terça-feira, 5 de agosto de 2014

Para Tombini, taxa de inflação está sob controle no país

ter, 05/08/2014 - 17:16



Jornal GGN - Embora considere que a inflação no Brasil tenha de ser mais baixa, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, diz que não há descontrole nenhum dos preços. O pronunciamento foi feito durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (5)

De acordo com informações da Agência Brasil, Tombini disse que não há que se falar em crise na economia brasileira, que está com menor nível de desemprego e com inflação sob controle. Ele foi questionado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) se o país não estaria passando por um período de estagflação (combinação de estagnação da economia com preços em alta).

Na apresentação aos senadores, Tombini disse que a inflação encerrará 2014 dentro dos limites da meta, que tem como centro 4,5% e limite superior de 6,5%. “No que se refere à variação mensal dos preços, desde março a economia mostrou significativa desinflação dos preços ao consumidor e, principalmente, dos preços no atacado. Sobre estes últimos, houve deflação nos últimos três meses, o que sugere que a inflação ao consumidor tende a permanecer bem-comportada nos meses à frente”, disse Tombini.

Contudo, Tombini ponderou que a inflação acumulada em 12 meses tende a se mostrar ainda em patamares elevados, devido ao realinhamento das taxas de câmbio de economias emergentes e avançadas e entre preços administrados e livres. “Para combater essas e outras pressões de preços, a propósito, as condições monetárias foram apertadas [aumentos da Selic], e os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar”, ressaltou.

Sobre os investimentos, Tombini avaliou que após "significativa expansão" de 5,2% em 2013, está havendo uma certa acomodação. “Mas, no acumulado dos últimos quatro trimestres findos em março, a expansão alcança 4,1%. Prospectivamente, minha avaliação é que o desempenho da formação de capital [investimentos] este ano será menos favorável do que o observado em 2013”, acrescentou.

Tombini também prevê que a economia brasileira deverá crescer em ritmo menor este ano, em relação a 2013. “O ritmo de expansão da atividade econômica em 2014 tende a ser menos intenso do que o observado no ano passado, mostrando moderação, [ficando] próximo da estabilidade no primeiro semestre, e recuperação ao longo do segundo semestre deste ano”, disse. Ele acrescentou que “em horizonte mais amplo, uma vez vencido o atual ciclo de ajustes, o ritmo de crescimento tende a retornar para patamares mais próximos do crescimento do produto potencial”.
 
 
Jornal GGN

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