terça-feira, 31 de julho de 2018

Boa Noite 247 - As barbaridades de Bolsonaro





Brasil 247

Bolsonaro no Roda Viva em 30/07/2018




LT  -  You Tube

Despesas militares recorde no mundo: 1.739 bilhões de dólares em 2017. Na Rússia os gastos diminuem, o maior aumento é na China


Estados Unidos, China, Arábia Saudita, Índia e Rússia são os países que em valores absolutos têm investido mais nos gastos militares em 2017. Mas Moscou, na realidade, diminuiu pela primeira vez desde 1998 esse tipo de gasto, enquanto os EUA, que continuam a registrar do mais alto nível no mundo

29/07/2018 11:08


Estados Unidos, China, Arábia Saudita, Índia e Rússia são os países que em valores absolutos têm investido mais nos gastos militares em 2017. Mas Moscou, na realidade, diminuiu pela primeira vez desde 1998 esse tipo de gasto, enquanto os EUA, que continuam a registrar do mais alto nível no mundo, mantiveram-se estáveis pelo segundo ano consecutivo, no valor de 610 bilhões de dólares. Pequimgastou 228 bilhões de dólares, registrando, assim, um aumento de 5,6%.

A informação é publicada por Il Fatto Quotidiano, 02-05-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Os dados são publicados pelo Instituto Internacional de Estocolmo para as Investigações sobre a Paz (SIPRI) que apresentou na quarta-feira o seu mais recente relatório, mostrando que os gastos militares totais chegaram a 1.739 bilhões de dólares em 2017, um aumento de 1,1% em relação a 2016. Na UE é a Grã-Bretanha quem mais gasta, seguida por França, Alemanha e Itália, que está em 12º lugar. E o que gastam os EUA, China, Arábia Saudita, Índia e Rússia - explicou o think tank fundado em 1966 e parcialmente financiado pelo governo sueco - representa 60% da despesa total mundial. Esses 1.739 bilhões de dólares equivalem a 2,2% do PIB mundial e os dados do relatório evidenciam como as despesas militares foram aumentando por 13 anos consecutivos, entre 1999 e 2013 para depois registrar uma substancial estabilidade entre 2013 e 2016.

O ranking

No ranking o primeiro lugar do mundo em gastos militares em 2017 ainda é ocupado pelos Estados Unidos, totalizando 610 bilhões de dólares. O gasto da China aumentou 5,6%, para 228 bilhões de dólares em 2017. A participação das despesas chineses nos gastos militares em nível mundial aumentou de 5,8% em 2008 para 13% em 2017. A Índia, no entanto, gastou de 63,9 bilhões de dólares em 2017 ( 5,5% em relação a 2016), enquanto na Coreia do Sul a despesa totalizou 39,2 ( 1,7%). Com 66,3 bilhões de dólares gastos em 2017 os gastos da Rússia são 20% inferiores aos de 2016. A Arábia Saudita registrou despesas em crescimento de 9,2%, somando 69,4 bilhões de dólares. Também no Irã ( 19%) e no Iraque ( 22%) registaram-se fortes aumentos. A Itáliaestá colocada no décimo segundo lugar (era o décimo primeiro em 2016), com 29,2 bilhões de dólares: em comparação com o período 2008-17 trata-se de uma diminuição de 17%.

"A elevada persistência de gastos militares - ressaltou o embaixador Jan Eliasson, presidente do Conselho do SIPRI - é uma fonte de graves preocupações. Impede a busca de soluções pacíficas para os conflitos no mundo". O aumento dos gastos militares no mundo, nestes últimos anos, explica Nan Tian, pesquisador Amex no SIPRI, "é devido ao aumento substancial das despesas nos países da Ásia, da Oceania e no Oriente Médio."

Publicado originalmente no IHU Online.


Carta Maior

La Vanguardia: Sérgio Moro, o juiz super-herói. Por Andy Robinson


- 30 de julho de 2018

O juiz Sérgio Moro. Foto: HEULER ANDREY AFP

Publicado pelo jornal espanhol La Vanguardia
POR ANDY ROBINSON, jornalista

Por trás da prisão do ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, está o juiz Sérgio Moro, um magistrado que não tem escrúpulos em usar quase todos os meios à sua disposição para combater o clientelismo secular que caracteriza a política no Brasil.

O juiz Sergio Moro tem 45 anos e é fã de hard rock, além dos quadrinhos do Homem-Aranha e Super-Homem. E, depois de seu papel extraordinário na operação anti-corrupção Lava Jato, muitos o qualificam – bem, com reverência ou com desdém -, como um super-herói e um astro do rock.

Formado em Harvard e repetidamente homenageado nos Estados Unidos, o Moro é, no entanto, um peixe grande em uma poça legal relativamente pequena: a cidade de Curitiba, no sul do Brasil. É o centro nevrálgico da mega-operação legal que visa desmantelar as gigantescas redes de corrupção clientelística, o modus vivendi da política brasileira desde sempre.

Moro forjou um espírito disciplinado de corpo com os promotores de Curitiba e conhece pessoalmente os chefes da Polícia Federal responsáveis ​​pela prisão de Lula.

Ele tem magistralmente usado a mídia para mobilizar a opinião pública em favor da investigação sobre um financiamento dos partidos ilegais e subornos pessoais no ambiente da empresa brasileira de petróleo Petrobras e várias empresas de construção, entre as quais, a Odebrecht.

Em uma ocasião, ele ainda vazou para a gravação de mídia de uma conversa privada entre Lula e Dilma Rousseff, quando o então presidente brasileiro Lula queria fazer parte de seu gabinete para se proteger do avanço abusivo Lava Jato. Os advogados de defesa de Lula também denunciaram que Moro deu sinal verde para a colocação de microfones em seus escritórios.

Moro foi além de qualquer outro juiz na longa história de investigações anticorrupção, graças ao uso abundante de delações premiadas, que anteriormente eram proibidas no Brasil.

Acordos foram assinados para reduzir as sentenças de 120 supostos criminosos em troca de entregar outros. São muitos, especialmente, quando se considera que apenas 100 pessoas foram condenadas.

No caso de apartamento em Guarujá, Moro é criticado por basear a sentença de Lula no testemunho dos executivos da construtora OAS, que confessaram pagar subornos para reduzir suas sentenças. A sentença “é baseada unicamente em uma testemunha que disse ter conversado sobre corrupção com um terceiro em nome de Lula, acusação que foi desmentida por esse terceiro”, disse um porta-voz do escritório de advocacia Teixeira Martins em São Paulo, que defende Lula.

Esses métodos são controversos e mais e mais especialistas em direito estão perplexos. “Existem muitas irregularidades; tem proximidade com os promotores e com a polícia que não é própria de um juiz”, diz Thiago Bottino, professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas em entrevista no Rio de Janeiro.

