quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina voou em jato ilegal. E quer explicar hoje no JN



"Na hora em que ele [William Bonner, âncora do Jornal Nacional] me perguntar eu darei a resposta", disse candidata do PSB, ao desembarcar no Rio, onde dará a entrevista ao noticiário da TV Globo; aeronave caiu em Santos (SP) no último dia 13, levando o então candidato Eduardo Campos à morte; reportagem do JN mostrou ontem que o jato foi pago por empresas fantasmas, entre elas uma peixaria falsa; Marina Silva também viajou com o Cessna Citation em mais de uma ocasião: para Juiz de Fora, em Minas, e para o Acre; PSB disse em nota que o jato foi emprestado por empresários amigos de Campos

27 de Agosto de 2014 às 17:18



247 – A presidenciável pelo PSB, Marina Silva, disse que responderá sobre o uso do jato Cessna Citation usado pelo partido na bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quarta-feira 27. O avião caiu em Santos (SP) no último dia 13, levando Eduardo Campos à morte. Questionada no aeroporto Santos Dumont, no Rio, se poderia adiantar sua explicação, Marina se limitou a responder: "na hora em que ele [William Bonner, âncora do Jornal Nacional] me perguntar eu darei a resposta".

Marina também usou a aeronave, no dia 26 de julho, quando desembarcou em Juiz de Fora, Minas Gerais, ao lado do ex-governador de Pernambuco. No dia, a então candidata a vice inaugurou junto com Campos uma Casa Eduardo Marina e cumpriu agenda com os candidatos do PSB da região. Ela também fez viagem ao Acre com o Cessna. O avião, avaliado em US$ 8,5 milhões, vinha sendo usado pela campanha do PSB desde maio.

Reportagem exibida ontem no Jornal Nacional apontou que a aeronave foi paga por meio de empresas fantasmas. Inquérito da Polícia Federal apurou que o Citation PR-AFA foi objeto de pagamentos de R$ 1,7 milhão à usina AF Andrade por seis CNPJs, em 16 transferências. Entre as empresas havia até uma peixaria falsa, a Geovane Pescados, cuja doação foi de R$ 15,5 mil (leia mais).

Em nota divulgada nesta terça-feira, o presidente do PSB, Roberto Amaral, afirmou que a aeronave era emprestada de empresários amigos de Eduardo Campos e que seu uso seria declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao final da campanha, uma vez que o avião seria usado até lá. O partido tentará agora blindar Marina Silva das responsabilidades com a Justiça Eleitoral pelo uso indevido do jato, que pode resultar até na impugnação de sua candidatura.



Brasil 247

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