinados?

O Brasil no jogo de tabuleiro mundial do petróleo, por Marco Aurélio Cabral Pinto

QUA, 28/09/2016 - 11:00
ATUALIZADO EM 28/09/2016 - 12:20

A Petrobras se preparou para implementar ousado projeto de expansão da produção de petróleo, no qual as exigências de conteúdo nacional levariam à formação de nova geração de empreendedores industriais brasileiros. O projeto, contudo, foi negado por ação de interesses norte-americanos e da elite financeira brasileira


por Brasil Debate


por Marco Aurélio Cabral Pinto

Conteúdo especial do projeto do Brasil Debate e SindipetroNF Diálogo Petroleiro

A aritmética do petróleo é bem simples e fácil de entender. Em 1995, o Brasil estava fora do clube dos grandes produtores. A Petrobras era estritamente empresa com investimentos em P&D em águas profundas. Uma espécie de NASA brasileira, com aumento histórico de reservas proporcional à profundidade alcançada nas explorações off-shore. Porque a tecnologia, majoritariamente nacional, avança gradualmente, o ritmo de incremento na produção não vinha sendo historicamente explosivo. Por isso, a empresa (e o país) não participavam, nos anos 1990, dos jogos de poder do topo do sistema mundo.

O objetivo do presente artigo é rever muito brevemente as estratégias adotadas pelos países que protagonizam os jogos de poder sobre o tabuleiro do petróleo e avaliar as virtudes e os perigos da inserção brasileira desconectada de um projeto para o país.

1.Quanto às reservas de hidrocarbonetos

A descoberta de petróleo no pré-sal foi anunciada em 2006. Desde então, as reservas estimadas variam entre 50 e 100 bilhões de barris, o que situa o Brasil entre os 10 maiores em reservas. Na Tabela 1 encontram-se dados sobre aumentos de reservas por país entre os últimos vinte anos (1995-2015).


O crescimento de reservas no Brasil nos últimos 20 nos foi sem precedentes, bastante acima de Venezuela (Bacia do Orinoco), Cazaquistão e Angola, que aproximadamente quadruplicaram o patrimônio físico no período. O Brasil multiplicou a riqueza em “ouro negro” por cerca de 12 vezes em vinte anos.

Enquanto o aumento no consumo próprio significa maior vigor industrial, indica igualmente evolução no bem-estar social, na forma de consumo mais intensivo de energia. Portanto, o crescimento no consumo próprio de hidrocarbonetos é totalmente compatível com projeto de universalização no consumo com inovação (resíduos e poluentes etc.).

Se o crescimento no consumo de hidrocarbonetos pelo Brasil for gradual, ainda que possa ser acelerado, torna-se viável a formação de nova geração de empreendedores industriais-tecnológicos no país com competências para atender ao esforço de aumento na oferta.

O aumento acelerado nas exportações, ao contrário, imporá ao país a necessidade de importação de sistemas, máquinas e equipamentos, o que diminuirá os excedentes líquidos exportados. Ao mesmo tempo em que inibirá a formação de burguesia industrial-tecnológica nacional, o aumento de importância dos garimpeiros estrangeiros na formação do pacto político brasileiro tenderá a aumentar com o tamanho da produção.

Neste sentido, somando-se aumento mais que proporcional da presença chinesa no Brasil nos últimos 10 anos, é possível antecipar-se longo período de instabilidade política. Esta instabilidade tem como causa aumento esperado na rivalidade entre os EUA e a China no tabuleiro internacional. Nesta perspectiva, o Golpe de 2016 apenas reflete historicamente uma reação norte-americana a um projeto de país que viu na China e na Rússia aliados na geopolítica internacional do petróleo.

Por estas razões, cada país apresenta estratégia distinta quanto a relação entre reservas e produção. Cumpre-se conhecê-las.

2.Quanto ao ritmo de produção (consumo próprio e exportações)

Os EUA são os principais consumidores (21 MM b/d) e fazem uso de expressivas reservas (55 Bi barris 2015) para atender à demanda. Apesar de elevado volume de produção (cerca de 12,7 MM b/d), os EUA importam quase 40% das necessidades (cerca de 8 MM b/d).