Moro se defende citando os poderes factuais, os interesses que ele enfrenta e a necessidade de quebrar os pactos de silêncio. Longe de optar por uma maior discrição à medida que a crítica cresce, ela freqüentemente vai para os Estados Unidos para receber prêmios. Em uma de suas visitas a Washington, organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, ele se deixou fotografar com um candidato conservador da oposição ao Partido dos Trabalhdores (PT).

No dia 8, no entanto, o juiz super-herói caiu na armadilha de seu principal adversário. Aproveitando-se do fato de que um juiz simpático a Lula estava em plantão, três deputados do PT impetraram um mandado de habeas corpus. O juiz -Rogério Favreto- aceitou a petição e enviou uma ordem à Polícia Federal de Curitiba para libertar o ex-presidente “imediatamente”. Moro estava de férias em Portugal e, portanto, incapaz de intervir.

Com toda a segurança, o pedido teria sido cancelado no dia seguinte, segunda-feira, 9, quando os outros juízes voltassem ao trabalho. Mas Moro não conseguiu ficar de braços cruzados. Ele ligou para os promotores e para a Polícia Federal em Curitiba para dizer-lhes para não cumprir a ordem judicial, e Lula não saiu da prisão.

Dezenas de especialistas jurídicos alertaram que um juiz que está de férias não pode contradizer outro, e menos ainda se este juiz encabeçar um tribunal superior ao seu. É a quarta vez que Moro desobedece as ordens de um tribunal superior. Mas ele não foi sancionado. A longo prazo, as irregularidades podem custar caro, alerta Bottino. “Temos muitos casos no Brasil de investigações anticorrupção canceladas devido a erros do juiz”.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Os juízes de outro mundo. Por Bob Fernandes

POR FERNANDO BRITO · 31/07/2018


Na sua sempre lúcida crônica, ontem, no Jornal da Gazeta, o jornalista Bob Fernande descreve fatos e afirmações que bem mereceriam ser acontecimentos e palavras próprios de alienígenas, de gente que não é deste planeta em que vivemos e muito menos do Brasil em que sofremos:

O juiz Moro diz que a eleição pode pôr a Lava Jato “em risco”. No “Valor Econômico” o repórter Ricardo Mendonça informa:

-Moro não registrou no sistema de transparência da Justiça Federal sua participação como palestrante em Nova York; num evento do Lide, empresa da família de João Doria.

Palestra em 16 de Maio. Segundo o Valor, o registro deveria ter sido feito em até 30 dias.

Em maio, Moro foi a Nova York também para ser homenageado como “Homem do Ano”. Então, na Folha, Daniela Lima informou…

…Ao menos 7 bancos, brasileiros e estrangeiros, patrocinaram a homenagem a Moro. A Petrobras também. Cada um pagando US$ 26 mil por mesa do evento.

O juiz Bretas disse temer que a eleição presidencial interfira na Lava Jato.

Disse isso estrelando evento paralelo da Flip, em Paraty. Bretas numa Feira Literária… Deve ser por já ter citado trechos da Bíblia em sentenças.

Por que Bretas e a mulher, Simone, também juíza, recebem auxílio-moradia mesmo morando no Rio? Na Flip Bretas explicou: defasagem salarial.

Dallagnol é procurador da República. Dallagnol anda aconselhando contra votos nulo e branco.

Dallagnol também recebe auxílio-moradia. Como Moro. Mesmo ambos morando na Curitiba onde trabalham.

Luís Roberto Barroso é ministro no Supremo. Tribunal onde andam se engalfinhando por conta de decorrências da prisão de Lula…

…Mas Barroso disse ainda não ter lido a decisão ou o acórdão sobre a sentença…de Lula. Barroso também brilhou na Flip.

Carmen Lúcia é juíza. Preside o Supremo. Ela não foi à Flip. Mas disse que o Brasil tem que “voltar a ser uma Pátria mãe gentil para todos”.

O Brasil, essa “Pátria mãe gentil”, escravizou mais de 3,5 milhões de humanos por 350 anos. Os nativos indígenas eram 5 milhões. Hoje não passam de 900 mil.

Nos últimos 37 anos, 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas na “Pátria mãe-gentil”…

…Que tem 52 milhões de pobres e 15 milhões de miseráveis…




Tijolaço

Boa Noite 247 - Greve de fome desafia STF




Brasil 247

segunda-feira, 30 de julho de 2018

No Supremo, sai o “periculum in mora”, entra o “periculum in midia”


POR FERNANDO BRITO · 30/07/201


Diz Carolina Brígido, em O Globo, que “prestes a assumir a presidência do STF, em meados de setembro, o ministro Dias Toffoli também não tem intenção de pautar novo julgamento sobre o início da execução da pena para condenados em segunda instância”

O temor na Corte é o mesmo: contaminar o processo eleitoral. Afinal, falar do tema às vésperas da eleição é falar de Lula.(…)Ministros do STF não descartam, porém, que o processo sobre prisão de condenados em segunda instância e novo pedido de liberdade de Lula seja julgado novamente depois de outubro. Sem a pressão do processo eleitoral, a Corte ficaria mais à vontade de tratar do assunto, sem chamar tanto a atenção para si.

Veja o ilustre leitor e a inteligente leitora a que se reduziu o Direito na nossa Corte Suprema: os senhores ministros, que não devem obediência a ninguém e a nada, além da Cosntituição e das leis, só podem julgar “sem pressão”. Como “falar do tema” é “falar de Lula”, não se fala do tema e que, então, as eleições transcorram sem que se “fale do Lula”.

Um dos fundamentos da urgência de decidir, no Direito, é a possibilidade de que a demora prejudique o conteúdo de justiça que possa haver numa demanda. É o latinismo presente em todas as liminares, o do periculum in mora. Neste caso, como a tutela é contra um aprisionamento, funde-se à ideia do habeas corpus, presente na lei brasileira desde o Código de Processo Criminal de 1832: “todo cidadão que ele ou outrem sofre uma prisão ou constrangimento ilegal em, sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de – habeas corpus – em seu favor”.

Os nossos doutos ministros, porém, diante da relevância do caso e do descarado alinhamento da imprensa para que Lula seja excluído do processo eleitoral, preferem o princípio do “periculum in midia“, temerosos do que possa significar deixar com que Lula, mesmo não sendo candidato – esta é outra discussão jurídica, em nada dependente da prisão ou não do ex-presidente – seja impedido de falar, circular, reunir-se, conversar, dar entrevistas, gravar vídeos ou de, afinal, comunicar-se, a não ser por carta.

Será que, se admitem julgar a legalidade das prisões sem trânsito em julgado, sentem-se “à vontade” em deixar uma pessoa presa ilegalmente até que passem as eleições? Depois delas, com um “mulambo presidencial” eleito sem legitimidade, contra a vontade da maioria do povo brasileiro, o que ptretendem, que o país assista uma crise sem precedentes?

