Uso do Cessna PR-AFA por Marina Silva vai de encontro com a estratégia do PSB de tentar desvincular polêmica à sua campanha à Presidência; até então, partido jogara a responsabilidade pelo avião fantasma nas costas de Eduardo Campos, que morreu no dia 13 de agosto, em acidente em Santos, trocando o CNPJ da coordenação jurídica do comitê que ex-senadora herdou; no entanto, para o especialista em Direito Eleitoral Arthur Rollo, “chapa é única e indivisível” e irregularidades podem atingir Marina
24 de Setembro de 2014 às 05:15
247 – Naufraga a estratégia do PSB para tentar desvincular Marina Silva da polêmica do avião fantasma que caiu em Santos com a equipe do então presidenciável Eduardo Campos. Reportagem do Globo aponta que a atual candidata voou dez vezes no Cessna PR-AFA, que é investigado pela Polícia Federal.
Os gastos com o uso do jato não foram declarados à Justiça Eleitoral pelo partido. Além disso, descobriu-se que a aeronave estava irregular no momento do acidente, já que os empresários que teriam emprestado o equipamento para o PSB, João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieira, não constavam com os proprietários em registros da ANAC. A transação de venda com o grupo sucroalcooleiro paulista, AF Andrade, também é suspeita, já que envolve mais de dez depósitos diferentes, incluindo empresas laranjas.
Até então, o partido jogara a responsabilidade pelo avião fantasma nas costas de Eduardo Campos. A sigla trocou, inclusive, CNPJ da coordenação jurídica do comitê que ex-senadora herdou.
No entanto, para o especialista em Direito Eleitoral, Arthur Rollo, “chapa é única e indivisível” e irregularidades podem atingir Marina. “A Marina era vice quando o avião caiu. Qualquer problema com a cabeça da chapa também afeta o vice. Se houver processo, não será contra a chapa atual, mas a anterior”, diz.
Brasil 247
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