As reservas no território norte-americano durariam somente oito anos se cortado o suprimento externo, já incluso incremento de 20 bilhões de barris disponíveis na camada de Xisto. Se consideradas as reservas do Canadá, as reservas estratégicas norte-americanas durariam cerca de 30 anos sem qualquer suprimento externo.

A importação maciça de óleo cru, contudo, é complementada mediante importações de derivados (refino16 MM b/d). Em síntese, para os EUA, é crucial a manutenção de influência política sobre os territórios que lhe garantem fornecimento, ainda que as flutuações de preços alterem a pulsação, o ritmo de acumulação das firmas industriais-petrolíferas norte-americanas. Perdas de curto prazo são mais que compensadas pelos ganhos de longo prazo.

A segurança político-militar norte-americana mobilizada no Oriente Médio faz com que o petróleo na região tenha custos ocultos acrescidos. Portanto, considerando-se a influência norte-americana desde a proclamação da República brasileira, pode-se concluir que as reservas no Atlântico Sul encontram-se entre as mais seguras (e mais baratas) para os “irmãos do norte”.

A China seguiu, até o presente momento, estratégia de busca de autossuficiência. Apesar de detentora de reservas comparativamente elevadas (cerca de 20 bilhões de barris), o elevado crescimento no consumo próprio (1,8x entre 2005/15) tem mobilizado os chineses a buscarem fontes de suprimento no exterior, o que coloca o Brasil como uma das poucas áreas de expansão com perspectivas de longo prazo.

Em 2015, a produção, o refino e o consumo atingiram patamar de cerca de 12 milhões de b/d na China. No entanto, a estratégia de autossuficiência não poderá ser mantida durante muito tempo face ao esgotamento de reservas próprias, esperadas para antes de meados do século.

A Rússia dispõe de reservas de cerca de 100 bilhões de barris, o que confere ao vizinho chinês recursos mais que suficientes para barganha de alianças de longo prazo na Ásia. Tradicionalmente supridora de energia para a Europa, a Rússia tem sofrido pressões e embargos no mercado europeu, o que também motiva alinhamento com a China.

A Rússia possui parque de refino (~5,8 MM b/d) inferior à produção (~11,0 MM b/d), contudo maior que o consumo (~ 3,1 MM b/d). A Rússia recebe hidrocarbonetos do Cazaquistão em condições historicamente favoráveis e adiciona valor industrial com a finalidade de exportação.

Complementar à Rússia, o Cazaquistão possui reservas relativamente modestas, sendo que boa parte foi descoberta nos últimos 10 anos (5 para 30 bilhões de barris). A produção alcançou em 2015 cerca de 1,7 milhão de b/d, porém com consumo dez vezes menor. Ou seja, com população de cerca de 17 milhões de habitantes, metade dos quais de origem eslava, e com um “presidente vitalício” apoiado por Moscou, na prática o Cazaquistão é sócio minerador na cadeia produtiva de combustíveis e derivados russos.

A Venezuela está entre os países com maior aumento de reservas nos últimos 10 anos, com as descobertas na Bacia do Orinoco (80 para 300 bilhões de barris). A produção (2,7 MM b/d) encontra-se em patamar bastante superior ao consumo (0,68 MM b/d), o que mostra que a Venezuela desempenha, frente aos EUA, papel comparável ao do Cazaquistão frente à Rússia. Ambos são funcionalmente supridores das necessidades dos dominadores externos.

3.Quanto ao futuro do Brasil

A urgência na extração de riqueza do pré-sal não é apenas da sociedade brasileira, mas também dos fabricantes internacionais e dos países importadores de petróleo: EUA, China, UE e Japão. Os dois últimos, praticamente sem produção e diante de dificuldades para crescer, não disputam espaços apertados no tabuleiro do petróleo internacional.

Desde 2011, os preços em dólares do barril de petróleo têm caído dramaticamente, o que não contribui como incentivo para aumentos na produção. A única exceção tem sido os EUA, que investem pesadamente em ampliação da produção nos últimos cinco anos. Entende-se que os EUA antecipam novo ciclo de aumento nos preços de óleo e derivados, fruto possivelmente de conflitos militares antecipados no Oriente Médio para o próximo ciclo político (2017-2021).