Resta, porém, a possibilidade de que a degradação moral de nosso Supremo Tribunal Federal esteja apenas na dissimulação de que irá tomar, como é seu dever, uma decisão necessária e urgente, fazendo crer aos lobos e mastins que o vigiam que está dócil e comportado mas , na hora certa, irá cumprir com seu papel.

É triste que tenhamos como esperança que os nossos supremos magistrados sejam apenas covardes e não canalhas.


Tijolaço

A nova ordem mundial do petróleo


"Na nova ordem mundial do petróleo, só uma elite inteiramente corrompida e rebaixada, do ponto de vista moral, e completamente imbecilizada, do ponto de vista intelectual, pode abrir mão do controle estatal de seus recursos energéticos nacionais já conquistados"

Por José Luís Fiori 
30/07/2018 10:04

Créditos da foto: Reprodução



Nas duas últimas décadas do século passado, a Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, a Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991, e o fim da URSS, em 1991, atingiram em cheio alguns dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo, dividindo e enfraquecendo a OPEP, e destruindo a capacidade de produção russa. Foi um período de anarquia no mercado mundial de petróleo, e ocorreu no mesmo momento em que as grandes corporações petroleiras privadas promoveram uma grande desconcentração e "desverticalização" do seu capital e de suas estratégias, enquanto o petróleo era transformado num "ativo financeiro" cujo preço era renegociado diariamente nas Bolsas de Nova York e Londres. Entretanto, no final dos anos 90 e início do século XXI, esta tendência foi revertida de forma abrupta e radical. E tudo começou, surpreendentemente, pelas próprias petroleiras privadas anglo-americanas, que comandaram - a partir de 1998 - uma nova revolução na indústria privada do petróleo, envolvendo-se num processo gigantesco de fusões de empresas que já eram as maiores do mundo, e que deram origem às atuais Exxon-Mobil, ConocoPhillips, Chevron, BP, Total, ou mesmo, à norueguesa StatoilHydro.

Esse terremoto inicial assumiu logo em seguida novas formas com a reestatização e reorganização das grandes empresas energéticas russas, chinesas e indianas, junto com a expansão das empresas estatais da Arábia Saudita e de vários outros países incluindo o Brasil, sobretudo depois da descoberta do petróleo em águas profundas, em 2006. E de um passo decisivo com as novas formas de exploração intensiva do petróleo de xisto que recolocou os EUA entre os três maiores produtores mundiais de óleo. Uma transformação tão rápida e profunda que levou o grande especialista norte-americano, Michael Klare em petróleo, a afirmar que o mundo havia entrado numa "nova ordem energética internacional", caracterizada pela hiperconcentração do capital petroleiro privado, pela multiplicação das grandes petroleiras estatais, e pela crescente hegemonia do nacionalismo econômico e do "nacionalismo energético", entre as grandes potências do sistema mundial, mesmo entre as chamadas "potências liberais", incluindo os Estados Unidos de Donald Trump, o último dos "conversos". E de fato, 20 anos depois do início desta transformação, cerca de dois terços das reservas de petróleo do mundo se concentram no território de 15 países, e em 13 deles são de propriedade estatal; das 20 maiores empresas petroleiras do mundo, 15 são estatais e controlam 80% das reservas mundiais. As outras cinco empresas são privadas e controlam menos de 15% da oferta mundial do petróleo. Por isso, tem toda razão Daniel Yergin – outro grande especialista americano – quando diz que nos dias de hoje as principais decisões relativas ao petróleo – da definição dos preços ao traçado das grandes estratégias – são tomadas pelos Estados nacionais e suas grandes empresas públicas.

É muito difícil identificar uma causa única que explique esta revolução na ordem mundial do petróleo. Mas é possível pelo menos destacar algumas turbulências fundamentais, que ocorreram simultaneamente. No plano econômico, o enorme crescimento dos países asiáticos e, em particular, da China e da Índia, que produziu um verdadeiro "choque de demanda" sobre o mercado mundial de petróleo. Por outro lado, no plano geopolítico, a guerra quase contínua no Oriente Médio, que já se prolonga desde 2001, provocando um verdadeiro "choque de expectativas" negativas no mercado mundial, com a perspectiva de uma guerra permanente envolvendo as grandes potências, e quase todos os países de dentro e fora daquela região com grandes reservas de petróleo. Por fim, como consequência destes acontecimentos intensificou a concorrência das grandes potências, e sua luta para conquistar e monopolizar os novos recursos descobertos neste período, sobretudo no Canadá, Venezuela e Brasil. Assim mesmo, olhando de maneira mais ampla, se pode dizer também que esta nova "ordem do petróleo" é de fato um produto de longo prazo da expansão do sistema interestatal capitalista, ocorrida na segunda metade do século XX. Não se trata apenas da entrada da China e da Índia; trata-se de um sistema com 200 Estados nacionais que disputam hoje um recurso absolutamente escasso, concentrado e essencial para sua sobrevivência como sociedades e economias nacionais, mas também como unidades territoriais soberanas que participam de uma luta sem quartel pelo poder e pela riqueza mundial.

Nesse contexto geopolítico, e nessa nova ordem mundial do petróleo, só uma elite inteiramente corrompida e rebaixada, do ponto de vista moral, e completamente imbecilizada, do ponto de vista intelectual, pode abrir mão do controle estatal de seus recursos energéticos nacionais já conquistados. 

José Luís Fiori é Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional, e do Programa de Pós-Graduação em Bioética e Ética Aplicada da UFRJ; Coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPq/UFRJ, "Poder Global e Geopolítica do Capitalismo", www.poderglobal.net, e do Laboratório de "Ética e Poder Global", do PPGBIOS e consultor do GEEP-FUP.

*Publicado originalmente no site a AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás


Carta Maior

REVISTA ACADÊMICA FRANCESA LANÇA EDIÇÃO SOBRE O CAOS POLÍTICO NO BRASIL

Escola em Estudos Avançados de Paris lança a revista Brésil(s) – Comprendre la crise au Brésil, escrita por pesquisadores em ciências sociais franceses para explicar aos leitores francófonos a situação caótica da política no Brasil; para Christine Douxami, uma das pesquisadoras da publicação, somente as notícias da operação Lava Jato estavam chegando na França; "Por aqui ninguém sabia que um golpe estava acontecendo no Brasil, deixando a situação política extremamente preocupante no país", afirmou

30 DE JULHO DE 2018 

Da RFI - A RFI conversou com Christine Douxami, pesquisadora da Escola em Estudos Avançados de Paris, uma das autoras da revista Brésil(s) – Comprendre la crise au Brésil. Escrita por pesquisadores em ciências sociais franceses, a publicação assumidamente pró-Lula quer explicar aos leitores francófonos a situação caótica da política no Brasil.

