POR FERNANDO BRITO · 07/11/2015
Eduardo Cunha deu uma entrevista a uma equipe de repórteres de O Globo – aos repórteres Francisco Leali, Isabel Braga, Júnia Gama e Paulo Celso Pereira, com imagens de André Coelho e edição de Eduardo Negri – que tem de chegar ao conhecimento de todos os brasileiros.
Porque é o presidente da Câmara dos Deputados, em tese a representação de nosso povo, protagonizando um espetáculo de desfaçatez para “explicar” o dinheiro encontrado em contas bancárias na Suíça em seu nome, de sua mulher e de sua filha.
Cunha diz que o dinheiro tinha décadas, foi obtido com operações de compra e venda no exterior e foi colocado, também desde priscas eras, em nome de terceiros, apenas com um contrato particular – que não mostra ou identifica – e que portanto, na sua tese, não era mais seu.
Claro que não explica como, se não era seu, servia para pagar despesas milionárias em cartão de crédito, mas isso não vem ao caso.
Diz, também, que não mentiu ao dizer que não mantinha contas no exterior, embora seu passaporte, endereço e assinatura tenham ido parar na Suíça, bem como admite que recebia extratos.
Tudo, claro, nas contas que não eram dele.
Aliás, nestes extratos não apareciam com o nome do depositante os valores vultosos depositados pelo empresário João Augusto Henriques quando este depôs na Operação Lava Jato. Até então, coitado, sabia apena que eram uns milhõezinhos que apareceram na conta que não era dele…
Cunha é, disparado, o favorito ao Oscar 2015 de maior cara de pau do Brasil, quiçá do mundo.
Não há tucano ou magano que o sustente no cargo. Assista.
Tijolaço
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