O diplomata e ex-ministro Celso Amorim visitou o ex-presidente Lula recentemente e classifica como "inacreditável" o seu cárcere, que já dura mais de três meses; "A maior desobediência civil é manter Lula liderando as pesquisas. É preciso ficar nítido que, só com o respeito à soberania popular, é que vamos reconciliar o País", afirma; assista à íntegra do programa Brasil Primeiro, com a apresentação de Aloizio Mercadante
21 DE JULHO DE 2018
TV 247 - O diplomata e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Celso Amorim, participou do programa "Brasil Primeiro" nesta semana na TV 247, onde concedeu uma entrevista ao também ex-ministro Aloizio Mercadante.
O ex-chanceler faz um balanço do xadrez envolvendo Rússia, China e EUA, além de apontar a situação caótica do Brasil. Ao falar sobre Lula, ele acredita que, só com o respeito à voz do povo, o País irá recuperar sua unidade.
Celso Amorim visitou o ex-presidente Lula recentemente e classificou, na entrevista, como "inacreditável" o seu cárcere. "Tem gente me pergunta mundo afora: como foi permitido que prendessem o Mandela brasileiro?".
"É claro que sua prisão faz parte de todo um esquema do golpe, que tem a ver com o realinhamento estratégico, principalmente com o pré-sal", denuncia Amorim.
Dando sequência à narrativa do golpe, o ex-ministro é enfático ao dizer que é preciso combater a corrupção, mas não causando um estrago no País. "Não há motivo para destruir as empresas, como ocorreu no Brasil. Houve a preocupação em aniquilar todos os instrumentos de projeção internacional. É muito triste, vai dar trabalho reconstruir, mas nós vamos", acredita.
Ao falar sobre o futuro do Brasil, Amorim enfatiza que não se pode desrespeitar princípios básicos. "A maior desobediência civil é manter Lula liderando as pesquisas, é preciso ficar nítido que, só com o respeito à soberania popular, é que vamos reconciliar o País", conclui.
EUA, China e Rússia
Após o polêmico encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, Amorim aponta: "Trump trata a China como seu maior inimigo comercial, talvez seu desejo de aproximação com a Rússia seja no intuito de descolar a ex-potência soviética dos chineses", considera.
Celso Amorim considera que a política externa exercida por Aloysio Nunes (PSDB) não possui visão estratégica. "Há também a falta de emprenho ao não aprofundar as relações no Brics, por exemplo. China e Rússia estão discutindo comércio em moeda local e o Brasil não tem nenhuma participação neste debate", lamenta.
"A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) está sendo desativada, eu nunca pensei que isso fosse acontecer, além da entrega da Embraer, a subserviência do Brasil é algo que beira o inacreditável", expõe o diplomata.
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