Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff passa o dia hoje (20) em Luanda, capital de Angola, e chega a Brasília por volta das 21h. Durante a visita, ela ressaltará que o Brasil foi o primeiro a reconhecer o governo independente do país, em novembro de 1975, e que apoiou os angolanos ao longo da Guerra Fria (1945-1991) – quando houve disputas estratégicas entre os Estados Unidos e o bloco da antiga União Soviética (URSS).
Dilma se reúne com o presidente de Angola, José Eduardo Santos, e participa de sessão solene na Assembleia Nacional (o equivalente ao Congresso Nacional).
O momento atual da política angolana é delicado. O governo de Santos (no poder desde 1979) é alvo de críticas da oposição, que o acusa de manipulação política e desrespeito à democracia. Porém, o governo brasileiro evita envolvimento com os temas internos do país e busca ressaltar o aspecto positivo da relação bilateral: o crescimento na parceria econômica e comercial.
A relação entre Brasil e Angola é intensa. De 2002 a 2008, o comércio bilateral cresceu mais de 20 vezes, atingindo US$ 4,21 bilhões. Em 2010, chegou a US$ 1,441 bilhão. Os maiores investimentos brasileiros em Angola se concentram nas áreas de construção civil, energia e exploração mineral.
Os angolanos são os principais beneficiários das linhas de crédito do Fundo de Garantia de Exportações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As exportações brasileiras se concentram em carnes, açúcar, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos. Durante a visita da presidenta serão negociados acordos de cooperação técnica, além de parcerias para o combate ao tráfico de drogas, o desenvolvimento de pesquisas em geologia e em programas de previdência social.
A presidenta começa a visita a Luanda hoje com uma homenagem ao monumento a Agostinho Neto (1975-1979) - primeiro presidente de Angola. Por 27 anos (de 1975 a 2002), Angola viveu sob intensa guerra civil que provocou mais de 500 mil mortos no país e que ainda hoje gera inúmeros problemas, como as minas terrestres que mutilam e matam principalmente crianças.
Agência Brasil
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