Governo está com medo das acusações que pode sofrer na CPI do genocídio, por isso Casa Civil orientou ministérios a rebatê-las
Sepultadores cavam covas no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, em meio à pandemia de Covid-19 08/08/2020 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
247 - A Casa Civil da Presidência da República enviou a 13 ministérios uma lista de 23 temas em que o governo pode ser acusado pela CPI do genocídio e pede que cada pasta elabore relatórios contra-atacando
Segundo levantamento do Globo, as possíveis acusações se referem à negligência com processo de aquisição da vacina Coronavac. Repetidas vezes, Bolsonaro tentou desacreditar a eficácia da Coronavac e ainda disse: "A da China nós não compraremos. É decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população".
O governo Bolsonaro teme também que seja acusado de ter minimizado a gravidade da pandemia. Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV em 24 de março de 2020, Bolsonaro comparou a Covid-19 a uma “gripezinha”.
Durante a pandemia o governo não incentivou a adoção de medidas restritivas da circulação de pessoas, promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas, retardou e negligenciou o enfrentamento à crise no Amazonas, não promoveu campanhas de prevenção à Covid-19 e não coordenou o enfrentamento à pandemia em âmbito nacional.
O governo Bolsonaro demorou a pagar auxílio emergencial, politizou a pandemia, falhou na implementação da testagem, a ponto de deixar os testes vencerem sem aplicação e foi negligente no abastecimento do país com insumos, inclusive o kit intubação.
As apurações da CPI do genocídio podem ainda evidenciar que houve atraso no repasse de recursos para os Estados destinados à habilitação de leitos de UTI e genocídio de indígenas.
A CPI do genocídio vai apurar também outras atutudes do governo que prejudicaram o enfrentamento da pandemia, inclusive desídia administrativa e divukgação de fake news.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário