È um absurdo na situação atual situação fiscal do país, que procuradores da República, que já ganham muito bem, reivindiquem um reajuste. Ainda mais de 16%. Isso é tratar o dinheiro público com irresponsabilidade", criticou o jornalista Kennedy Alencar sobre aumento de salários no Ministério Público Federal; "A elite do funcionalismo tem de pagar a conta do ajuste fiscal ao lado dos mais ricos na iniciativa privada, que deveriam pagar mais impostos na comparação com os trabalhadores mais pobres do país", afirma
31 DE JULHO DE 2017
247 - O jornalista Kennedy Alencar classificou como "vergonhosa irresponsabilidade fiscal" o aumento de 16% nos salários do procuradores do Ministério Público Federal, no momento em que o País luta para manter a meta fiscal em um rombo de R$ 139 bilhões.
Leia um trecho:
"É um absurdo, na atual situação fiscal do país, que procuradores da República, que já ganham muito bem, reivindiquem um reajuste. Ainda mais de 16%. Isso é tratar o dinheiro público com irresponsabilidade.
Procuradores da República que vivem criticando os políticos nas redes sociais e defendendo o combate à corrupção deveriam se manifestar contra uma reivindicação dessa natureza. Tem havido corte de políticas sociais. Há ameaça de um apagão fiscal no país.
É uma vergonha o Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovar um pedido de aumento dessa magnitude. O argumento de que vai buscar tirar o dinheiro de outras despesas do MPF é uma falácia, porque imediatamente procuradores farão o discurso de falta de dinheiro para operações de investigação.
O Ministério Público Federal deveria estar mais preocupado em acabar com a farra do auxílio-moradia e com os salários que ultrapassam o teto constitucional. Furar o teto é inconstitucional. Cabe ao MP fiscalizar o cumprimento da lei.
No entanto, o corporativismo do Ministério Público e do Judiciário tira dinheiro dos mais pobres. É uma atitude ética e moralmente errada.
A elite do funcionalismo tem de pagar a conta do ajuste fiscal ao lado dos mais ricos na iniciativa privada, que deveriam pagar mais impostos na comparação com os trabalhadores mais pobres do país. Nesse sentido, deveriam ser suspensos reajustes salariais para a elite do funcionalismo nos próximos anos e deveria haver aumento de impostos para os mais ricos, como taxar dividendos de profissionais liberais e grandes empresários.
Cortar gastos dos mais pobres é um retrocesso social que terá efeitos sobre a saúde e a educação. Vai atingir os mais vulneráveis numa hora em que o Brasil está empobrecendo."
Leia o artigo na íntegra no Blog do Kennedy.
Brasil 247
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