quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Perguntas que não podem calar


O que têm a dizer os três briosos oposicionistas da nota acima senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Heráclito Fortes (DEM-PI e Álvaro Dias (PSDB-PR) sobre a tucana derrotada Yeda Crusius (PSDB), a gaúcha campeã entre os 27 governadores do país no envolvimento em denúncias de corrupção, fraude e irregularidades?

E sobre as denúncias contra o governador de Santa Catarina, Leonel Pavam (PSDB), investigado pela Polícia Federal (PF), denunciado e processado por acusações que vão de favorecimento a uma empresa pelo Erário estadual a lavagem de dinheiro e envolvimento com narcotraficantes?

Nenhuma palavra, também, a respeito do senador eleito Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o "Ficha Limpa" que chegou a ser preso pela PF com mais 29 políticos, empresários e servidores públicos, acusados de integrar uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações públicas?

Nada sobre o escândalo do DEM-Brasilia, que levou à prisão por dois meses em cela da PF do único governador eleito pelo partido em 2006, José Roberto Arruda, acusado de pagar propina a aliados, o que o levou a perder o mandato?

Paulo Preto

Quando é que o candidato derrotado a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS) e estes senadores seus aliados vão esclarecer as denúncias que envolvem o responsável pelas grandes obras públicas paulistas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza - o Paulo Preto - principal arrecadador das campanhas tucanas, acusado dentre outras, de ter sumido com R$ 4 milhões do caixa do PSDB?

E sobre Paulo Preto e a investigação de que ele é alvo na Operação Castelo de Areia, da PF, porque teria recebido R$ 400 mil da Camargo Corrêa em troca de vantagens e favorecimentos em obras a empreiteira?

E sobre o escândalo da Alstom, aquela multinacional investigada pela Justiça na Europa (França e Suíça) sob a acusação de ter pago milhões em dólares como propina a autoridades dos governos tucanos paulistas, e a políticos do PSDB no Estado, em troca de contratos milionários e ilegais com estatais de São Paulo?

Sobre estes casos, a oposição não sabe nada, nunca ouviu falar. Postura confortável, porque seus representantes sabem que contam com a cumplicidade da mídia para manter esses casos no silêncio - não só os omitindo ou os noticiando escondidos no dia a dia, como também não lhes cobrando nada.

Efraim Moraes

É o mesmo comportamento, aliás, adotado quando os acusados são seus pares. Basta ver o caso do senador Efraim Moraes (DEM-PB), um dos campeões de nepotismo (nomeou 13 parentes em seus gabinetes) e de irregularidades denunciadas no Senado.

Nenhum dos quatro citados, os senadores demos Demóstenes Torres e Heráclito Fortes e os tucanos Álvaro Dias e Artur Virgílio pediu jamais ao Conselho de Ética da Casa ou ao Ministério Público Federal (MPF) providências contra o senador Efraim, o mais acusado da Historia do Senado e que continua aí, impune.

Ainda bem que agora, no dia 3 de outubro, o PSDB elegeu senadores com outro estilo e modo de fazer política. Com eles o governo Dilma poderá estabelecer um diálogo em favor do Brasil - já oferecido, aliás, pela política da "mão estendida" anunciada pela presidenta Dilma Rousseff. Um diálogo respeitoso da oposição e em busca de acordos e consensos sobre questões vitais para o pais como saúde, segurança pública, Educação e as reformas política e tributária.

Do blog do Zé Dirceu

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