6 de julho de 2015 | 17:54 Autor: Fernando Brito
Caminha para ser um chororô generalizado a reunião convocada com os líderes da “base aliada” para hoje, no Planalto.
Conhecendo o perfil da base aliada, salvo exceções, sabe-se o que eles querem e aquilo que não estão dispostos a dar em troca.
A reunião servirá para os mais famintos entrarem e saírem sob um vale de lágrimas.
Isso para falar o menos, porque, por exemplo, o líder do PMDB, Leonardo Piciani, é apenas um agente de Eduardo Cunha.
Ainda mais assim, “valorizados” com o anúncio do PSDB de que o golpismo é pra já, verbalizado por Aécio com o “se preparem, porque dentro de muito pouco tempo, não seremos mais a oposição, vamos ser governo” .
Reunião com líderes da base aliada não é evento, antes seria rotina. As conversas são um a um, dois a dois no máximo – isso quando for gente muito próxima, e olhe lá.
Tirante meia-dúzia, deputado não é sincero em público e, líder, quando tem boa-vontade, sai no máximo dizendo que “quer ouvir a bancada”.
E se “pegar leve” na reunião, diante dos outros, as bancadas o atropelam, porque estão sublevadas contra o Governo e não terão sua rebeldia senão com “atendimentos” que não podem ser anunciados em grandes reuniões formais.
Não há lideranças destacadas e o leitor e leitora, com boa vontade, há de se lembrar do nome de dois ou três líderes de bancada, se tanto.
A menos que fosse corriqueira e regular, reunião assim vai dar palco a cobranças, exigências e queixas, para ficar no mais comezinho.
É impressionante a incapacidade da equipe de Dilma de ver a política parlamentar como ela é, na realidade, praticada no Brasil.
E do princípio básico que se aplica a reuniões de grande porte, formais.
Só se as convoca depois que está tudo decidido.
Tijolaço
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