POR FERNANDO BRITO · 13/11/2015
Não adianta um homem digno como o presidente do Supremo Tribunal Federal pedir que se resista na manutenção da democracia, sem golpes institucionais, se os responsáveis pela manutenção do mínimo de garantias à ordem democrática se omite sistematicamente diante dos maiores absurdos.
Os fotógrafos dos jornais, hoje, puderam ver o clima bélico e os apetrechos de guerra – porretes, cassetetes e sprays de pimenta – nas mãos de diversos integrantes do movimento “pró-impeachment” que acampou no gramado diante do Congresso.
Não são garotos, são marmanjos, gente que não está “no embalo”, mas age de caso pensado e é organizada.
Porque é um grupo, do contrário não faria sentido o sargento reformado da PM que foi preso ontem ter dez furadores de coco, pontiagudos, capazes de funcionarem como punhais.
Ali é área pública, sem jurisdição especial e, mesmo assim, até a Polícia Legislativa teve mais atitude, mandando revistar algumas barracas e recolhendo facas.
O Ministério da Justiça, bem em frente, só assiste da janela, embora fosse seu dever acionar a Polícia Federal para, no mínimo, fazer um “pente-fino” e recolher materiais próprios para conflitos.
Depois, quando um psicopata destes ferir ou matar alguém, não adianta aparecer com cara de bravo e dizer que “não admite violência”. Tanto admite que está diante da sua janela e não faz nada.
Tijolaço
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