Não obstante quase todos os países, com exceção dos EUA, terem adiado projetos de expansão da produção desde 2011, a Petrobras brasileira se preparou para a implementação de ousado projeto de expansão da produção, no qual as exigências de conteúdo nacional (SETE Brasil etc.) levariam à formação de nova geração de empreendedores industriais brasileiros.

Mesmo na contramão dos “mercados”, que indicam excesso de oferta de petróleo após 2008, o Brasil apostou fichas junto com os EUA no aumento dos preços futuros. Caso implementado, o projeto brasileiro permitiria ao país inserção superior na cadeia produtiva do “ouro negro”.

O projeto dos brasileiros foi, contudo, negado pela ação coordenada entre interesses norte-americanos e um grupo de representantes políticos da estreita elite financeira brasileira, conforme a história pouco a pouco se incumbe de mostrar.

Marco Aurélio Cabral Pinto - É professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, mestre em administração de empresas pelo COPPEAD/UFRJ, doutor em economia pelo IE/UFRJ. Engenheiro no BNDES e Conselheiro na central sindical CNTU


Jornal GGN

Neo-fascistas atacam Chico Pinheiro

Nem a ditadura pôs um meganha no Ministerio da Justiça - Cel. Ostra

Na foto, um notório esquerdalhopata! (Reprodução: Globo)


No Mau Dia Brasil dessa quarta-feira 28/set, o apresentador Chico Pinheiro comentou a inacreditável decisão do TJ-SP por anular a condenação do 74 PMs envolvidos no massacre do Carandiru, em 1992.

"Eu estava em São Paulo nesse dia, estava trabalhando. Foi um choque. Não há provas? Como? São 111 provas!", comentou ele, em referência aos 111 mortos pela Polícia do governador Fleury. "Não há provas? Falta o quê, convicção?"

("Conviccão", como se sabe, é o que, à falta de provas cabais, levou o Dallagnol, o idiota, a considerar o Lula chefe de quadrilha e não incriminá-lo por "formaçao de quadrilha". Umjenio!)

"São 21 anos para julgar um massacre que envergonha o Brasil muito mais que um 7x1 da Alemanha!", disse Chico.

E por que a Justiça não foi feita? Pois "eram todos pretos, pobres e presos", concluiu Chico.

O que foi o suficiente para neo-fascistas carimbarem Chico Pinheiro como "petralha", "defensor de bandido", no Twitter:

Uma cidadã de bem: "Não liguei minha TV pela manhã pra ver Chico Pinheiro defender vagabundo na TV. 111 foi pouco no Carandiru, devia ter matado todos."

Um fã do Trump (!): "Só queria saber se o Chico Pinheiro aceitaria "de bom grado" se a filha dele namorasse um daqueles "inocentes" do Carandirú. Só isto."

Um dito "patriota" (a quem falta também um pouco de interpretação de texto): "Para Chico Pinheiro, um absurdo os bandidos revoltados terem morrido no Carandiru, quem deveria ter morrido eram os policiais malvados..."

Um dito "anti-comunista": "Chico Pinheiro?! Sujeito esquerdalhopata."

NAVALHA

A propósito de neo-fascismo, o Senador Lindbergh identificou o desatinado que atacou sua mulher, na saída de um restaurante, no Rio.

Lindbergh, como se sabe, segundo o neo-fascismo corrente, não passa de um esquerdalhopata...

Também, com um Ministro da Justiça (sic) desses...

Advogado do PCC e do Eduardo Cunha...

Em tempo: Laura Capriglione, nos Jornalistas Livres, deu a notícia: Lindbergh Farias identifica o fascista que o atacou na saída de um restaurante


Conversa Afiada

Agressor de Lindbergh Farias é identificado

QUA, 28/09/2016 - 08:56


Jornal GGN - O senador do PT, Lindbergh Farias, sofreu um ataque, no Rio de Janeiro, de um valentão que, aos gritos, o ofendia por ser petista. Não é o primeiro ataque contra petistas ou pessoas que defendam o PT, é um entre muitos. Só que o agressor se deu mal: Lindbergh o identificou e está processando o infeliz. Os Jornalistas Livres, em matéria de Laura Capriglione, foi mais longe e levantou a capivara do agressor e a capivara não é bonita, o provocador tem outras passagens por agressões, movidas por um sentimento de impunidade que não pode ser tolerado.

