Delcy Rodriguez, a chanceler da Venezuela, manifestou nesta terça (13) repúdio a “declarações descaradas e imorais” de José Serra sobre o país; o chanceler brasileiro afirmou na segunda (12) que considera “sem esperança” a melhoria da relação entre o governo brasileiro liderado por Michel Temer e a Venezuela; por meio do Twitter, a ministra venezuelana afirmou que o “governo de fato do Brasil, produto de um golpe parlamentar, violentou a ordem democrática desta nação irmã sul-americana”
13 DE SETEMBRO DE 2016
Opera Mundi - Delcy Rodriguez, a chanceler da Venezuela, manifestou nesta terça-feira (13/09) repúdio a “declarações descaradas e imorais” de José Serra sobre o país. O chanceler brasileiro afirmou na segunda-feira (12/09) que considera “sem esperança” a melhoria da relação entre o governo brasileiro liderado por Michel Temer e a Venezuela, e “impossível” uma retomada de laços com o país enquanto Nicolás Maduro for presidente. Já nesta terça-feira, Serra criticou o que classificou como “detenções arbitrárias” no país.
Por meio do Twitter, Rodríguez diz que “a República Bolivariana da Venezuela repudia as descaradas e imorais declarações do chanceler de fato José Serra”. A ministra venezuelana afirma também que o “governo de fato do Brasil, produto de um golpe parlamentar, violentou a ordem democrática desta nação irmã sul-americana”. “A vontade de 54 milhões de cidadãs e cidadãos que elegeram a presidenta Dilma foi vulnerada por uma elite desrespeitosa dos direitos humanos e da democracia”, concluiu Rodríguez.
Em entrevista publicada nesta segunda-feira (13/09) no jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil afirmou que a Venezuela "é um país fora de controle". Já nesta manhã, Serra divulgou uma declaração em que afirma que o governo brasileiro está “muito preocupado com a multiplicação recente de detenções arbitrárias na Venezuela”, em referência à prisão do jornalista Braulio Jatar, de cidadania venezuelana e chilena.
Jatar foi preso no dia 3 de setembro e está sendo processado por "delitos de extorsão, fraude legitimação de capitais e por atentar contra a ordem constitucional e democrática", segundo o governo venezuelano. Entretanto, de acordo com o jornal online Reporte Confidencial, do qual Jatar é editor, ele foi preso por divulgar vídeos de um protesto contra Nicolás Maduro, presidente do país, nos arredores de Porlamar, na Ilha Margarita, no Caribe oriental venezuelano.
Em sua declaração, José Serra diz que a prisão de Jatar ocorre “à revelia do devido processo legal e em claro desrespeito a liberdades e garantias fundamentais”. “Esse é um desdobramento que dificulta ainda mais o diálogo entre governo e oposição, indispensável para a superação da dramática crise política, econômica, social e humanitária que afeta a Venezuela”, finaliza o chanceler brasileiro.
O Chile também havia se manifestado sobre a prisão do jornalista, cuja família afirmou não saber para onde ele havia sido transferido neste fim de semana. Por meio de comunicado divulgado no domingo (11/09), o governo chileno exigiu que o governo venezuelano "garanta as normas mínimas que devem observar-se em toda detenção e dê a conhecer de imediato o lugar de reclusão de Jatar".
Na segunda-feira (12/09), a chancelaria venezuelana classificou as declarações chilenas como "inadmissível ingerencismo, falsos pressuspostos e falta de recato diplomático". A família de Jatar, por meio do Twitter, informou na noite de ontem que o jornalista se encontra em uma prisão no Estado de Guárico.
Brasil 247
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