"Lamento enormemente isso", declarou a presidente sobre ataques liderados pelos Estados Unidos desde a noite desta segunda-feira para combater o grupo terrorista Estado Islâmico; segundo Dilma Rousseff, agressões militares podem colher resultados imediatos, mas trazem consequências deletérias para países e regiões no médio e longo prazos; a posição do Brasil será deixada clara na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira, quando Dilma discursará antes de Barack Obama
23 de Setembro de 2014 às 14:56
247 – O Brasil repudia os ataques aéreos coordenados pelos Estados Unidos contra a Síria, a fim de desmantelar o grupo terrorista Estado Islâmico, afirmou nesta terça-feira 23 a presidente Dilma Rousseff, que discursou na Cúpula do Clima, em Nova York. Segundo ela, agressões militares podem colher resultados imediatos, mas trazem consequências deletérias para países e regiões no médio e longo prazos.
"Lamento enormemente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza", exemplificou.
A posição do País se tornará clara para a comunidade internacional, segundo Dilma, durante seu discurso nesta quarta-feira 24 na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Como abrirá o encontro, ela discursará antes do presidente dos EUA, Barack Obama. A presidente afirmou que o Conselho de Segurança da ONU "tem que ter maior representatividade" quanto aos conflitos internacionais. "Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E inclusive acha que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo", ressaltou.
Brasil 247
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