quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Economia se mantém em pleno emprego no Brasil



Taxa de desemprego em agosto ficou em 5%, a menor para o mês de toda a série histórica, iniciada em 2002; segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira 25, taxas completas de julho, junho e maio, que não haviam sido divulgadas anteriormente devido à greve dos servidores do instituto, são de 4,9%, 4,8% e 4,9%, respectivamente; presidente Dilma comemorou ontem, em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, que o Brasil resistiu à crise internacional gerando milhões de empregos e estimulando a renda; "Enquanto o mundo desempregava centenas de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais", disse

25 de Setembro de 2014 às 09:37



247 – A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira 25 pelo IBGE corrobora o discurso da presidente Dilma Rousseff de que o Brasil vive uma situação de pleno emprego. Ontem, em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ela voltou a comemorar a criação de vagas formais nos últimos anos, especialmente diante da crise internacional.

"No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais", disse a presidente. "Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura", acrescentou, lembrando também em seu discurso que nesse período a renda cresceu e a desigualdade caiu.

No último dia 11, ao comemorar os dados do Caged, que registrou a criação de 101.425 empregos formais em agosto, Dilma afirmou que "o emprego no Brasil tem se mantido, apesar de todas as flutuações". A presidente se disse "extremamente satisfeita" com o dado, segundo ela, "bastante razoável" para a época do ano e para o quadro de crise de emprego das maiores economias do mundo.

Leia abaixo reportagem da Reuters sobre a PME:

Desemprego no Brasil sobe a 5%, mas tem menor nível para agosto, diz IBGE

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A taxa de desemprego do Brasil subiu pelo segundo mês seguido e atingiu 5 por cento em agosto, mas manteve-se em níveis historicamente baixos, ao mesmo tempo em que a renda média da população voltou a subir às vésperas das eleições presidenciais.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, a taxa de desemprego é a menor para agosto da série, iniciada em março de 2002.

"Em agosto, houve geração de vagas, mas não foi significativa para absorver os desempregados", afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

Após adiar a divulgação de dados por três vezes seguidas devido à greve de servidores, o IBGE mostrou ainda por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) que a taxa de desemprego ficou em 4,9 por cento em maio, caindo a 4,8 por cento em junho e indo a 4,9 por cento em julho.

O resultado de agosto ficou pouco acima de pesquisa da Reuters, cuja mediana apontou que a expectativa era de que a taxa de desemprego atingisse 4,9 por cento em agosto.

Apesar de o desemprego ter oscilado um pouco para cima, o rendimento médio da população subiu 1,7 por cento no mês passado sobre julho, voltando a crescer após duas quedas seguidas, chegando a 2.055,50 reais.

O mercado de trabalho ainda favorável, apesar de mostrar sinais de perda de fôlego, tem sido uma das principais armas da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa pela reeleição em outubro, em meio à fraqueza da atividade econômica e inflação elevada.

O IBGE informou ainda que a população ocupada subiu 0,8 por cento em agosto na comparação com julho, para 23,139 milhões de pessoas, com queda de 0,4 por cento sobre um ano antes.

Já a população desocupada chegou a 1,221 milhão de pessoas, alta de 3,3 por cento ante julho, e recuo de 5,8 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

O IBGE trabalha para substituir a PME pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, mais abrangente. De acordo com o novo indicador, no primeiro trimestre deste ano a taxa média de desemprego do Brasil estava em 7,1 por cento.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Texto de Camila Moreira; Edição de) 
 
 
Brasil 247

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