"Na França, não havia tanta informação precisa sobre a crise atual no Brasil". Por esse motivo, um grupo de pesquisadores franceses, que já escrevem sobre o Brasil na revista online de ciências humanas e sociais Brésil(s), decidiu publicar um número especial sobre a crise política brasileira.

Para Christine Douxami, somente as notícias da operação Lava Jato estavam chegando na França. "Por aqui ninguém sabia que um golpe estava acontecendo no Brasil, deixando a situação política extremamente preocupante no país", afirmou a pesquisadora.

Mesmo apoiando a luta contra a corrupção, a pesquisadora apontou para uma falta de textos levando em conta a perspectiva histórica e jurídica do Brasil. "É preciso sair desta divisão binária da sociedade atual", afirmou Christine Douxami. Para ela, é preciso entender o que essa crise política do Brasil está mudando de fato na vida das pessoas.

Políticas de igualdade

A pesquisadora citou exemplos, como a situação dos jovens negros, muitas vezes mortos pela polícia. Também falou dos artistas que vem sofrendo para garantir a liberdade de expressão contra uma visão mais conservadora da opinião pública. Sem esquecer da população do campo, oprimida pelo agrobusiness.

Christine Douxami também criticou uma parte da imprensa brasileira que, segundo ela, "tenta tirar a legitimidade das políticas de igualdade". "É como se para muitos não era mais necessário lutar por menos desigualdade, e sim buscar um sistema baseado na meritocracia. O problema é que geralmente aqueles que merecem são da elite branca que está no poder atual", concluiu a pesquisadora.



Brasil 247

O plano naval da China para superar os EUA e controlar o Pacífico até 2030


Um oceano separa os Estados Unidos e a China. Seu domínio é agora também um motivo de disputa entre os dois países

29/07/2018 10:35

Um oceano separa os Estados Unidos e a China. Seu domínio é agora também um motivo de disputa entre os dois países.

A reportagem é de Lioman Lima, publicada por BBC Brasil, 03-06-2018.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o controle do Pacífico - e de outros mares do mundo - estão no radar da armada americana.

Grandes marinhas de guerra, como as da Rússia ou da Índia, não conseguiram superá-la em número ou capacidade.

Mas, há alguns anos, especialistas de Washington vêm manifestando seu temor por uma "nova ameaça" à maior potência naval do mundo: o crescente poderio marítimo da China.

James Fanell, ex-diretor de inteligência da Sexta Frota dos Estados Unidos, apresentou em maio diante do Congresso americano um relatório de 64 páginas em que garante que a China desenvolve atualmente um plano para ter, em um futuro não muito distante, uma marinha duas vezes maior que a dos Estados Unidos.

"A armada chinesa está em um processo acelerado de desenvolvimento e expansão de sua capacidade, e isso está logicamente gerando preocupação nos Estados Unidos", explica Lyle Goldstein, professor do Instituto de Estudos Marítimos da China do Colégio Naval dos Estados Unidos.

"Nos últimos tempos, temos visto que (os chineses) desenvolveram um porta-aviões próprio, projetado por eles mesmos. Também se fala que estão construindo um terceiro, com capacidade nuclear, o que deve ser motivo de orgulho para eles, mas é algo que gera uma inquietação deste lado."

Força crescente

O lançamento, no fim de abril, do 001A, como é conhecido o novo porta-aviões, foi mais um de múltiplos sinais do poderio naval que Pequim enviou nos últimos meses ao mundo.

Em maio, a China lançou ao mar e iniciou treinamentos a bordo de seu segundo destróier de classe 055, o maior e mais avançado navio do tipo dentre as forças navais de toda a Ásia.

Suas embarcações de guerra e aviões de combate participaram de uma grande exibição militar no Mar da China Meridional, cuja soberania é alvo de disputa com os Estados Unidos e outros países da região.

A forças chinesas enviaram bombardeiros H-6K com capacidade nuclear a várias ilhas que são alvo de disputa naquele mar.

"São fatos que têm obviamente uma importante conotação nuclear e, por isso, os Estados Unidos retiraram o convite à China para participar do RIMPAC (o maior exercício naval do mundo, que será realizado neste ano entre junho e agosto)", explica Christopher Yung, professor da Universidade do Corpo da Marinha, nos Estados Unidos.

Em Washington, os alarmes já soaram.

Uma armada invencível?

Bryan McGrath, pesquisador do Centro de Poder Naval dos Estados Unidos do Instituto Hudson, explica que o poderio marítimo chinês tenta recuperar o atraso de uma geração em relação aos EUA, o que torna seu desenvolvimento recente ainda mais impressionante.

Ao chegar ao poder, o presidente Xi Jinping impulsionou uma profunda reforma do Exército para mudar suas prioridades: um corte de 300 mil soldados em troca de mais investimentos em inovação e tecnologia para modernizar suas Forças Armadas, sobretudo nas áreas naval, aérea e de mísseis.

Segundo o relatório apresentado por Fanell ao Congresso americano, a armada chinesa já supera a dos Estados Unidos em alguns aspectos.

Pequim conta com 330 navios e 66 submarinos sob seu comando, enquanto os americanos têm 211 navios e 72 submarinos. De acordo com os cálculos de Fanell, a China chegará a 450 navios e 99 submarinos em operação até 2030, enquanto os Estados Unidos chegarão a um total de 355 embarcações.

Segundo Fanell, mesmo que os Estados Unidos busquem ter a melhor tecnologia militar possível, a China vem reduzindo a lacuna entre o poderio dos dois países.

"A qualidade dos navios de guerra de Pequim já representa hoje uma ameaça na região da Ásia-Pacífico", afirmou.

No entanto, para o professor Yung, isso não implica necessariamente que Pequimsupere o poderio militar americano imediatamente. "Ainda levará uma ou duas décadas até que a China alcance os Estados Unidos em poder de combate", explica.

Por sua vez, Goldstein destaca que, se os Estados Unidos têm 11 porta-aviões nucleares de grande porte, a China tem apenas dois, significativamente menores e sem poder atômico. "Eles estão desenvolvendo sua força submarina, mas a americana continua a ser superior, além de ter mais experiência."

Mar aberto

De acordo com McGrath, o desenvolvimento marítimo da China fez com que o equilíbrio de poder regional tenha variado "significativamente" nos últimos anos.

Goldstein aponta que, em algumas áreas de tensão, como Taiwan e o Mar da China Meridional, a marinha de guerra de Pequim já supera a americana.

"É uma região que está mais próxima da China continental, por isso eles têm uma vantagem. Mas, em mar aberto, a armada dos Estados Unidos seguirá como a mais poderosa por um longo tempo."

