POR FERNANDO BRITO · 06/03/2017
Hoje se completa um ano da condução coercitiva – quase um sequestro – de Lula pela Operação Lava Jato.A “justificativa” seria a não destruição de provas de supostas irregularidades num “puxado” num sítio em Atibaia.
Faz mais tempo que o doleiro Adir Assad confessou fornecer malas e malas de dinheiro ao então governador de São Paulo, através do diretor da Dersa, oriundas das obras do Rodoanel.
Na insuspeita Veja, fica-se sabendo que o diretor, Paulo Preto, comenta que o senador José Serra e o novo chanceler, Aloysio Nunes, sabiam de tudo o que se passava ali.
O doleiro fala até de um apartamento que serviria como depósito de dinheiro, em moeda nacional e estrangeira.
Não há condução coercitiva.
Não há busca e apreensão, o que se justificaria plenamente pelo possível armazenamento de dinheiro vivo.
Não há pressa e também não há vergonha, porque os detalhes já são conhecidos desde, pelo menos, setembro passado.
Sérgio Moro não tem três meses, não se furtou a afagos e sorrisos com o Aécio que lhe foi denunciado por Alberto Youssef e agora o é pelo alto escalão da Odebrecht.
Indecoroso é o mais suave que se pode dizer da cena, mais uma das que o senhor juiz protagonizou, como a descarada campanha por João Dória.
A seletividade da Lava Jato é mais evidente que o sol ao meio dia.
Não escandaliza nossa imprensa que o presidente da República, na iminência de ter declarado ilegal seu mandato, manobre para que possa, daqui a meses, colocar no tribunal juízes que descaradamente o absolvam.
O que o golpismo fez com as instituições brasileiras é uma obra de demolição que levará décadas para ser desfeita.
A lista de Janot vai ser duríssima para “quem interessa”.
No resto, sob os auspícios das togas cúmplices, seguiremos governados por uma cambada de sem-vergonhas.
Tudo em nome do arrocho fiscal e social. Porque, afinal, crimes são coisas para serem mesmo cometidas por criminosos.
Tijolaço
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