sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pacote norte-americano trará altos custos para todos


Está certo o ministro da Fazenda, Guido Mantega (nota acima) quando constata que na guerra cambial em curso, todo mundo prefere atacar a China, esquecido de que as ações dos EUA tem o mesmo efeito "danoso" nas demais moedas e mercados do mundo.

O fato indiscutível é que este pacotaço americano trará custos altos para todos, ainda que o ministro tenha procurado tranquilizar os brasileiros lembrando que o nosso país tem um arsenal de medidas e está pronto a utilizá-lo para evitar uma repercussão maior em nossa economia.

Deste arsenal já utilizamos, por exemplo, a majoração (triplicamos) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para capital estrangeiro que entra no país e as intervenções do Banco Central (BC) para comprar dólares. Se o BC não tivesse adotado esta medida, a cotação da moeda norte-americana entre nós, pelos cálculos de Mantega, já estaria em torno de R$ 1,45 a R$ 1,50.

Melhor se a resistência for de todo o continente

Acho perfeita a posição do Brasil diante da crise exposta pelo presidente Lula e o ministro Mantega, mas eu entendo como melhor saída a adoção de uma posição única - e de unidade - da América Latina, uma postura que seja encampada por todos os países da região. Reforçada, inclusive, através de suas instituições representativas, como por exemplo a UNASUL - União das Nações da América do Sul. Encampada por estas instituições, ou até mesmo tomada através delas.

Um ponto muito positivo a nosso favor é que esta foi a 3ª ou 4ª vez que o ministro Mantega - sempre apoiado pelo presidente Lula - deixa claro que ante a guerra cambial, o Brasil vai tomar todas as medidas para proteger sua economia, seu crescimento econômico e o ritmo de desenvolvimento que conquistamos. E já recorreu, como ele falou, a medidas desse arsenal.

Que tal, agora, ministro, o BC começar a pensar em queda dos juros? Mas, pensar por pouco tempo e baixar já.

Blog do Zé Dirceu

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