De fato, segundo Yung, uma das questões a levar em conta é se Pequim está reforçando sua armada regional unicamente para ter um controle estratégico do Mar da China Meridional ou se quer desenvolver uma força marítima global para competir com outras potências.

De acordo com o Instituto Internacional de Investigação para a Paz, com sede em Estocolmo, na Suécia, ainda que Washington tenha se mantido, em 2017, como o país com os maiores gastos de defesa a nível global, a China teve o maior aumento absoluto de custos, de US$ 12 bilhões (R$ 44,7 bilhões).

Por isso, na opinião de Macgrath, o fato de que a China busque agora ser a maior potência naval na região da Ásia-Pacífico faz com que o desafio para os Estados Unidos daqui a algumas décadas possa ser maior caso queira expandir seu controle.

"O problema é que manter esse domínio atual dos Estados Unidos implica em uma série de gastos e me parece que isso não tem o apoio necessário no país. Acredito que, em 15 anos, deixaremos de ser a força naval mais poderosa do mundo."

Publicado originalmente no IHU Online


Carta Maior

Perseguido e preso, Lula só cresceu. E se soltarem, vence…


POR FERNANDO BRITO · 29/07/2018


Os ‘gênios’ da análise política, que gostam tanto de fazer análises eleitorais baseadas em pesquisas, deveriam fazer um exercício simples, consultando a evolução de pesquisas feitas com a mesma amplitude, metodologia, pelo mesmo instituto de pesquisa e para o mesmo cliente.

Fiz uma rápida consulta à série de pesquisas da MDA para a Confederação Nacional de Transportes.

Em fevereiro de 2016, já às vésperas do golpe que deporia Dilma Rousseff, o líder em intenções de votos era Aécio Neves, com quase 25%, contra 19% de Lula.

Hoje, Aécio anda se escondendo, fugindo até de uma candidatura ao Senado e em dúvidas mesmo se conseguirá ser deputado.

Lula, depois daquela pesquisa, sofreu a condução coercitiva pela Polícia Federal, a sentença de Sérgio Moro, a confirmação desta pelo TRF-4 e, afinal, a prisão e o isolamento numa cela em Curitiba. Em maio deste ano, porém, pesquisa idêntica lhe dava 32,4% dos votos, praticamente o dobro do segundo colocado, Jair Bolsonaro.

Dá para perceber em que resulta a monstruosa perseguição que fazem ao ex-presidente? Ainda mais somada ao quadro de degradação da economia brasileira que todos eles diziam que iam reverter, num passe de mágica?

Meteram-se num labirinto fatal. Mantido preso, Lula cresce; se o soltarem, Lula vence.

Os ritos democráticos, seja na Justiça, seja no processo eleitoral, tornaram-se uma barreira, mesmo com todos os recursos que dispõem, para que consigam a continuidade de seus políticas de desmonte do Brasil.

E sabem que, se passarem pelas eleições, por algum milagre, não terão como governar.


Tijolaço

PROFESSORA DEDICA PRÊMIO INTERNACIONAL A LULA

Sílvia Ester Orrú, professora da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), recebeu o III Prêmio Internacional de Ensaio em Educação e Aprendizagem, entregue em Paris, na França, e o dedicou a Lula. Veja o vídeo

30 DE JULHO DE 2018 

Em 20 de julho, a professora da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Sílvia Ester Orrú, recebeu o III Prêmio Internacional de Ensaio em Educação e Aprendizagem, entregue em Paris, na França, por conta da obra “O Re-inventar da Inclusão: os desafios da diferença no processo de ensinar e aprender”, resultado de sua pesquisa de pós-doutorado.

Impossibilitada de receber o prêmio na França, Sílvia Ester gravou um vídeo para ser exibido no evento em que ela dedica a obra a "todas as crianças, a todos os imigrantes, a todas as pessoas que se incluem nesse conjunto da minoria", e também ao ex-presidente Lula, "pessoa que mais investiu na inclusão social dos menos favorecidos aqui do Brasil".

Segundo o relato da amiga de Sílvia que pegou o certificado em mãos, todos aplaudiram muito quando ela citou Lula.

A professora pretende enviar uma cópia de seu livro ao ex-presidente Lula, em Curitiba.

Veja o vídeo com a dedicatória a Lula:


GLEISI NEGA CARTA ENVIADA POR LULA EM APOIO A EUNÍCIO: FAKE NEWS

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), acusou o jornalista do Globo Lauro Jardim de "fake news" ao publicar que o ex-presidente Lula e o senador Eunício Oliveira (MDB-CE) teriam trocado cartas e que o pré-candidato à presidência teria confirmado apoio à candidatura do cearense; PT do Ceará causou polêmica ao informar que abriu mão da candidatura do senador José Pimentel (PT-CE) para liberar a vaga para as articulações políticas do governador Camilo Santana, abrindo espaço para Eunício Oliveira

30 DE JULHO DE 2018 

Ceará 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), acusou o jornalista do Globo Lauro Jardim de "fake news" por publicar que o ex-presidente Lula e o senador Eunício Oliveira (MDB-CE) teriam trocado cartas e que o pré-candidato à presidência teria confirmado apoio à candidatura do cearense.

"Lauro Jardim faz Fake News. Lula não enviou nenhuma carta de apoio à candidatura de Eunicio de Oliveira ao Senado da República pelo Ceará. Nem tão pouco o PT decidiu apoiá-lo, nem o apoiará", postou Gleisi.

Neste fim de semana, os delegados da base do PT cearense decidiram, durante o Encontro Estadual de Tática Eleitoral, que o partido não vai indicar nenhum nome para compor chapa com o governador Camilo Santana (PT).

A intenção é liberar a vaga para que se permitam conversas entre Camilo Santana e o MDB do Estado, abrindo espaço para a candidatura de Eunício Oliveira ao Senado pela chapa. Leia aqui a nota divulgada pelo PT e a declaração de José Pimentel sobre o assunto.


Brasil 247

.Geopolítica com Igor Fuser - A verdade sobre o Foro de São Paulo





Brasil 247

Trompetista toca "Olê, olê, olá, Lula" na Feira de São Cristóvão




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Globo anuncia que vai checar fake news, justo ela que ajudou a transformar um boato em processo que levou Lula à prisão. Por Joaquim de Carvalho


Publicado por Joaquim de Carvalho
- 30 de julho de 2018

Exemplo de tendenciosidade

O G1, do grupo de comunicação que criou o fake news que levou Lula à prisão, acaba de anunciar o seu serviço de checagem de notícias.

O título do serviço É “Fato ou fake”.

Segundo o site, o objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na internet ou pelo celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake).

De acordo com o Grupo Globo, jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp.

“Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo”, informa o G1. 

“Cada um desses veículos — prossegue o informe — poderá publicar as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as diversas redações, será possível verificar mais – e mais rápido. A atual editoria É ou não É, do G1, deixa de existir, para dar lugar ao Fato ou Fake.”