Claudio Roberto Baldaque Guimarães é o nome do agressor e em sua capivara constam agressões contra um policial, tiros para cima no meio da rua, e outras coisinhas mais. Não é, realmente, um opositor político, é somente um fanfarrão que se acha intocável. Leia a matéria a seguir.

dos Jornalistas Livres


Trata-se de um homem com vasto histórico de agressões e violências

por Laura Capriglione

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reconheceu o sujeito que o ameaçou na noite de sexta-feira (23/09) na saída de um restaurante. O nome dele é Claudio Roberto Baldaque Guimarães, um valentão que já se envolveu em ocorrências policiais por embriaguês, disparos de arma de fogo e agressão.

Baldaque Guimarães estava no mesmo restaurante em que jantava o senador, acompanhado da mulher e de amigas. Sentado em uma mesa próxima da de Lindbergh, o fascista passou a insultar o petista, gritando: “Quem apoia Lula não pode jantar aqui”.

Quando Lindbergh saía do local, Baldaque Guimarães seguiu-o –sempre gritando e ofendendo. Ridículo, além de violento e covarde, o provocador ainda tirou a camisa, para mostrar sua disposição de partir para o confronto físico. Empurrou a mulher do senador, que caiu no chão, ferindo-se nos braços e pernas.

Lindbergh registrou queixa contra o agressor. E publicou nota na sua página de facebook, pedindo ajuda para que o homem fosse identificado, o que ocorreu nesta tarde (27/9).

Em 14 de julho do ano passado, o mesmo Claudio Roberto Baldaque Guimarães apareceu no noticiário policial, por causa de uma sessão de exibicionismo com arma de fogo. Ele e um amigo, José Daltro Queiroz de Magalhães Junior, foram presos em flagrante depois de fazer selfies com uma pistola automática. 380 na varanda do Lagoon, centro gastronômico de luxo na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Segundo o gerente do restaurante, ambos os homens haviam passado horas embriagando-se no local. Quando a PM chegou para dar um paradeiro na loucura, os amigos fizeram de seis a sete disparos para o alto, com o propósito de assustar os policiais. Havia mulheres e crianças no local.

Não para por aí. Baldaque também foi denunciado por comportamento violento em 28 de julho de 2010… Na ocasião, por causa de uma discussão de trânsito, arremessou seu carro contra o do policial Gilmar Pasquini. Na denúncia que fez contra o valentão, Gilmar Pasquini afirmou: [Depois disso, ele] “fugiu em marcha a ré em alta velocidade, tendo derrubado um pedestre de nome Marcio”. O badboy abandonou no local a mulher que o acompanhava, e ela disse que o havia conhecido naquela noite, sendo que ele se identificou como “Claudio, delegado da polícia federal”. A mulher disse ainda que ele tinha bebido duas garrafas de vinho.

Jornalistas Livres procuraram Claudio Baldaque numa empresa de segurança que aparece ligada a seu nome. Também enviaram mensagem pela página de facebook de sua irmã. Ele não foi localizado.


Jornal GGN

País tem direito de saber quem é Santo, quem é Careca



28 de Setembro de 2016

Por Paulo Moreira Leite


Embora já tenha chegado a sua 35a. fase, a operação Lava Jato não conseguiu livrar-se da acusação de trabalhar de modo seletivo, reproduzindo um traço historicamente nefasto da Justiça brasileira, onde o Estado "é usado como propriedade do grupo social que o controla", nas palavras da professora Maria Sylvia de Carvalho Franco, no estudo Homens Livres na Ordem Escravocrata.

