21 de setembro de 2014 | 13:58 Autor: Miguel do Rosário
A Polícia Federal faz um trabalho extraordinário de investigação, prende Paulo Roberto Costa, destrincha as complexas operações de envio de recursos para o exterior, mas a Globo e a Veja só pensam “naquilo”.
Só pensam nas eleições. Com isso, distorcem notícias graves.
Promovem vazamentos que invalidarão provas e impedirão a prisão de acusados.
Enfim, a mídia brasileira, na sua histeria partidária, faz uma espécie de investigação ao contrário. Ela acaba mais confundindo do que esclarecendo, mais prejudicando as autoridades do que ajudando.
Os corruptos, ao invés de serem tratados como tais, passam a ser tratados como herois, desde que façam o jogo da mídia e denunciem apenas aqueles que a mídia quer ver denunciados.
Se Costa delatasse os esquemas de que participou quando era diretor da Petrobrás no governo FHC, ouviríamos um grande brado em uníssimo, na mídia: é mentira! Esse homem é um bandido, repetiriam, indignados.
A revelação do esquema de Paulo Roberto Costa, junto à consultoria MO, pode ser a ponta de lança no combate à evasão de divisas, um dos maiores problemas do nosso país.
Segundo a ONG Tax Service, a evasão de divisas no Brasil chega a mais de R$ 600 bilhões por ano, ou 14% do nosso PIB.
Agora sabemos que a própria Globo ajuda a engordar esse número, visto que usou, em apenas uma operação, para comprar os direitos de transmissão da Copa de 2002, do mesmo modus operandi que agora denuncia nas empresas do doleiro.
Entretanto, o pior que pode acontecer é a continuação do vazamento seletivo, reforçado por reportagens que abordam apenas um lado.
Se alguém lesou a Petrobrás, que seja punido, como aliás já está sendo. E que se busque a repatriação do dinheiro desviado.
Mas que não se confunda as coisas. O fato de ter havido corrupção nas obras do Rodoanel e nos metrôs e trens paulistas, por exemplo, não invalida a sua importância. Aliás, as mesmas construtoras e empresas que prestaram serviço à Petrobrás, também prestaram ao governo de São Paulo na construção do Rodoanel e na reforma do sistema de trem e metrô de SP.
Apenas a OAS, uma das empresas envolvidas com a consultoria MO, ligada ao doleiro, recebeu mais de R$ 5 bilhões dos contribuintes paulistas, para participar de obras do Rodoanel e reformar trilhos. O Cafezinho tem uma tabela com os contratos, vários deles considerados irregulares por órgãos de controle.
Ou seja, a lavagem de dinheiro que aí ocorreu não foi apenas de desvios da Petrobrás.
Alberto Youssef era o principal doleiro do Brasil e prestava serviços para várias empresas e governos.
Embora correndo o risco de parecer cínico, é preciso considerar que, a partir do momento em que a Petrobrás amplia seus investimentos de alguns bilhões para centenas de bilhões de reais ao ano, era inevitável que houvesse aumento da corrupção, ou da tentativa de corrupção.
Abandonada durante a era FHC, a Petrobrás na era Lula/Dilma passou a descobrir grandes quantidades de petróleo, a construir e comprar refinarias, a construir oleodutos, a diversificar suas matrizes de energia (investiu-se em eólica, biodiesel, etc), a comprar aqui mesmo no Brasil os seus navios e peças para plataforma.
Iniciou-se uma grande recuperação do quadro funcional da Petrobrás.
Pode-se dizer que a estatal renasceu sob Lula/Dilma.
Mas a Petrobrás não pode ser culpada pelo mau comportamento das empresas que prestam serviço para ela.
Nem pelo mal feito de alguns diretores.
A Petrobrás sairá fortalecida das investigações, conduzidas republicanamente pela Polícia Federal.
Por parte do governo federal, agiu-se corretamente: soltou-se os cães farejadores da PF para cima das empresas e indivíduos que tentavam lesar a estatal.
Se fosse uma empresa privada, os desvios da Petrobrás ocorreriam da mesma forma, mas maneira muito mais secreta e indevassável.
Por aí você entende a importância de manter as riquezas estratégicas sob estrita vigilância do poder público.
Abaixo, segue, com exclusividade, a íntegra da denúncia do Ministério Público do Paraná contra Paulo Roberto Costa e comparsas.
É uma denúncia de acusação, que precisa ser confrontada pelas respectivas defesas.
Ao menos, porém, você poderá analisar o dado bruto, completo, sem a intermediação maliciosa da Globo.