O jornal O Globo foi quem noticiou, em 2014, que Lula poderia passar o reveillon no triplex do Guarujá, dando vazão a um boato que circulava naquele cidade, a de que o ex-presidente seria o dono de uma unidade no condomínio Solaris, antigo Mar Cantábrico. 

O jornal publicou como fato a seguinte notícia:

“De sua ampla sacada, poderá ver a queima de fogos, que acontece na orla bem defronte do seu prédio, feito pela OAS, empresa investigada pela Operação Lava-Jato. É que na semana passada terminaram as obras de reforma do apartamento triplex no Edifício Solaris, que ele e dona Marisa Letícia, sua mulher, compraram por meio da Bancoop — a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo —, ainda na planta, em 2006. Acusada de irregularidades e em crise financeira, a Bancoop deixou três mil famílias sem receber os sonhados apartamentos.”

Já naquela ocasião Lula tratou de desmentir a notícia e informou, sem que o jornal desse o devido destaque:

“Dona Marisa Letícia Lula da Silva adquiriu, em 2005, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente a um apartamento, que tinha como previsão de entrega 2007”, diz a nota. “Com o atraso, os cooperados decidiram em assembleia, no final de 2009, transferir a conclusão do empreendimento à OAS. A obra foi entregue pela construtora em 2013. Neste processo, todos os cooperados puderam optar por pedir ressarcimento do valor pago ou comprar um apartamento no empreendimento. À época, Dona Marisa não optou por nenhuma destas alternativas esperando a solução da totalidade dos casos dos cooperados do empreendimento. Como este processo está sendo finalizado, ela agora avalia se optará pelo ressarcimento do montante pago ou pela aquisição de algum apartamento, caso ainda haja unidades disponíveis. Qualquer das opções será exercida nas mesmas condições oferecidas a todos os cooperados.”

A Globo já tinha explorado esse assunto em 2010, em O Globo e no Jornal Nacional. Na reportagem da TV, a Globo informava: 

“A lista de mutuários da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo tem um nome ilustre: o do presidente da República”, narrava William Bonner.

O triplex nunca esteve no nome de Lula ou da família, ele nunca desfrutou do apartamento — não passou uma noite sequer lá —, e não tinha as chaves. O que havia é o interesse da OAS para que Lula adquirisse o imóvel. Mas, na única vez em que esteve lá, recusou.

Segundo disse, considerou que não era adequado para ele. E faz sentido o que o ex-presidente afirmou. O Guarujá é uma das praias mais movimentadas do Brasil, e Lula não teria nenhuma privacidade.

Quando o boato ocupou as páginas do Jornal Nacional, o Ministério Público do Estado de São Paulo viu ali a oportunidade de uma grande investigação. E começou a ouvir pessoas, em um procedimento de investigação criminal que resultou em uma ação que, anos depois, foi parar na mesa de Sergio Moro, juiz federal.

Nem o Ministério Público Federal nem o Estadual de São Paulo apresentaram provas de que o triplex pertencia a Lula ou alguém de sua família. Mas Lula foi condenado, e hoje se encontra preso em razão dessa condenação.

O que deu a ação do Ministério Público do Estado de São Paulo que nasceu de um boato? Nada.

A justiça entendeu que não havia evidência de crime. Apenas suspeita, fruto de comentários, e isso não é suficiente para condenar quem quer que seja.

Por isso, absolveu os demais acusados. Mas não pode fazer o mesmo em relação a Lula. É que a parte do processo que envolvia Lula foi encaminhada para Curitiba, por conta da Lava Jato, e lá, apesar da falta de prova e de demonstração de culpa, Lula foi sentenciado.

Na sentença, Sergio Moro cita a reportagem de O Globo como fundamento para condenar Lula. Também aceita como válido para condenação a palavra de um co-réu, Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, beneficiado com redução da pena por conta do que disse.

Juridicamente, são absurdos. Um co-réu pode mentir e, por isso, recomenda a jurisprudência — e o bom senso — que a palavra dele não seja aceita como prova.

Apesar disso, a condenação foi depois confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4a. Região, em um recurso que teve como relator um amigo de Sergio Moro, João Pedro Gebran Neto.

O jornal do grupo que iniciou todo esse processo agora vem a público para anunciar que vai checar fake news.

Seria até engraçado se a ação do grupo não tivesse provocado uma das maiores injustiças da história do Brasil: o fake news que levou um ex-presidente à prisão e tirou de Lula o direito de se eleger presidente, como quer a maioria dos brasileiros.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

O Primeiro Comando do Chuchu começa a caça a Bolsonaro



POR FERNANDO BRITO · 30/07/2018


Leonel Brizola costumava chamar a ação coordenada da grande mídia de “Comando Marrom” , numa alusão ao Comando Vermelho, facção criminosa outrora na ribalta, posto que hoje perdeu para sua congênere paulista – ou já nacional – o Primeiro Comando da Capital que, segundo a Folha, expande-se à velocidade de “um bandido por hora”.

Guardadas as diferenças do tipo de intimidação que mídia e bandidagem fazem sobre a população, é possível dizer que, garantido o tempo de televisão do “Centrão”, a estrutura dominante da mídia passa a desfechar ataques mais violentos para tomar as áreas dominadas pelo ex-capitao Jair Bolsonaro.

A ação do braço midiático de Geraldo Alckmin, que bem poderia ser chamado de “Primeiro Comando do Chuchu” já começou a ser vista nas capas das revistas semanais que foram às bancas sábado e ontem. Época e Veja desfecharam uma ofensiva indignada contra os absurdos que deixaram passar quase “quietos” durante anos. Ou com que, pelo menos desde que o ex-capitão tomou o lugar de vice-líder nas pesquisas de opinião, o que já lá vai tempo.

A Istoé, boletim extra-oficial do Governo Temer, enquanto isso, publica uma foto de um Alckmin simpático, arregaçando as mangas como que se prepara para endireitar o país. Nada de novo perto das fotos que apresentavam Aécio Neves em feitio de Super-Homem.

A arma de grosso calibre, a Rede Globo, por enquanto o ignora e só será em último caso, porque – e Bolsonaro sabe disso – tem efeitos colaterais adversos. Aliás, o próprio candidato já mostrou qual será a sua linha de resposta: elogiar a Globo pelo seu apoio à ditadura militar.

Geraldo Alckmin depende desesperadamente de que Bolsonaro mingue.

Afinal, sua estratégia de campanha já foi batizada por Fernando Henrique Cardoso ao falar de Michel Temer.

Alckmin “é o que temos, parte 2”.


