Nos bastidores, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já admite abertamente que a queda de Michel Temer é irreversível; Maia passou o último domingo cercado de parlamentares da base aliada do governo; um dos deputados que estavam no encontro contou que, em tom sóbrio, Maia reproduziu a alguns dos presentes o diagnóstico que disse ter feito, horas antes, ao próprio Temer, no Palácio do Jaburu; de acordo com este interlocutor, Maia afirmou ter dito a Temer que ele poderá sobreviver à votação da primeira denúncia apresentada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, mas que certamente sucumbiria quando a segunda acusação chegasse à Câmara
11 DE JULHO DE 2017
247 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou o último domingo (9) imerso em articulações. Às vésperas de uma semana decisiva para o governo Michel Temer, traçou a diversos interlocutores um cenário em que trata a queda do peemedebista como irremediável.
No comando da Câmara e sucessor imediato ao Planalto caso o afastamento e a derrocada de Temer se concretizem, Maia encerrou o fim de semana com uma reunião em sua residência oficial em que serviu pizza e sopa e estava cercado de parlamentares da base aliada ao governo.
Um dos deputados que estavam no encontro contou que, em tom sóbrio, Maia reproduziu a alguns dos presentes o diagnóstico que disse ter feito, horas antes, ao próprio Temer, no Palácio do Jaburu.
Segundo este interlocutor, o presidente da Câmara afirmou ter dito a Michel Temer que ele poderá sobreviver à votação, no plenário da Casa, da primeira denúncia apresentada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, mas que certamente sucumbiria quando a segunda acusação chegasse à Câmara.
A avaliação de Maia é que o resultado da primeira votação influenciará diretamente a segunda, visto que os deputados da base se desgastariam uma vez em defesa de Temer, mas numa outra ocasião ficaria "mais difícil".
Maia também se queixou de ministros e aliados do presidente, que vêm questionando sua lealdade diante de relatos de que tem se reunido com políticos que articulam um cenário pós-Temer.Procurado, Maia não quis comentar as reuniões.
As informações são de reportagem de Marina Dias e Daniela Lima na Folha de S.Paulo.
Brasil 247
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