por Margarida Salomão*
Ontem, 10 de fevereiro, o povo brasileiro festejou uma de suas invenções mais bem-sucedidas: o aniversário de um partido de esquerda, democrático e de massas, com forte apelo popular, uma completa novidade em termos mundiais.
Como sabemos, completou ontem seu 32º segundo aniversário o Partido dos Trabalhadores, o mais importante partido político brasileiro, o mais querido, segundo todas as pesquisas, um partido nascido do atrevimento de um grupo de sindicalistas aliado a um punhado dissidente de intelectuais.
Este Partido, que conseguiu empolgar as bandeiras mais importantes dos movimentos sociais na trajetória da redemocratização brasileira e que, por esta clarividência, tornou-se o legatário de toda a trajetória da luta popular e de esquerda no Brasil, revela na sua história uma admirável compreensão do contexto no qual atua. Esta característica pragmática o distingue de outras agremiações de esquerda, que refugiam na lide acadêmica a sua nostalgia utópica (transformada em melancolia...) ou formulam agendas não radicadas em qualquer base social. É preciso lembrar que agendas não radicadas sequer podem ser “radicais” (pela sua falta de raiz...).
Já o PT contribui para a luta do povo brasileiro não apenas na arena política, o que não é pouco: qual outro Partido brasileiro elegeu um operário Presidente da República? Qual outro Partido elegeu uma mulher Presidenta da República (evento prenunciado por outras tantas eleições de mulheres, entre as quais, por duas vezes, a eleição de uma Prefeita para a maior cidade do país?). Qual outro Partido ousaria nomear uma engenheira química ex-favelada, quadro de carreira da Petrobrás, para a Presidência desta estatal, uma das maiores empresas do mundo?
No Brasil o PT reinventa a república, trazendo “os bestializados” para o centro da cena, garantindo-lhes o exercício de inédito protagonismo e, nesta mudança, produzindo experiências de gestão que, merecidamente, recebem, hoje, manifestações internacionais de apreço, expressas de onde menos esperaria o nosso “complexo de vira-latas”.
O manejo da crise de 2008, as políticas sociais para adiminuição da pobreza einclusão de quarenta milhões de pessoas nos benefícios do desenvolvimento econômico e tecnológico, a transformação do Brasil em global player focado nas relações Sul-Sul, especialmente dentro da América latina, tudo isso qualifica o PT como ator relevante em nível planetário, alvo de uma perplexidade enamorada por parte das melhores cabeças mais ao Norte (cabeças, que, estando mais ao Norte, podem se dar ao luxo de serem menos invejosas...).
Também no campo da gestão local o Partido dos Trabalhadores acumula, há três décadas, práticas inovadoras e altamente exitosas que serão o objeto de Curso para Pré-Candidatos a Prefeitos e Vereadores, ministrado pela Escola Nacional de Formação Política do PT (http://www.enfpt.org.br/), consolidando e divulgando os elementos do modo petista de governar, iniciativa que é altamente beneficial para um país como o nosso, tão carente de cultura moderna e democrática na área de gestão pública.
Juiz de Fora tem na próxima eleição a chance de reencontrar a sua vocação pioneira e inovadora, que a tornava, há cem anos trás, a cidade mais importante do estado de Minas Gerais e um dos principais centros urbanos do Brasil. A única alternativa ao saudosismo é a coragem de mudar o presente.
Inspirados pela experiência petista e pela liderança extraordinária de Lula (um gênio do povo brasileiro, tal como Machado de Assis e Pixinguinha), podemos construir a Juiz de Fora que queremos _não “a nuvem civil sonhada”, mas uma cidade que seja efetivamente de todos e para todos.
*Margarida Salomão é Membro do Diretório Estadual do PT e Pré-Candidata à Prefeitura de Juiz de Fora.
PT Juiz de Fora
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