Por Kiko Nogueira
- 6 de maio de 2018
Doria com Arbaitman e a mulher Bete em jantar oferecido pelo empresário
Sergio Moro e o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo e da dancinha do Benito di Paula, serão estrelas do “Lide Brazilian Investment Forum” a ser realizado no dia 16 em Nova York.
O negócio é de João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo.
É uma sopa de impropriedades.
Fosse um país sério, um juiz não participaria de um convescote organizado por um tucano que concorre a governador ao lado de um general da tropa de choque de Michel Temer.
Mas isso não é tudo.
A logística do pacote está nas mãos da Maringá Turismo, de Marcos Arbaitman (que está oferecendo tarifas especiais para os cidadãos interessados no show).
Especializada em viagens corporativas e a lazer, a Maringá é especialista, segundo o site oficial, em “aliar qualidade e redução de custos às soluções de seu portfólio”.
Não só.
Ex-secretário de Esportes e Turismo nas gestões de Mario Covas e Alckmin, Arbaitman é ficha suja.
Foi condenador por improbidade administrativa. Mau uso do dinheiro público. Contratou pessoal sem concurso público no período de 1997 e 1998.
De acordo com a ação civil, fora alertado pelo Tribunal de Contas que a prática violava a Constituição Federal. Para os desembargadores, na sua defesa ele não deixou de admitir a prática.
“Impunha-se mesmo o recebimento da inicial, restando para o mérito da ação a aferição de eventual existência de má-fé, culpa ou dolo, pois, em princípio, a prática da contratação de pessoas, sem concurso, do então Secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo está destituída de qualquer legitimidade”, afirmou o relator Alberto Zvirblis.
Marcos Arbaitman nunca largou o osso do lobby.
Em 2016, o Ministério Público Eleitoral abriu um procedimento para apurar se Doria teria se beneficiado de jantares promovidos por empresas e feito propaganda antecipada.
Um dos encontros foi na casa do empresário e amigo da Maringá. No convite aparecia um e-mail da companhia para os convidados confirmarem a presença.
Imagine o powerpoint que Dallagnol não faria a partir dessa excursão.
Moro em evento de João Doria
Diário do Centro do Mundo - DCM
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