A queda anunciada do PIB, enfim, aconteceu. A economia brasileira parou de crescer no 3º trimestre deste ano. O PIB, em valores correntes, chegou a R$ 1,05 trilhão no 3º trimestre deste ano. Apesar do freio, ainda assim, na comparação com o mesmo período de 2010, porém, a economia cresceu 2,1%; nos últimos 12 meses a expansão foi de 3,7%.O resultado era mais do que óbvio em função das medidas tomadas pelo governo de restrição ao crédito, do corte de gastos públicos (chegamos a R$ 60 bi este ano) e aumento da Selic – que chegou a 12,25% em junho, ante o agravamento da crise mundial. Nesse quadro, as expectativas de aumento da atividade econômica do empresariado e dos bancos de diminuíram. Isso levou a uma redução da produção e do crédito.
É bom frisar que não houve, no período, um agravamento de nossas contas externas. Pelo contrário, nossa balança comercial se sustentou, manteve quase US$ 30 bilhões de dólares de superávit, e as importações caíram, como é natural na queda do crescimento de 7,2% para no máximo 3,2%. Outras duas boas notícias são a manutenção das taxas de investimento e da poupança.
Margem de manobra
Temos, ainda, muita margem de manobra para conduzir a economia e todas declarações da presidenta e do ministro da Fazenda vão nesse sentido. "Temos o controle da situação. Diferente de outros países cujo crescimento cai fundamentalmente pela falta de mercado e por causa da crise, nós aqui temos a possibilidade da aceleração do crescimento", afirmou o ministro Guido Mantega (Fazenda). "Aquilo que nós apertamos nós vamos flexibilizar mais", explicou ele.
A presidenta Dilma Rousseff, ontem, fez questão de frisar: "Não só estamos encerrando o ano com estabilidade e crescimento, mas, sobretudo, com visão de que 2012 será necessariamente melhor do que 2011, o que não é pouca coisa diante da crise e da insensatez política que vivenciamos este ano nos EUA e na Europa", afirmou. A presidenta ressaltou que a nossa situação hoje é muito diferente de muitos países do mundo que ainda estão submetidos às regras do FMI, a uma desregulamentação financeira absurda e à perda de capacidade de seus Estados de agir sobre suas economias.
Reservas e mercado interno
É fato. Por aqui, não adotamos a política sugerida pela oposição e ou adotada na Europa, recessiva e de desregulamentação dos mercados, começando pelo financeiro. O país tem reservas em dólar, reservas dos recursos dos depósitos compulsórios dos bancos, além de margem para ampliar a oferta de crédito. Tudo isso, sem falar nos bancos públicos, que podem e devem se capitalizar, nos fundos de pensão, no Fundo Soberano.
Temos, ainda, um câmbio valorizado, que pode se desvalorizar, como já vem acontecendo, bem como um superávit alto. Ou seja, podemos estimular a economia. Há espaço para adotarmos uma política fiscal e monetária. E, de quebra, ainda contamos com o mercado latino e sul americano para expandir o nosso comércio. Mas, principalmente, contamos com o mercado interno e um programa sustentável de investimentos em petróleo, gás, energia, infraestrutura social, urbana e econômica que, ao lado da expansão da renda e do consumo, da criação do emprego, podem manter o crescimento de nossa economia acima dos 4%, mesmo diante da atual crise internacional.
E, para sustentar um crescimento de 3,5% esse ano e 4% a 5% no ano que vem é preciso reduzir - e já! - a taxa Selic. Na verdade, o Banco Central deveria tê-la reduzido antes e com mais velocidade. Também devemos sustentar os investimentos públicos, sem contingenciamentos, e os privados, capitalizando os bancos públicos e estimulando o mercado de capitais.
Blog do Zé Dirceu
É bom frisar que não houve, no período, um agravamento de nossas contas externas. Pelo contrário, nossa balança comercial se sustentou, manteve quase US$ 30 bilhões de dólares de superávit, e as importações caíram, como é natural na queda do crescimento de 7,2% para no máximo 3,2%. Outras duas boas notícias são a manutenção das taxas de investimento e da poupança.
Margem de manobra
Temos, ainda, muita margem de manobra para conduzir a economia e todas declarações da presidenta e do ministro da Fazenda vão nesse sentido. "Temos o controle da situação. Diferente de outros países cujo crescimento cai fundamentalmente pela falta de mercado e por causa da crise, nós aqui temos a possibilidade da aceleração do crescimento", afirmou o ministro Guido Mantega (Fazenda). "Aquilo que nós apertamos nós vamos flexibilizar mais", explicou ele.
A presidenta Dilma Rousseff, ontem, fez questão de frisar: "Não só estamos encerrando o ano com estabilidade e crescimento, mas, sobretudo, com visão de que 2012 será necessariamente melhor do que 2011, o que não é pouca coisa diante da crise e da insensatez política que vivenciamos este ano nos EUA e na Europa", afirmou. A presidenta ressaltou que a nossa situação hoje é muito diferente de muitos países do mundo que ainda estão submetidos às regras do FMI, a uma desregulamentação financeira absurda e à perda de capacidade de seus Estados de agir sobre suas economias.
Reservas e mercado interno
É fato. Por aqui, não adotamos a política sugerida pela oposição e ou adotada na Europa, recessiva e de desregulamentação dos mercados, começando pelo financeiro. O país tem reservas em dólar, reservas dos recursos dos depósitos compulsórios dos bancos, além de margem para ampliar a oferta de crédito. Tudo isso, sem falar nos bancos públicos, que podem e devem se capitalizar, nos fundos de pensão, no Fundo Soberano.
Temos, ainda, um câmbio valorizado, que pode se desvalorizar, como já vem acontecendo, bem como um superávit alto. Ou seja, podemos estimular a economia. Há espaço para adotarmos uma política fiscal e monetária. E, de quebra, ainda contamos com o mercado latino e sul americano para expandir o nosso comércio. Mas, principalmente, contamos com o mercado interno e um programa sustentável de investimentos em petróleo, gás, energia, infraestrutura social, urbana e econômica que, ao lado da expansão da renda e do consumo, da criação do emprego, podem manter o crescimento de nossa economia acima dos 4%, mesmo diante da atual crise internacional.
E, para sustentar um crescimento de 3,5% esse ano e 4% a 5% no ano que vem é preciso reduzir - e já! - a taxa Selic. Na verdade, o Banco Central deveria tê-la reduzido antes e com mais velocidade. Também devemos sustentar os investimentos públicos, sem contingenciamentos, e os privados, capitalizando os bancos públicos e estimulando o mercado de capitais.
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