sexta-feira, 17 de julho de 2015

NOBLAT: NINGUÉM IRÁ AO INFERNO COM EDUARDO CUNHA


Colunista Ricardo Noblat relata a mudança de comportamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante essa quinta-feira, 16; desde manhã, quando em entrevista, atacou o governo e admitiu a possibilidade de deposição da presidente Dilma Rousseff, até quando soube da delação de Júlio Camargo, que o acusou de cobrar US$ 5 milhões em propina; "O que fará se o Procurador Geral da República o denunciar ao Supremo Tribunal Federal? Tentará ficar na presidência da Câmara mesmo assim?", pergunta ele; para Noblat, se o STF aceitar a denúncia, a base de apoio de Cunha, de mais de 200 deputados, esfarela-se de pronto: "Ninguém irá para o inferno com ele"

17 DE JULHO DE 2015 ÀS 10:14


247 - O jornalista Ricardo Noblat descreveu nesta sexta-feira, 17, a situação complicada em que se meteu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após a revelação da delação do consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, que relatou pagamento de propina de US$ 5 milhões para Cunha. 

"Se Eduardo Cunha imagina ganhar no grito a confusão em que se viu metido deste ontem, esqueça. A Justiça não o teme. O governo não gostaria de tê-lo como um adversário acuado e aparentemente disposto a ir para o tudo ou nada, mas nada pode fazer", disse Noblat. 

O jornalista relata a mudança de comportamento de Eduardo Cunha nessa quinta-feira, 16, do início da manhã, quando concedeu entrevista coletiva, onde atacou o governo e admitiu a deposição da presidente Dilma Rousseff, até o momento em que soube do conteúdo da delação de Júlio Camargo. 

"Aí, por mais desnorteado que estivesse, não conseguia esconder a tensão e o nervosismo. E foi um Eduardo bastante assustado que voltou a falar com jornalistas – desta vez para ler uma nota. Logo ele que, raramente, se pronuncia por escrito. Sente-se mais forte falando de improviso", relata. 

Noblat questiona: "O que fará se o Procurador Geral da República o denunciar ao Supremo Tribunal Federal? Tentará ficar na presidência da Câmara mesmo assim? E se o Supremo aceitar a denúncia? Os mais de 200 deputados que Eduardo comanda entre os 513 se manterão ao seu lado para o que mais der e vier?"

E sentencia: "Ninguém irá para o inferno com ele".

Leia aqui a íntegra do artigo de Ricardo Noblat.


Brasil 247

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