Condenado a 37 anos e cinco meses de prisão pelo envolvimento no chamado 'mensalão', o empresário Marcos Valério foi transferido na noite de segunda-feira 17, a pedido da Polícia Federal, da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para a Apac de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais; o objetivo, segundo a PF, se deu "a fim de concluir o procedimento de colaboração premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal"; a decisão ignora formalidades e filas de transferência de presos sob o argumento de que Valério é "possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a República"; na delação, ele promete entregar tucanos como os ex-governadores de Minas Aécio Neves (hoje senador) e Eduardo Azeredo
19 DE JULHO DE 2017
Minas 247 - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a 37 anos e cinco meses de prisão pelo envolvimento no chamado escândalo do 'mensalão', foi transferido na noite de segunda-feira 17 da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para a Apac de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais.
O pedido partiu da Polícia Federal, e se deu "a fim de concluir o procedimento de colaboração premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal", conforme expresso na decisão do juiz Wagner Cavalieri, titular da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Contagem, documento ao qual o jornal O Tempo, de Minas, teve acesso.
A decisão ignora formalidades e filas de transferência de presos sob o argumento de que Valério é "possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a República".
Em sua delação, ele promete entregar tucanos como os ex-governadores de Minas Aécio Neves (hoje senador) e Eduardo Azeredo. Em depoimento prestado em abril deste ano, na ação em que é réu por participação no mensalão mineiro, ele chegou a contar que os tucanos teriam medo do vazamento das informações do esquema.
Segundo Valério, muitas pessoas não queriam que ele fizesse um acordo de colaboração com a Justiça. "Muita gente trabalhou para que eu não fizesse. 'N' manobras foram feitas", disse.
As denúncias do empresário têm relação com estatais mineiras receberem pagamentos ilegais para patrocinar eventos esportivos que teriam sido usados para irrigar a campanha de Azeredo, já condenado a mais de 20 anos de prisão em primeira instância. Ele também confirma esquemas de desvios na estatal de Furnas, que atinge diretamente Aécio Neves, e no Banco Rural (leia mais aqui).
Brasil 247
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