17 de setembro de 2014 | 16:07 Autor: Miguel do Rosário
Muito se fala em reforma política, e por isso mesmo cumpre trazer ao debate os problemas reais derivados do sistema atual.
Por exemplo: pesquisas eleitorais.
Pesquisas eleitorais não são apenas para apurar a intenção de votos.
Há sempre outras perguntas, ainda mais importantes.
O que você pensa dos impostos? Gosta de que jornais? Quais os que você não gosta?
Quem escolhe o que será perguntado, tem o poder.
Aliás, a própria abordagem, naturalmente, implicará em alguma reação.
É por isso que a Globo, hoje, paga o Datafolha e paga o Ibope.
E a grande mídia só dá destaque a essas duas pesquisas, tidas como as melhores, as mais profissionais.
A concentração de dinheiro em mãos da Globo facilita tudo.
Isso deverá ser discutido numa reforma política, e que virá através de um plebiscito e da eleição de uma constituinte exclusiva.
É preciso estimular a diversidade de pesquisas. Não pode ficar tudo nas mãos de um só, como hoje, com a Globo.
Ter o controle da pesquisa, quais perguntas fazer, que regiões pesquisar, qual a abordagem, quando publicar, é um tremendo poder!
Poder demais para um só!
A pesquisa eleitoral restitui à mídia o poder que ela havia perdido na área de informação e, sobretudo, em opinião e debate, para as redes sociais e blogs.
A opinião da pessoa sobre a criminalização do aborto poderia mudar radicalmente, se a pergunta fosse feita de outra forma.
Você acha que as mulheres merecem morrer por causa de uma legislação atrasada?
Você sabe que direitos possuem as mulheres em outros países desenvolvidos?
Você sabia que os programas sociais na Europa são cinco vezes maiores que os do Brasil?
Que o número de servidores públicos por mil habitantes é bem maior nos EUA do que no Brasil?
Diante disso, você ainda acha que nosso setor público é “inchado”?
Daí voltamos à guerra da comunicação.
Censuram um candidato em São Paulo, processam tuiteiros, entram com ações no TSE para derrubar o site do adversário.
O que leva um ministro do TSE a mandar fechar o site de uma campanha para presidente da república, a pouco mais de uma semana do pleito?
Que tipo de democracia é essa, que juízes decidem monocraticamente quem pode e quem não pode falar?
Criamos, por fora do debate parlamentar, um novo regime político, regido por mandarins do judiciário e barões de mídia?
O TSE entendeu que o Empiricus tem o direito de anunciar no Youtube um vídeo de campanha negativa contra a Dilma.
É do jogo, concluiu o TSE.
Um site que integra o núcleo da comunicação de uma campanha, através o qual milhares de jovens estão interagindo e discutindo política, esse pode fechar.
O TSE desenvolveu uma postura criminalizante, rígida, mau humorada, diante da liberdade democrática.
Tudo é sujo e feio.
O procurador-Geral, Rodrigo Janot, diz que a campanha de Dilma não pode criticar Marina.
Marina pode criticar Dilma, pode falar que o PT botou um diretor por 12 anos para roubar na Petrobrás.
Dilma não pode usar a linguagem audiovisual para comunicar o que pensa do projeto de Marina de dar independência ao Banco Central.
Os “melhores”, os “mió do mió”, querem assumir o comando da democracia brasileira. E por isso se identificam com o discurso autocrático e guardianista de Marina Silva.
Identificam-se e interferem no processo eleitoral.
Há tempos acusamos a transferência do autoritarismo dos generais para os juízes.
Não todos, mas para alguns juízes, que acham saber o que é o “melhor” para o Brasil.
Jatinhos fantasmas?
Isso não é problema.
O PSB agora diz que a culpa é do morto, exclusivamente dele.
Em nome do poder, que se dane o culto a Eduardo Campos, é a mensagem de Marina Silva.
Não é bem assim. Campos não pode levar a culpa disso sozinho. É óbvio que há tesoureiros e assessores envolvidos.
Campos não iria se meter numa furada dessas por conta própria, afinal ele era um político, não um corretor de jatinhos.
O tesoureiro de Marina Silva participou da negociação do jato? Já sabia o que estava acontecendo?
O nome dele é Rubens Novelli e sumiu do mapa.
Onde está Rubens Novelli, que trabalhou com Marina em 2010 e agora em 2014?
O homem de confiança de Marina em se tratando de dinheiro, onde está?
Ah, isso é secundário!
O problema são esses malditos sites e blogs!
Ai de quem mandar fechar um site da Globo, da Folha, do Estadão.
O da presidente da república, esse pode derrubar.
Um site da campanha de Dilma não vale nada, não é, seus juízes?
Um site da presidenta eleita com 55 milhões de votos em 2010, e que pode ter ainda mais votos este ano, não vale nada.
Enquanto isso, o poder se cala sobre os donos do jatinho fantasma de Marina Silva.
Jatinhos são sagrados.
Embora possam ser derrubados pela “providência divina”.
