sábado, 7 de julho de 2018

General Villas Boas compara a divisão na sociedade hoje a que ocorreu no regime militar

SEX, 06/07/2018 - 13:41
ATUALIZADO EM 06/07/2018 - 13:45

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, disse na quinta-feira (5), durante uma homenagem a um militar morto há 50 anos por um atentado da Vanguarda Popular Revolucionário (VPR) em São Paulo, que o Brasil exige um momento de recuperação de "coesão nacional".

Segundo relatos do Estadão, o general afirmou que o momento atual que o País atravessa precisa ser comparado ao contexto da ditadural militar iniciada com o golpe de 1964, no sentido de observar a divisão da sociedade.

Segundo Villas Boas, no regime militar, uma "linha de confrontação da Guerra Fria" dividiu a nossa sociedade e hoje o "momento é de linhas de fratura, o que exige uma recuperação de uma coesão nacional, o restabelecimento de uma ideologia de desenvolvimento e um sentido de projeto".

O comandante criticou "ideologias contemporâneas" e disse que no Brasil de hoje o "civismo" foi substitutído pela "cidadania" de maneira exarcebada, onde o "conjunto de direitos negligencia o conjunto de deveres" dos cidadãos.

Foi no mesmo evento que Villas Boas afirmou que as Forças Armadas não devem intervir no governo, a não ser quando forem solicitadas pelo governo, "para manter a democracia e proteger as instituições".

Ele também disse que gostaria que o caso do militar morto pela VPR há 50 anos tivesse a mesma repercussão e tratamento dado ao assassinato de Vladimir Herzog. Um dia antes dessa manifestação, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da ONU condenou o Brasil pela morte de Vlado e determinou a reabertura das investigações.


Jornal GGN

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