Lula ia acabar por conta das denúncias da Lava Jato.
Ia se esvaziar como candidato quando saiu a sentença de Sérgio Moro, há um ano.
E seria sepultado quando o TRF-4 a confirmou e ampliou.
Bem, vinha sobrevivendo e liderando as pesquisas mas – ah! – com a prisão em Curitiba tudo estaria terminado.
Os comentaristas políticos apressavam-se em decretar sua morte eleitoral e a dizer que, sem um plano B, nem mesmo influir no processo eleitoral.
Passaram-se 100 dias desde seu encarceramento e não há sinal de que as coisas caminhem no sentido que imaginaram seus algozes.
Muito ao contrário.
Ele é o personagem central das eleições e o resto do que se discute na campanha eleitoral, além de seu direito (ou não) de ser candidato, são fórmulas para transformar anões eleitorais em personagens com tamanho político para dirigir o país.
Já que o gigante está preso, como Gulliver em Liliput.
Tudo o mais no noticiário político é insignificante e ninguém pode reclamar do que se passa, sequer o PSDB, que teria, ao que tudo indica o favoritismo nestas eleições ante o quadro de desgaste que o quarto governo do PT enfrentava.
Até mesmo o papel de “antilula” – tão simples que até uma mediocridade como Aécio Neves conseguiu desempenhar – ficou vago.
Bolsonaro não serve para isso, é antes o candidato da barbárie que Justiça, mídia e elite em geral plantaram, mas é tosco demais para poderem assumir.
Nossa elite colonial é mesmo medíocre e incapaz de olhar nosso país com a visão posta no futuro, como fizeram os norte-americanos nos séculos 18 e 19.
E mais incapaz ainda de, ao olhar para dentro do país, olhar o povo brasileiro como solução, não como problema.
Tijolaço
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