A Polícia Federal faz um trabalho extraordinário de investigação, prende Paulo Roberto Costa, destrincha as complexas operações de envio de recursos para o exterior, mas a Globo e a Veja só pensam “naquilo”.
Só pensam nas eleições. Com isso, distorcem notícias graves.
Promovem vazamentos que invalidarão provas e impedirão a prisão de acusados.
Enfim, a mídia brasileira, na sua histeria partidária, faz uma espécie de investigação ao contrário. Ela acaba mais confundindo do que esclarecendo, mais prejudicando as autoridades do que ajudando.
Os corruptos, ao invés de serem tratados como tais, passam a ser tratados como herois, desde que façam o jogo da mídia e denunciem apenas aqueles que a mídia quer ver denunciados.
Se Costa delatasse os esquemas de que participou quando era diretor da Petrobrás no governo FHC, ouviríamos um grande brado em uníssimo, na mídia: é mentira! Esse homem é um bandido, repetiriam, indignados.
A revelação do esquema de Paulo Roberto Costa, junto à consultoria MO, pode ser a ponta de lança no combate à evasão de divisas, um dos maiores problemas do nosso país.
Segundo a ONG Tax Service, a evasão de divisas no Brasil chega a mais de R$ 600 bilhões por ano, ou 14% do nosso PIB.
Agora sabemos que a própria Globo ajuda a engordar esse número, visto que usou, em apenas uma operação, para comprar os direitos de transmissão da Copa de 2002, do mesmo modus operandi que agora denuncia nas empresas do doleiro.
Entretanto, o pior que pode acontecer é a continuação do vazamento seletivo, reforçado por reportagens que abordam apenas um lado.
Se alguém lesou a Petrobrás, que seja punido, como aliás já está sendo. E que se busque a repatriação do dinheiro desviado.
Mas que não se confunda as coisas. O fato de ter havido corrupção nas obras do Rodoanel e nos metrôs e trens paulistas, por exemplo, não invalida a sua importância. Aliás, as mesmas construtoras e empresas que prestaram serviço à Petrobrás, também prestaram ao governo de São Paulo na construção do Rodoanel e na reforma do sistema de trem e metrô de SP.
Apenas a OAS, uma das empresas envolvidas com a consultoria MO, ligada ao doleiro, recebeu mais de R$ 5 bilhões dos contribuintes paulistas, para participar de obras do Rodoanel e reformar trilhos. O Cafezinho tem uma tabela com os contratos, vários deles considerados irregulares por órgãos de controle.
Ou seja, a lavagem de dinheiro que aí ocorreu não foi apenas de desvios da Petrobrás.
Alberto Youssef era o principal doleiro do Brasil e prestava serviços para várias empresas e governos.
Embora correndo o risco de parecer cínico, é preciso considerar que, a partir do momento em que a Petrobrás amplia seus investimentos de alguns bilhões para centenas de bilhões de reais ao ano, era inevitável que houvesse aumento da corrupção, ou da tentativa de corrupção.
Abandonada durante a era FHC, a Petrobrás na era Lula/Dilma passou a descobrir grandes quantidades de petróleo, a construir e comprar refinarias, a construir oleodutos, a diversificar suas matrizes de energia (investiu-se em eólica, biodiesel, etc), a comprar aqui mesmo no Brasil os seus navios e peças para plataforma.
Iniciou-se uma grande recuperação do quadro funcional da Petrobrás.
Pode-se dizer que a estatal renasceu sob Lula/Dilma.
Mas a Petrobrás não pode ser culpada pelo mau comportamento das empresas que prestam serviço para ela.
Nem pelo mal feito de alguns diretores.
A Petrobrás sairá fortalecida das investigações, conduzidas republicanamente pela Polícia Federal.
Por parte do governo federal, agiu-se corretamente: soltou-se os cães farejadores da PF para cima das empresas e indivíduos que tentavam lesar a estatal.
Se fosse uma empresa privada, os desvios da Petrobrás ocorreriam da mesma forma, mas maneira muito mais secreta e indevassável.
Por aí você entende a importância de manter as riquezas estratégicas sob estrita vigilância do poder público.
Abaixo, segue, com exclusividade, a íntegra da denúncia do Ministério Público do Paraná contra Paulo Roberto Costa e comparsas.
É uma denúncia de acusação, que precisa ser confrontada pelas respectivas defesas.
Ao menos, porém, você poderá analisar o dado bruto, completo, sem a intermediação maliciosa da Globo.
Tijolaço
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