A Polícia Federal investiga, além do advogado Tiago Cedraz – que é filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz – o primo de primeiro grau do ministro e sócio de Tiago em uma consultoria, Luciano Araújo; segundo as investigações da Operação Politeia, foi Araújo quem recebeu a quantia de R$ 1 milhão da UTC supostamente destinada ao ministro Raimundo Carreiro; o escândalo atinge o partido Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, uma vez que Luciano Araújo é tesoureiro nacional do partido e presidente estadual do diretório da Bahia; Tiago também integra a cúpula da legenda, como secretário de assuntos jurídicos; dias atrás, Paulinho se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ministro do STF Gilmar Mendes para discutir o golpe contra a presidente Dilma
16 DE JULHO DE 2015 ÀS 10:15
Bahia 247 – O escândalo envolvendo a família Cedraz e o Tribunal de Contas da União atinge em cheio o Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Isso porque um dos alvos da Operação Politeia, deflagrada esta semana pela Polícia Federal, é Luciano Araújo, tesoureiro nacional do partido e presidente estadual do diretório da sigla na Bahia.
Em depoimento à Justiça por acordo de delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, revelou que a construtora repassou R$ 1 milhão ao escritório do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e sócio de Araújo - que é primo do ministro. De acordo com o empreiteiro, o montante solicitado por Tiago Cedraz "foi retirado da sede da UTC por Luciano Araujo".
Tiago também é investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Na terça-feira, a PF realizou busca e apreensão nas residências dele e de Araújo. O advogado se manifestou em nota considerando o ato "uma violência sem precedentes, um atentado ao regular exercício da profissão". Ele também integra a cúpula do Solidariedade, ocupando o cargo de "secretário de assuntos jurídicos" do partido.
Dias atrás, Paulinho da Força se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes para discutir cenários da atual crise política, incluindo um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Eles teriam avaliado que um pedido de cassação dificilmente será aprovado no Tribunal Superior Eleitoral (leia mais).
O presidente e fundador do Solidariedade foi o primeiro a aderir ao golpe. Desde a eleição que reelegeu Dilma, Paulinho tem se movimentado em favor do impeachment. Em março, o deputado consultou advogados sobre apresentar um pedido nesse sentido na Câmara, mas foi aconselhado a esperar a crise "aumentar". Ele tentou reunir até 1 milhão de assinaturas em favor do impeachment até 1º de Maio, mas ficou longe de atingir a meta.
O deputado também pressionava os partidos de oposição por um engajamento mais firme no movimento que tenta tirar Dilma do poder e participou de manifestações de rua contra o governo e em defesa do impeachment. Agora, tem a sigla envolvida no mais novo escândalo de corrupção, envolvendo o pagamento de propina a ministros do tribunal de contas para influenciar decisões em processos que fossem de interesse da UTC.
Brasil 247
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