Neste universo, que descreve o Brasil anterior a abolição da escravatura, onde o grilhão, a chibata e o pelourinho eram instrumentos banais de manutenção da ordem para os habitantes da senzala, o "aparelho governamental nada mais é do que parte do sistema de poder desse grupo, um elemento para o qual se volta e utiliza sempre que as circunstâncias o indiquem como o meio mais adequado."

Dias antes de Guido Mantega ter sido forçado a deixar o centro cirúrgico do Alberto Einstein, onde sua mulher era operada de um câncer, para cumprir um mandato de prisão, descobriu-se um fato ao mesmo tempo chocante e instrutivo.

A Justiça Federal foi incapaz de descobrir o endereço residencial de Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, para lhe entregar uma notificação relativa a AP 470, o Mensalão (Rubens Valente, Folha de S. Paulo, 15/9/2016). Não se trata de um caso com muitas dúvidas. Em 2005 a Polícia Federal encontrou quatro cheques do esquema de Marcos Valério, no valor de R$ 75.000 cada um, na conta do ex-ministro. Pimenta alegou que eram pagamentos por honorários que exerceu num serviço como advogado. Não mostrou documentos nem apresentou casos concretos em que atuou. O próprio Valério alegou, na CPI dos Correios, que havia ajudado Pimenta a pagar a conta do tratamento de saúde de um filho. Não convenceu. Mesmo assim, o caso já dura dez anos, o que configura outra ironia de longo curso. 

Quando resolveu procurar Henrique Pizzolato, o dirigente do PT condenado a 12 anos e sete meses no STF, o Ministério Público fez investigações no Paraguai, Argentina e Espanha, até que chegou ao interior da Itália para localizá-lo na casa de um sobrinho. Enfrentou uma disputa na Justiça daquele país para garantir que Pizzolato fosse trazido para cumprir pena no Brasil, embora tivesse passaporte italiano. A principal denúncia contra o antigo diretor do Banco do Brasil envolve um pagamento de R$ 326.000, quantia 10% superior aos R$ 300.000 de Pimenta. O detalhe é que Pizzolato sempre alegou que o dinheiro não era para si, mas para o PT no Rio de Janeiro. Verdade ou não, os R$ 326.000 nunca surgiram em sua conta nem foram confirmados pela quebra de seu sigilo bancário ou fiscal. 

Ao contrário do que ocorreu com o dinheiro entregue a Pizzolato, os recursos destinados a Pimenta foram pagos em quatro prestações e descobertos pelo delegado Luiz Fernando Zampronha, da Polícia Federal, e mais tarde arquivados no inquérito 2474 -- aquele que o Supremo não examinou quando julgava a AP 470. 

Mesmo considerando antecedentes tão notáveis sobre o caráter seletivo das investigações que envolvem políticos brasileiros, a representação da Polícia Federal que pediu a prisão de Antonio Pallocci, Branislav Kontic e Juscelino Dourado causa um choque inegável. Isso porque a leitura das primeiras 30 páginas sobre o esquema de pagamentos clandestinos do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, um departamento destinado a sustentar esquemas políticos, nada informa sobre o ministro ou o Partido dos Trabalhadores mas é muito revelador sobre o conhecimento da PF sobre o esquema de corrupção do PSDB paulista.

Na página 13, por exemplo, descreve-se a partilha de uma propina de 0.9% sobre um investimento de US$ 20,6 bilhões. Na página 17, uma troca de email entre executivos da Odebrecht deixa claro que estamos falando da linha 2 do Metrô, um investimento que seria particularmente rico em denúncias de superfaturamento e gastos suspeitos. Na página 18, surgem pseudônimos de quem irá receber o dinheiro. Em outra passagem, aparecem iniciais que poderiam identificar empresas envolvidas. Nas páginas seguintes, surgem várias planilhas, com detalhamento de datas, prazos e acordos. Na página 36, informa-se que o DGI, sigla usada para designar propina, pode subir de 5% para 8% em determinada obra. Também se descobre que, além da linha 2, a linha 4 do metrô entrou na dança. Foi ali, na estação Pinheiros, que em 2007 ocorreu um acidente trágico, que provocou a morte de sete pessoas, engolidas por uma cratera. Quando se refere ao consórcio encarregado da obra da linha 4, um executivo da Odebrecht usa a palavra "vencedor" assim mesmo, entre aspas, o que chama a atenção durante a leitura, pelo reforço da ironia. Também se registra na mesma passagem o pagamento de duas parcelas de R$ 250.000 destinadas a uma autoridade identificada como "Santo".

