
Por JORGE SANGLARD
O recente incêndio envolvendo a área comercial da esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Getúlio Vargas é mais um sinal de alerta para a comunidade e, principalmente, para as autoridades responsáveis pela gestão pública da cidade. O centro histórico de Juiz de Fora é interligado por uma teia de galerias, concentrando o comércio, que se torna um autêntico shopping a céu aberto. Com isso, a concentração de pessoas é acentuada. No entanto, pouco se faz de concreto para prevenir tragédias, como as ocorridas no passado recente na pronta-entrega das fábricas, abrigada no prédio da antiga e pioneira fábrica têxtil Bernardo Mascarenhas, na Avenida Getúlio Vargas, e esta semana também na área comercial central.
É fundamental que as vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros em prédios e no comércio em geral sejam ampliadas e, cada vez mais, exijam rigor na prevenção a incêndios. É essencial a instalação de hidrantes na área central, já que são equipamentos de segurança de rua usados como fonte de água para o combate aos incêndios. A falta desses equipamentos, principalmente nas galerias centrais da cidade, pode comprometer o esforço para combater o fogo em grandes proporções numa região interligada e com construções antigas, muitas históricas e que integram o patrimônio de Juiz de Fora.
A cada experiência com uma tragédia como a recente, a população e as autoridades devem tirar lições e aprimorar o esforço para incrementar medidas de prevenção. Só assim, os juiz-foranos poderão circular com tranquilidade pelo centro histórico. Todo esforço contra os riscos de tragédias, como esta última, precisa ser implementado, e toda informação disponível deve ser repassada para a comunidade para que esta possa ajudar a prevenir outras tragédias. Não é mais possível que quaisquer interesses comerciais prevaleçam às medidas de segurança da população.
É hora de a cidade acordar e não tolerar desculpas de quem quer que seja. Mais um alerta foi dado. Agora, é hora de arregaçar as mangas e trabalhar num plano de prevenção consistente para tornar o centro histórico de Juiz de Fora menos vulnerável a episódios como o do último incêndio. Prefeitura, vereadores, comunidade, Universidade, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros precisam estar juntos neste momento para viabilizar as formas de assegurar a prevenção adequada e o combate eficaz a tragédias envolvendo o fogo nas áreas cruciais da cidade. Juiz de Fora merece e saberá cobrar ações concretas.
Tribuna de Minas
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