Como os sites.
Muito se fala em reforma política, e por isso mesmo cumpre trazer ao debate os problemas reais derivados do sistema atual.
Por exemplo: pesquisas eleitorais.
Pesquisas eleitorais não são apenas para apurar a intenção de votos.
Há sempre outras perguntas, ainda mais importantes.
O que você pensa dos impostos? Gosta de que jornais? Quais os que você não gosta?
Quem escolhe o que será perguntado, tem o poder.
Aliás, a própria abordagem, naturalmente, implicará em alguma reação.
É por isso que a Globo, hoje, paga o Datafolha e paga o Ibope.
E a grande mídia só dá destaque a essas duas pesquisas, tidas como as melhores, as mais profissionais.
A concentração de dinheiro em mãos da Globo facilita tudo.
Isso deverá ser discutido numa reforma política, e que virá através de um plebiscito e da eleição de uma constituinte exclusiva.
É preciso estimular a diversidade de pesquisas. Não pode ficar tudo nas mãos de um só, como hoje, com a Globo.
Ter o controle da pesquisa, quais perguntas fazer, que regiões pesquisar, qual a abordagem, quando publicar, é um tremendo poder!
Poder demais para um só!
A pesquisa eleitoral restitui à mídia o poder que ela havia perdido na área de informação e, sobretudo, em opinião e debate, para as redes sociais e blogs.
A opinião da pessoa sobre a criminalização do aborto poderia mudar radicalmente, se a pergunta fosse feita de outra forma.
Você acha que as mulheres merecem morrer por causa de uma legislação atrasada?
Você sabe que direitos possuem as mulheres em outros países desenvolvidos?
Você sabia que os programas sociais na Europa são cinco vezes maiores que os do Brasil?
Que o número de servidores públicos por mil habitantes é bem maior nos EUA do que no Brasil?
Diante disso, você ainda acha que nosso setor público é “inchado”?
Daí voltamos à guerra da comunicação.
Censuram um candidato em São Paulo, processam tuiteiros, entram com ações no TSE para derrubar o site do adversário.
O que leva um ministro do TSE a mandar fechar o site de uma campanha para presidente da república, a pouco mais de uma semana do pleito?
Que tipo de democracia é essa, que juízes decidem monocraticamente quem pode e quem não pode falar?
Criamos, por fora do debate parlamentar, um novo regime político, regido por mandarins do judiciário e barões de mídia?
O TSE entendeu que o Empiricus tem o direito de anunciar no Youtube um vídeo de campanha negativa contra a Dilma.
É do jogo, concluiu o TSE.
Um site que integra o núcleo da comunicação de uma campanha, através o qual milhares de jovens estão interagindo e discutindo política, esse pode fechar.
O TSE desenvolveu uma postura criminalizante, rígida, mau humorada, diante da liberdade democrática.
Tudo é sujo e feio.
O procurador-Geral, Rodrigo Janot, diz que a campanha de Dilma não pode criticar Marina.
Marina pode criticar Dilma, pode falar que o PT botou um diretor por 12 anos para roubar na Petrobrás.
Dilma não pode usar a linguagem audiovisual para comunicar o que pensa do projeto de Marina de dar independência ao Banco Central.
Os “melhores”, os “mió do mió”, querem assumir o comando da democracia brasileira. E por isso se identificam com o discurso autocrático e guardianista de Marina Silva.
Identificam-se e interferem no processo eleitoral.
Há tempos acusamos a transferência do autoritarismo dos generais para os juízes.
Não todos, mas para alguns juízes, que acham saber o que é o “melhor” para o Brasil.
Jatinhos fantasmas?
Isso não é problema.
O PSB agora diz que a culpa é do morto, exclusivamente dele.
Em nome do poder, que se dane o culto a Eduardo Campos, é a mensagem de Marina Silva.
Não é bem assim. Campos não pode levar a culpa disso sozinho. É óbvio que há tesoureiros e assessores envolvidos.
Campos não iria se meter numa furada dessas por conta própria, afinal ele era um político, não um corretor de jatinhos.
O tesoureiro de Marina Silva participou da negociação do jato? Já sabia o que estava acontecendo?
O nome dele é Rubens Novelli e sumiu do mapa.
Onde está Rubens Novelli, que trabalhou com Marina em 2010 e agora em 2014?
O homem de confiança de Marina em se tratando de dinheiro, onde está?
Ah, isso é secundário!
O problema são esses malditos sites e blogs!
Ai de quem mandar fechar um site da Globo, da Folha, do Estadão.
O da presidente da república, esse pode derrubar.
Um site da campanha de Dilma não vale nada, não é, seus juízes?
Um site da presidenta eleita com 55 milhões de votos em 2010, e que pode ter ainda mais votos este ano, não vale nada.
Enquanto isso, o poder se cala sobre os donos do jatinho fantasma de Marina Silva.
Jatinhos são sagrados.
Embora possam ser derrubados pela “providência divina”.
Como os sites.
Tijolaço
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