Daqui a pouco teremos os números da pesquisa Datafolha, mas o levantamento da Ipsos, publicado hoje pelo Estadão mostra o que todos percebem sem auxílio de pesquisa alguma: o país está polarizado.
Na margem de erro da pesquisa, o número de pessoas favoráveis àprisão de Lula e que a considera “justa”, empata com os que são contrários a ela e a crêem injusta.
Mas para lá de significativo que a impressão generalizada (73%) seja a de que os “poderosos querem tirar Lula das eleições”. Ou de que “a Lava Jato faz perseguição a Lula”, opção de que apenas 41% discordam.
Dividido como o país está, significa que há uma parcela que sabe que aos ricos convém tirar Lula do páreo e, em nome disso, acham “justo” colocar um ser humano na cadeia. E que, apesar de injusta e persecutória, a Lava Jato é “útil” para resolver e incapacidade político-eleitoral da direita.
Se não dá dados completos, o levantamento do Ipsos serve como tranca para impedir aventuras que visem a criar “surpresas” artificiais em pesquisas: a metade que acha que Lula está sendo injustiçado e que rejeita sua prisão é a composta de seus potenciais eleitores, em primeiro e segundo turnos.
O que indica que, com as divisões entre os seus algozes, Lula segue folgado na liderança das pesquisas e, para terror dos democratas, continua sendo Jair Bolsonaro o “favorito” que se cria com a exclusão do ex-presidente.
Esta sim, é a obra da lava Jato, um país partido, sem chance sequer de um remendo.
Tijolaço
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