Presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas criticou a sentença do juiz Sérgio Moro que condenou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 15 de prisão no âmbito da operação Lava Jato; para ele, Vaccari foi condenado sem provas; "A condenação do Vaccari pelo recebimento de valores, todos legais, suscita então uma campanha no Brasil pela condenação de todos os tesoureiros de todos os partidos e de todos os coordenadores de campanhas políticas que receberam recursos privados", afirmou; advogado de Vaccari, Luiz Flávio D'Urso, diz que a sentença desconsidera depoimentos de delatores que isentam o ex-tesoureiro do PT dos crimes
23 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 11:32
247 - O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, criticou a sentença do juiz Sérgio Moro que condenou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 15 de prisão no âmbito da operação Lava Jato.
Segundo Freitas, Vaccari foi condenado sem provas contra ele. "A condenação a 15 anos de prisão do João Vaccari é jogar toda a legislação brasileira fora. É rasgá-la, é um casuísmo que transforma um julgamento jurídico numa condenação política", afirmou em entrevista Vagner Freitas. "A condenação do Vaccari pelo recebimento de valores, todos legais, suscita então uma campanha no Brasil pela condenação de todos os tesoureiros de todos os partidos e de todos os coordenadores de campanhas políticas que receberam recursos privados", afirmou.
Em favor daquele que faz questão de chamar de amigo – com o qual atuou tanto na direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo quanto na CUT – Vagner afirmou: "Prende-se uma pessoa que sempre teve uma vida ilibada, construída sobre os valores da democracia, na defesa dos direitos dos trabalhadores".
Advogado de defesa de Vaccari, D'Urso divulgou nota nessa terça-feira, 22, em que, além de reiterar a ausência de provas nas 350 páginas da sentença e afirmar que irá recorrer da decisão, destaca que os próprios delatores afirmam nunca terem dado qualquer propina ao ex-tesoureiro do PT.
Diz trecho da nota:
"A sentença não considera partes de depoimentos desses delatores, que isentam o Sr. Vaccari de crime. Foram desconsiderados os seguintes trechos de depoimentos:
a) o Sr. Youssef afirma que nunca esteve com o Sr. Vaccari e nunca entregou a ele nenhuma quantia;
b) o Sr. Barusco é taxativo quando afirma que não sabe se o Sr. Vaccari recebeu algum dinheiro de propina, concluindo que nada pode dizer contra a ele sobre isso;
c) por último, o Sr. Augusto Mendonça afirma claramente que, ao procurar o Sr. Vaccari disse-lhe, somente, que desejava fazer uma doação ao PT, solicitando-lhe a conta para realizar tal doação e, quando perguntado e reperguntado se o Sr. Vaccari sabia a origem desse recurso, o Sr. Augusto Mendonça foi taxativo: não sabia".
Brasil 247
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