A Procuradoria-Geral da Suíça já confiscou um total de US$ 1 bilhão em ativos ligados às investigações da operação Lava Jato, um aumento em relação aos US$ 800 milhões que tinham sido apreendidos ao longo de 2015, anunciou o órgão nesta quarta-feira; entre os políticos citados como beneficiários de contas secretas na Suíça já foram citados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, dois ex-presidentes da Câmara dos Deputados, que foram articuladores do golpe de 2016 e são aliados próximos de Michel Temer; o anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo procurador-geral Michael Lauber
5 DE ABRIL DE 2017
ZURIQUE (Reuters) - A Procuradoria-Geral da Suíça (OAG) já confiscou um total de 1 bilhão de dólares em ativos ligados às investigações da operação Lava Jato, um aumento em relação aos 800 milhões de dólares que tinham sido apreendidos ao longo de 2015, anunciou o órgão nesta quarta-feira.
A nova quantia total foi revelada no relatório anual do procurador-geral Michael Lauber para 2016, no qual a Procuradoria destacou os esforços para enfrentar não apenas a corrupção global, mas também os crimes financeiros dentro da Suíça e o extremismo islâmico.
As investigações de Lauber em colaboração com a Lava Jato sobre o esquema de corrupção que envolve principalmente a Petrobras, empreiteiras e políticos se focaram em pessoas acusadas de usar contas bancárias na Suíça para esconder dinheiro de propina.
Até o momento, mais de mil contas na Suíça foram examinadas, segundo Lauber, incluindo contas do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, que foi condenado na semana passada a mais de 15 anos de prisão.
Além da colaboração com a Lava Jato, a Procuradoria suíça também investiga o esquema de corrupção na Fifa, tendo entre os alvos o ex-presidente da federação internacional de futebol, Joseph Blatter, e o ex-jogador alemão Franz Beckenbauer.
(Reportagem de John Miller)
Brasil 247
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