Tijolaço

Bom dia 247 (30/7/18) – A semana decisiva das eleições





Brasil 247

POLÍTICO DA LETÔNIA SUGERE DIVIDIR RÚSSIA EM VÁRIAS PARTES

O deputado Aleksandr Kirsteins do Parlamento da Letônia afirmou que é necessário "fracionar a Rússia em várias partes"; de acordo com Kirsteins, tal medida é necessária "para a tranquilidade" de seu país, bem como de toda a Europa

30 DE JULHO DE 2018 

Agência Sputnik - O deputado Aleksandr Kirsteins do Parlamento da Letônia afirmou que é necessário "fracionar a Rússia em várias partes". O político escreveu sobre isso em sua conta no Twitter.

De acordo com Kirsteins, tal medida é necessária "para a tranquilidade" de seu país, bem como de toda a Europa.

"Somente quando a Rússia for dividida, criando pequenos países nacionais, os conflitos militares cessarão, enquanto na Europa será estabelecida a paz por muitos anos", ressaltou o deputado.

Os políticos letões recorrem frequentemente a declarações e medidas antirrussas. No final de junho, o país proibiu completamente o ensino em russo.

Enquanto isso, outros políticos no país vêm destacando as consequências negativas da deterioração das relações com a Rússia, como, por exemplo, Anrijs Matiss. De acordo com ele, essa tendência afetou principalmente a indústria alimentar e o trânsito de mercadorias e matérias-primas.



Brasil 247

PROCURADOR DA LAVA JATO ADMITE QUE DELAÇÃO DE PALOCCI ERA UM BLEFE

Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (o outro é Deltan Dallagnol), agora admite: a delação premiada de Antônio Palocci, que a mídia conservadora qualificou como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe; "Está mais para o acordo do fim da picada", afirmou; ele reconhece que há uma guerra entre o Ministério Público e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato 

30 DE JULHO DE 2018 

247 - Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (o outro é Deltan Dallagnol), agora admite: a delação premiada de Antônio Palocci, que a mídia conservadora qualificou como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe. Na entrevista, concedida à Folha de S.Paulo, ele reconhece que há uma guerra entre o Ministério Público e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato. 

A delação de Palocci foi fechada pela PF depois da recusa do Ministério Público. Santos Lima relatou: "Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras. O instituto é o problema? Eu acho que a PF fez esse acordo para provar que tinha poder de fazer".

Ele reconheceu que o caso Palocci foi uma "queda de braço" entre as equipes da PF e do MP e atacou a Polícia Federal: "(...) a porta da frente dos acordos sempre será o Ministério Público. A porta dos fundos é da PF. As pessoas irão à PF se não tiverem acordo conosco." A declaração revela o estado de balbúrdia institucional da Lava Jato.

Na mesma entrevista, ele admitiu também que as delações de Delcídio do Amaral, decisiva para a campanha de ódio ao PT, e de Sérgio Machado, tinham graves defeitos: "Quando você faz com excesso de rapidez, corre o risco de fazer colaborações mal feitas. Delcídio, na minha opinião, quase nem se autoincrimina. A primeira coisa é o colaborador falar os crimes que cometeu. (...) No caso do Sérgio Machado, no final das contas, o principal sequer foi denunciado. Aquelas conversas supostamente com membros do Congresso e ex-parlamentares, que geraram até pedido de prisão no Supremo, sequer movimentaram uma denúncia. Aquela gravação era um bom início de negociação, mas não era um fim em si mesma. A gente tem que tomar muito cuidado com excesso de vontade de conseguir certos documentos, provas, gravações".

Leia íntegra da entrevista aqui.



Brasil 247

Cantanhêde joga a toalha. É “alguém” contra o nome de Lula, no 2° turno



POR FERNANDO BRITO · 29/07/2018


A inefável Eliane Cantanhêde, no Estadão de hoje, joga a toalha e admite que a eleição “embicou para três candidatos principais: o sr. X do PT, a ser definido, mas já com a força eleitoral do ex-presidente Lula, contra Jair Bolsonaro, do PSL, ou Geraldo Alckmin, do PSDB”.

E afirma que “isso projeta um segundo turno entre esquerda e direita e uma guerra entre Bolsonaro e Alckmin para ver quem chega lá contra o PT”.

Isso, claro, porque a ex-colunista da “massa cheirosa” conta como certa a ausência do nome de Lula na urna eletrônica, pois aí nem segundo turno haveria.

O interessante – e isto é o relevante – vem a ser o duelo que ela vê entre os dois candidatos da direita: “Alckmin terá uma arma poderosa: 40 vezes mais tempo de TV. Mas Bolsonaro tem o mais moderno arsenal de campanhas: as redes sociais”.

Cantanhêde manifesta suas dúvidas de que Bolsonaro possa ser, simplesmente, aniquilado. E sugere a Alckmin um estratégia em que, como o ex-capitão não conquistou o eleitorado feminino, ele o possa conseguir, com o curioso “marketing” do “olha o que fizeram com a Dilma”.

Alckmin tem de convencer a D. Maria e a Mariazinha da importância de ter dez partidos, tempo de TV e força política. Presidentes sem sólida liderança no Congresso não têm governabilidade, não aprovam projetos fundamentais e ficam sujeitos até a ameaças de impeachment.

Dona Maria e Mariazinha, claro, são a visão “moderna” que este pessoal tem das mulheres, embora eu não vá cometer a grosseria de chamar a colunista de “Dona Maria”.

O fato é que ela percebe o discurso disponível para Alckmin é o do “os políticos estão comigo”, o que está em absoluta contradição com a ideia de “rejeição à política” com que todo o establishment trabalhou estes longos anos.

Creio, porém, que a natureza da disputa acabará por se evidenciar e a realidade é que competem pela “missão” de derrotar Lula.

Que, no fundo de uma cela, não arrasta grilhões, mas multidões, como a que se viu ontem, na Lapa.


Tijolaço

Bretas quer pena de morte para político corrupto

E para juiz corrupto? E para delegado e procurador?

publicado 28/07/2018
Quem é a cara da Lava Jato: Moro, Bretas ou a delegada Marena (ver em tempo)? (Originais: Fernando Frazão/Agência Brasil, Lula Marques/Agência PT e Manfi/Wikimedia Commons)


Saiu na Fel-lha, de Patricia Campos Mello, de Paraty (RJ):

O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, disse, nesta sexta-feira (27), que administradores corruptos merecem uma “pena de morte política”.

“Políticos e administradores corruptos não podem ter segunda chance; se ficar provado, acabou”, disse Bretas, em palestra na Casa de Não Ficção Época & Vogue, durante a Flip.

Bretas respondeu a perguntas de Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo, Plínio Fraga, editor-chefe da revista Época, e da plateia. “Pra mim, aquela pessoa morreu, é como se fosse uma pena de morte política”.

Indagado se a legislação atual, que prevê oito anos de afastamento, não resolve esse problema, Bretas afirmou: “Isso é bom, mas não resolve”.