A verdade é que, além de dois vereadores do PSDB paulistano citados nominalmente, ao lado de quantias relativamente modestas num contexto de pagamentos milionários -- R$ 6.000 e R$ 3.000 -- não há menção explícita a nenhuma autoridade de escalão mais alto. São elas que recebem pagamentos de R$ 200.000 ou R$ 250.000 por mês -- por vários meses. Embora José Serra e Geraldo Alckmin sejam mencionados como suspeitos óbvios por pessoas que conhecem os bastidores do caso, a verdadeira pergunta consiste em saber por que não se buscou apurar sua identidade real -- fosse qual fosse. Boatos não resolve. Suspeita que não é apurada também não. Não há motivo para segredinhos. Os fatos estão descritos em documentos públicos.

O tempo passa e quem se beneficia é o acusado, seja quem for. Como acontece com tantos colegas de Pimenta da Veiga no mensalão PSDB-MG, as acusações acabam prescrevendo. 


Durante um bom período, um personagem conhecido como "Italiano, visto como o protagonista das investigações que envolvem Antonio Palocci, foi identificado com outro ministro, Guido Mantega. Após um trabalho de checagem, procurando compatibilizar nome de assessores e eventos descritos em diversas trocas de mensagem, a Polícia Federal concluiu que Palocci era o "Italiano." Foi com base nessa visão que fez a representação e, numa cena indispensável para alimentar o já previsível de carnaval televisivo, conduziu o ministro para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

O problema é que entre as palavras civismo, virtude que tem sido frequentemente associada a Lava Jato, e cinismo, palavra comum no vocabulário de seus críticos, a única diferença consiste numa letra.

Se não há motivo para suspeitas prematuras nem acusações irresponsáveis, não há razão jurídica aceitável para se manter na penumbra a identidade de personagens conhecidos como "Santo" e "Careca" nos emails da Odebrecht. Elas devem ser conhecidas e investigadas, com o mesmo rigor dispensado a Antonio Palocci -- a menos que, aceitando a troca do "v" pelo "n", aceite-se que há uma seleção política para alvos do Judiciário. Neste caso, é preciso admitir que não estamos investigando nem a corrupção nem a troca de favores. Mas um partido e seus dirigentes, o que só é aceitável sob ditaduras. Não se quer justiça, mas política, colocando o estado "a serviço do grupo social que o controla," como escreve Maria Sylvia de Carvalho Franco, referindo-se às instituições que mantinham a escravidão.

A tragédia da linha 4, na qual sete pessoas perderam a vida, só reforça a necessidade de um esclarecimento completo a respeito da identidade e do papel de "Santo" e "Careca."

A assumida intimidade de Fernando Henrique com Emílio Odebrecht, principal acionista do grupo, muito mais influente naquele período, que é descrita com tanta intimidade no Diário da Presidência, é mais uma razão para isso. Como se aprende pela leitura, FHC chegou a imaginar que o pai de Marcelo Odebrecht poderia ajudá-lo num programa de investimentos públicos destinado a redesenhar o capitalismo brasileiro. Está lá, no volume 1. A mudança do coração da economia sob orientação da Odebrecht. Entendeu? 

A seletividade, sabemos todos, produz anedotas como uma Justiça que não consegue descobrir o endereço de um antigo ministro, Pimenta da Veiga. Mas não só.

Roberto Brant, que foi ministro da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso, também foi apanhado na rede de Marcos Valério. Recebeu um cheque de R$ 100.000. Disse que era contribuição para sua campanha. Acredito sinceramente que, como tantos, estava falando a verdade. Não importa. O fato é que seu destino foi outro. Renunciou ao mandato e ficou livre, enquanto parlamentares do PT, na mesma situação, marchavam no cadafalso da AP 470.

