SÃO PAULO - O Corinthians fez a comemoração oficial do quinto título brasileiro em uma casa noturna voltada para o público sertanejo, na Zona Sul da capital paulista. A noite foi reservada para os jogadores desabafarem e curtirem o objetivo alcançado após o empate por 0 a 0 contra o Palmeiras, no Pacaembu. Veja também:
"Esse momento é único, vamos aproveitar até de manhã", prometeu o lateral direito Alessandro, um dos alicerces do grupo comandado pelo técnico Tite. "Esse título foi mais do que merecido por tudo que sofremos", emendou o goleiro Julio Cesar.
A equipe de seguranças do Corinthians informou a expectativa de receber cerca de mil convidados na festa. E a ordem para aqueles que controlavam o acesso era clara: priorizar a entradas de lindas mulheres para a alegria dos solteiros. Aos homens sem convite, não havia espaço para lamentações. Um torcedor, inclusive, chegou a discutir com um segurança na tentativa de participar da "balada".
No entanto, até mesmo as mulheres que não tinham um conhecido infiltrado na festa foram obrigadas a amargar o frio do lado de fora. "Essa balada é fresca", reclamou uma das moças que não empolgou os organizadores pela beleza.
O presidente Andrés Sanchez foi o primeiro famoso a chegar ao local da comemoração, às 23h32. Inicialmente, ele não quis falar com os jornalistas, porém mudou de ideia logo em seguida. "Eu passei rápido na entrada porque essa festa é dos atletas, da comissão técnica e da nação corintiana", ponderou.
Andrés Sanchez ainda utilizou o seu tradicional tom de voz ríspido ao citar que o título não é o principal ponto positivo de sua administração no Parque São Jorge. "Às vezes, você faz uma grande administração e, sem títulos, tudo fica uma m... Eu nunca prometi títulos, acho injusto. Eu prometi estrutura, a dignidade ao corintiano, a mudança do estatuto. Isso eu cumpri. Claro que os títulos ajudam", afirmou.
Aos jogadores do campeão brasileiro, a ordem era desfilar na entrada da casa noturna como uma estrela de cinema na noite do Oscar, além de driblar os gritos, empurrões e principalmente os pedidos estranhos dos torcedores que ficavam do lado de fora. O zagueiro Paulo André perdeu, contudo, a luta pela insistência de um fã que lhe entregou o telefone celular e clamou por uma conversa com seu familiar. "Alô, aqui é o Paulo André. Abraço", disse o defensor, de forma meteórica, sem abrir chance de uma resposta para quem estava do outro lado da linha.
Em compensação, Paulo André mostrava-se animado em continuar a festa do título iniciada nos vestiários do Pacaembu. "Lá nos tivemos champanhe e latas de cerveja, agora precisamos dar sequência na festa oficial", decretou o zagueiro, que ganhou a vaga de Chicão no andamento do Campeonato Brasileiro e formou uma sólida dupla defensiva ao lado de Leandro Castán.
ESTADÃO.COM.BR
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