Segundo ele, se fosse adotada essa “pena de morte política”, no futuro, quando houver alguém interessado em ingressar na atividade política com más intenções, vai pensar um pouco mais.

O juiz disse temer que a eleição presidencial interfira com o andamento da Lava Jato. “O presidente da República indica os ministros do Supremo e, a depender das pessoas indicadas, agentes políticos envolvidos na investigação podem se sentir mais, ou menos tranquilos”, afirmou.

“Tirando uma decisão envolvendo a manutenção da prisão de um senador (Aécio Neves), a plenária do STF sempre apoiou a continuidade das investigações. Refirmo-me à plenária, não a casos julgados individualmente.”

Bretas afirmou que não há politização da operação. “Precisamos praticar a justiça sem olhar para quem está do outro lado, é disso que o Brasil está precisando, o juiz não é inimigo de ninguém”.

O juiz defendeu o uso das delações premiadas pelo Judiciário, afirmando que as críticas vêm de “profissionais pagos para defender interesses dos acusados’.

“Que eu saiba não tem nenhum acusado dizendo que foi coagido, que o MP o forçou a se ajoelhar no milho atrás da porta e não aguentou de saudades da esposa e resolveu colaborar”, disse. Ele afirmou estar sendo procurado por muitos acusados que dizem querer fazer delação e devolver dinheiro proveniente de operações ilegais.

Bretas rebateu críticas sobre o excesso de publicidade em relação à operação e afirmou que é importante divulgar à imprensa os processos, dentro do permitido por lei, porque se houver sigilo, nenhum processo vai andar.

Em relação à influência da pressão popular sobre as decisões dos juízes, Bretas ponderou: “O juiz não tem que decidir de acordo com a vontade popular, mas o Judiciário deve priorizar os assuntos que a sociedade quer que sejam prioridade”, disse. “Já vi autoridades dizendo que combate à corrupção não deve ser prioridade, mas não é assim. A sociedade quer que seja priorizado.”

O magistrado afirmou que um juiz precisa tomar muito cuidado em relação a sua imagem, no caso de empresários ou políticos quererem tirar fotos, por exemplo. ”Carrego a imagem do Estado, minha função não deixar que alguém use minha imagem para se promover.” (...)

NAVALHAS

O Juiz Bretas, como se sabe, tem um apartamento no Rio de frente para o Pão de Açúcar e cobra dois (!) auxílios-moradias!

Um para ele e outro para a mulher, também juíza.

Um colosso!

O Juiz Bretas foi quem condenou o almirante Othon Silva, um herói do Brasil!, a 43 anos de prisão.

O traficante Nem da Rocinha foi condenado a 20!

Precisa desenhar, amigo navegante?

Em tempo: sobre a delegada Marena, ver que o Ministrário Gilmar quer puni-la.

O ansioso blogueiro, vítima de condução coercitivapor ela arquitetada, também!

PHA



Conversa Afiada

Bretas quer pena de morte para político corrupto

E para juiz corrupto? E para delegado e procurador?


publicado 28/07/2018

Quem é a cara da Lava Jato: Moro, Bretas ou a delegada Marena (ver em tempo)? (Originais: Fernando Frazão/Agência Brasil, Lula Marques/Agência PT e Manfi/Wikimedia Commons)



Saiu na Fel-lha, de Patricia Campos Mello, de Paraty (RJ):



O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, disse, nesta sexta-feira (27), que administradores corruptos merecem uma “pena de morte política”.


“Políticos e administradores corruptos não podem ter segunda chance; se ficar provado, acabou”, disse Bretas, em palestra na Casa de Não Ficção Época & Vogue, durante a Flip.


Bretas respondeu a perguntas de Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo, Plínio Fraga, editor-chefe da revista Época, e da plateia. “Pra mim, aquela pessoa morreu, é como se fosse uma pena de morte política”.


Indagado se a legislação atual, que prevê oito anos de afastamento, não resolve esse problema, Bretas afirmou: “Isso é bom, mas não resolve”.


Segundo ele, se fosse adotada essa “pena de morte política”, no futuro, quando houver alguém interessado em ingressar na atividade política com más intenções, vai pensar um pouco mais.


O juiz disse temer que a eleição presidencial interfira com o andamento da Lava Jato. “O presidente da República indica os ministros do Supremo e, a depender das pessoas indicadas, agentes políticos envolvidos na investigação podem se sentir mais, ou menos tranquilos”, afirmou.


“Tirando uma decisão envolvendo a manutenção da prisão de um senador (Aécio Neves), a plenária do STF sempre apoiou a continuidade das investigações. Refirmo-me à plenária, não a casos julgados individualmente.”


Bretas afirmou que não há politização da operação. “Precisamos praticar a justiça sem olhar para quem está do outro lado, é disso que o Brasil está precisando, o juiz não é inimigo de ninguém”.


O juiz defendeu o uso das delações premiadas pelo Judiciário, afirmando que as críticas vêm de “profissionais pagos para defender interesses dos acusados’.


“Que eu saiba não tem nenhum acusado dizendo que foi coagido, que o MP o forçou a se ajoelhar no milho atrás da porta e não aguentou de saudades da esposa e resolveu colaborar”, disse. Ele afirmou estar sendo procurado por muitos acusados que dizem querer fazer delação e devolver dinheiro proveniente de operações ilegais.


Bretas rebateu críticas sobre o excesso de publicidade em relação à operação e afirmou que é importante divulgar à imprensa os processos, dentro do permitido por lei, porque se houver sigilo, nenhum processo vai andar.


Em relação à influência da pressão popular sobre as decisões dos juízes, Bretas ponderou: “O juiz não tem que decidir de acordo com a vontade popular, mas o Judiciário deve priorizar os assuntos que a sociedade quer que sejam prioridade”, disse. “Já vi autoridades dizendo que combate à corrupção não deve ser prioridade, mas não é assim. A sociedade quer que seja priorizado.”


O magistrado afirmou que um juiz precisa tomar muito cuidado em relação a sua imagem, no caso de empresários ou políticos quererem tirar fotos, por exemplo. ”Carrego a imagem do Estado, minha função não deixar que alguém use minha imagem para se promover.” (...)O Juiz Bretas, como se sabe, tem um apartamento no Rio de frente para o Pão de Açúcar e cobra dois (!) auxílios-moradias!


NAVALHAS


Um para ele e outro para a mulher, também juíza.


Um colosso!


O Juiz Bretas foi quem condenou o almirante Othon Silva, um herói do Brasil!, a 43 anos de prisão.


O traficante Nem da Rocinha foi condenado a 20!


Precisa desenhar, amigo navegante?


Em tempo: sobre a delegada Marena, ver que o Ministrário Gilmar quer puni-la.


O ansioso blogueiro, vítima de condução coercitivapor ela arquitetada, também!


PHA




Conversa Afiada