Na nova vida, fora de Brasília, Brant não teve de escapar de oficiais da Justiça. Pelo contrário. Um belo dia, lhe chegou o convite para uma missão nobre. Preparar a versão final de um projeto político de mudanças para o país. Foi assim que, uma década depois de ser apanhado com um cheque de Marcos Valério, tornou-se o autor do texto final de um documento chamado Ponte para o Futuro, projeto que deu o esqueleto ideológico para o golpe de 31 de agosto.

Deu para entender como tudo se liga com tudo?


Brasil 247

LULA AVISA: TEMER PREPARA PACOTE DE PRIVATIZAÇÃO DAS ESTATAIS


“Se preparem porque logo logo vem um pacote para se desfazer do Banco do Brasil, da Caixa, para vender a Petrobras, para vender a BR (Distribuidora). Porque quem não sabe governar, só sabe terceirizar. Nós temos consciência de que ter o prefeito da cidade de São Paulo pode ser uma forma de enfrentamento a essa política de desmonte que se pretende fazer no país” afirmou Lula, em evento da campanha de Fernando Haddad (PT-SP), na noite de ontem

28 DE SETEMBRO DE 2016


247 - Para o ex-presidente Lula, o governo de Michel Temer prepara um amplo pacote de privatizações nas empresas estatais. E não deve demorar muito a colocá-lo em prática. 

“Se preparem porque logo logo vem um pacote para se desfazer do Banco do Brasil, da Caixa, para vender a Petrobras, para vender a BR (Distribuidora). Porque quem não sabe governar, só sabe terceirizar. Nós temos consciência de que ter o prefeito da cidade de São Paulo pode ser uma forma de enfrentamento a essa política de desmonte que se pretende fazer no país” afirmou Lula, em evento da campanha de Fernando Haddad (PT-SP) com intelectuais, como o ex-ministro Luís Carlos Bresser Pereira e o escritor Radaun Nassar . 

O ex-presidente criticou ainda o projeto do governo que limita gastos com Saúde e Educação, afirmando que não é possível melhora nessas áreas “se não houver dinheiro”.

Lula disse que a reeleição de Haddad na prefeitura de São Paulo ajudaria a conter o ímpeto privatizador do atual governo federal.



Brasil 247

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

JOBIM É O MAIS COTADO PARA ASSUMIR A JUSTIÇA


Ex-ministro da Justiça, que já presidiu o Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim é hoje o nome mais cotado para substituir Alexandre de Moraes, que antecipou, durante um comício do PSDB, em Ribeirão Preto, a nova fase da Lava Jato, que prendeu Antonio Palocci; Moraes, que já foi advogado de Eduardo Cunha e secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin, irritou o Palácio do Planalto por ter instrumentalizado a operação; com bom trânsito na classe política e no Judiciário, além de filiado ao PMDB, Jobim começa a emergir como um nome de consenso num dos momentos mais delicados da história do País, em que as delações de empresas como Odebrecht e OAS ameaçam implodir todo o sistema político; Temer e Moraes terão reunião decisiva nesta tarde, mas a tendência, pela temperatura atual, é a demissão

26 DE SETEMBRO DE 2016 


247 – O advogado Nelson Jobim, que já foi relator da Constituinte, ministro da Justiça de FHC, ministro da Defesa de Lula e Dilma, além de presidente do Supremo Tribunal Federal, é hoje o nome mais cotado para assumir o Ministério da Justiça, no lugar de Alexandre de Moraes.

O atual ocupante do cargo se desgastou ao vazar, durante um comício do PSDB em Ribeirão Preto (SP), a nova fase da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci.

"Pode ficar sossegado. [...] Tanto que falam, falam e quinta teve, sexta teve outra, essa semana vai ter mais. Podem ficar tranquilos. Vocês vão ver. Quando vocês virem essa semana, vão lembrar de mim", disse o ministro da Justiça aos integrantes do Movimento Brasil Livre, ao lado de Duarte Nogueira, maior desafeto de Palocci na política local (saiba mais aqui).

No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer ficou profundamente irritado com o que considerou uma tentativa de instrumentalização política da Lava Jato por seu ministro da Justiça, que já foi advogado de Eduardo Cunha e secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Nesta tarde, Temer e Moraes terão uma reunião decisiva, mas a tendência é a demissão.

Caso Jobim seja confirmado na Justiça, ele assumirá num dos momentos mais delicados da história do País, em que as delações de empresas como Odebrecht e OAS ameaçam implodir todo o sistema político.



Brasil 247

MORAES ANTECIPOU E PF PRENDEU ANTONIO PALOCCI


O ex-ministro Antonio Palocci foi preso durante a 35ª da Operação Lava Jato; ontem, em Ribeirão Preto (SP), cidade de Palocci, o ministro da Justiça Alexandre de Moraes fez campanha por Duarte Nogueira, do PSDB, e antecipou que haveria "mais Lava Jato" nesta semana; "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse o ministro; para o PT, o governo começa a usar a Polícia Federal com fins eleitoreiros; além de Palocci, a PF prendeu também seus dois principais assessores na Fazenda e na Casa Civil, Juscelino Dourado e Branislav Kontic

26 DE SETEMBRO DE 2016 


247 – O ex-ministro Antonio Palocci foi preso durante a 35ª da Operação Lava Jato. O nome desta nova etapa é Omertà.

Ontem, em Ribeirão Preto (SP), cidade de Palocci, o ministro da Justiça Alexandre de Moraes fez campanha por Duarte Nogueira, do PSDB, e antecipou que haveria "mais Lava Jato" nesta semana.

"Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse ele, que é filiado ao PSDB (leiaaqui). Duarte Nogueira é o principal adversário político de Palocci na cidade.

Para o PT, o governo começa a usar a Polícia Federal com fins eleitoreiros (leiaaqui), em plena campanha municipal.

São cumpridos 45 mandados judiciais nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e no Distrito Federal. São 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária, e 15 de condução coercitiva.


Além de Palocci, a PF prendeu também seus dois principais assessores na Fazenda e na Casa Civil, Juscelino Dourado e Branislav Kontic.

As investigações estão relacionadas ao grupo Odebrecht. "Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", diz nota da PF.

As investigações apontam ainda que dentre as negociações estão tratativas entre o grupo Odebrecht e o ex-ministro para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009, que resultaria em imensos benefícios fiscais, aumento da linha de crédito junto ao BNDES para país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais, além de interferência em licitações da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters a respeito:

Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Lava Jato 


Reuters - O ex-ministro Antonio Palocci foi preso nesta segunda-feira pela Polícia Federal em nova fase da operação da Lava Jato, que investiga suspeita de relação criminosa do petista com o grupo Odebrecht em negociações envolvendo a Petrobras, o BNDES e o Congresso Nacional.

Palocci foi ministro da Fazenda do governo Lula e ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma.

De acordo com uma fonte ligada à operação, o ex-ministro foi preso em São Paulo nesta manhã como parte dos três mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça no âmbito da 35ª fase da Lava Jato, intitulada Omertà, segundo a PF, em referência à origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência a Palocci.

De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta visando propiciar vantagens econômicas à Odebrecht em diversas áreas de contratação com o poder público, tendo sido ele próprio e membros de seu grupo político beneficiados com valores ilícitos.

"Nesta fase da operação Lava Jato são investigados indícios de uma relação criminosa entre um ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda com o comando da principal empreiteira do país. O investigado principal atuou diretamente como intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht", disse a PF em comunicado, sem citar Palocci nominalmente.

As investigações apontaram, segundo a PF, tratativas entre a Odebrecht e o ex-ministro para a aprovação de um projeto de lei sobre benefícios fiscais, além de aumento da linha de crédito junto ao BNDES para um país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais e a interferência no processo de licitação da Petrobras para a aquisição de 21 navios sonda para a exploração de petróleo na camada pré-sal.

Além da prisão temporária de Palocci e de mais duas pessoas, estão sendo cumpridos nesta segunda-feira 15 mandados de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, de acordo com a PF.

Na semana passada, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, também dos governos Lula e Dilma, chegou a ser preso na 34ª fase da Lava Jato, sendo liberado no mesmo dia. 

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)


Brasil 247