segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Lava Jato tem nova denúncia de irregularidade, por Marcelo Auler

SEG, 07/12/2015 - 20:33


Enviado por Anna Dutra

Do site de Marcelo Auler


Marcelo Auler

O que desde julho era falado em conversas em “off”, papos de corredor, hoje encontra-se oficializado. Em dois depoimentos – o primeiro em Brasília, o outro em Curitiba, nesta última semana – a delegada federal Tânia Fogaça, da Corregedoria Geral (Coger) do Departamento de Polícia Federal (DPF), registrou que policiais da Força Tarefa da Lava Jato tentaram obter dados sigilosos de pessoas com foro privilegiado. Tudo sem a autorização da Justiça Federal.


Para tal, utilizaram um Alvará que o juiz estadual José Orlando Cerqueira Bremer, ainda na Vara Criminal de Pinhais, município vizinho à Curitiba, concedeu à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Superintendência Regional do DPF no Paraná (SR/DPF/PR). Oficialmente era um trabalho de monitoramento de traficantes de drogas, que o juiz diz serem ligados ao PCC. Não se sabe, porém, no que resultou concretamente esta parceria.


“Se meu Alvará foi usado na Lava Jato, eu fui traído”,desabafou Bremer, hoje na 1ª Vara Criminal de Curitiba, na quinta-feira (03/12).

Os depoimentos foram prestados pelo delegado federal Paulo Renato Herrera e por um dos advogados da Odebrecht, Antônio Augusto de Arruda Botelho. Os dois são apontados por delegados que comandam a Lava Jato – Igor Romário de Paulo, delegado Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR); Érica Mialik Marena -chefe da Dlegacia de Combate aos Crimes Financeiros (DELEFIN); e Márcio Anselmo Adriano, da Delegacia de Combate aos Crimes Fazendário (DELEFAZ) e quem oficialmente cuida da operação – como prováveis responsáveis por um possível dossiê com informações capazes de prejudicar a Operação.

A eles, os delegados denunciantes juntam o advogado Marden Maués, que defendeu a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, e o ex-agente federal Rodrigo Ganazzo. Tal dossiê, como já dissemos antes, jamais apareceu

Uma das informações, pelo visto, é justamente a tentativa de usar o Alvará. do juiz estadual na investigação federal. Embora destinado às investigações de tráfico de drogas, tentaram obter dados de cadastros telefônicos e exstratos de ligações de números registrados nos celularres dos doleitos, presos em março de 2014. Não se falou em grampos telefônicos ilegais. Dificilmente, porém, esta informação será capaza de afetar a ampla invcestigação já realizada. Mas, sem dpuvida, será mais uma “trapalhada” dos responsáveis pela Força tarefa na Polícia Federal.

Na sexta-feira (04/12), antes de retornar ao Rio de Janeiro, o blogueiro procurou os principais operadores da Operação Lava Jato em Curitiba, incluindo Ministério Público Federal, delegados federais e o próprio superintedente do DPF no Paraná, Rossalvo Ferreira Franco. O e-mail a eles evnviado narrou os depoimentos prestados pelos dois à Coger e o desabafo do juiz Breme, mas só mereceu resposta de um deles. Ainda assim em “off”, isto é, com o compromisso de não aparecer seu nome.


“Se suas fontes são Paulo Renato Herrera e Antônio Botelho, então recomendo que procure outras. Nao vi nada de concreto no relato abaixo”, escreveu, alegando não ter tempo para um encontro pessoal.



Jornal GGN

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