quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bonner alivia, mas Marina se enrola com jato



Na entrevista com Marina Silva no Jornal Nacional, William Bonner fez as perguntas inevitáveis, mas pegou mais leve do que nas entrevistas com Dilma e Aécio; tom foi menos hostil; Bonner questionou a candidata do PSB a presidente sobre a aeronave na qual viajava Eduardo Campos; ela disse que pagamento do aluguel do jatinho seria feito pelo Comitê Financeiro da campanha; candidata afirmou também que não sabia que as empresas dos proprietários eram "laranjas"; Bonner retrucou: "a senhora fala em nova política, mas utiliza o mesmo argumento de seus adversários, de que não sabia de nada"; Marina nega que tenha lhe faltado coerência; depois disso, entrevista seguiu sem sobressaltos, com perguntas sobre eleições de 2010 e contradições com candidato a vice

27 de Agosto de 2014 às 20:13




247 - A esperada entrevista com Marina Silva no Jornal Nacional começou quente, entrando no tema inevitável das irregularidades no uso do jatinho, mas a atuação de William Bonner deixou a desejar, em comparação com os encontros anteriores, com os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Bonner questionou a candidata do PSB a presidente sobre a aeronave na qual viajava Eduardo Campos. Marina disse que o pagamento do aluguel do jatinho seria feito pelo Comitê Financeiro da campanha. Ela afirmou também que não sabia que as empresas dos proprietários eram "laranjas".

Marina disse ainda que a situação do avião está sendo investigada pela Polícia Federal e recorreu à memória de Eduardo Campos. "Espero que não se cometa injustiça contra Eduardo Campos", afirmou.

William Bonner retrucou: "a senhora fala em nova política, mas utiliza o mesmo argumento de seus adversários, de que não sabia de nada".

Ela disse que não perdeu a coerência e que sempre manteve a mesma forma de lidar com todas as situações. "Neste momento, queremos todos os esclarecimentos. Pedimos o avião emprestado. E isto seria pago posteriormente. Esperamos que a PF investigue, porque eu, assim como todos os brasileiros, quero respostas", ressaltou.

A partir daí entrevista mudou de tema e seguiu sem grandes sobressaltos. Patrícia Poeta questionou o fato de Marina ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2010 no seu Estado natal, o Acre. Marina Silva demonstrou irritação e disse que Patrícia Poeta não a conhece bem e não conhece a função de senador. Marina tentou minimizar o resultado da eleição passada e afirmou que enfrentou situações difíceis em seu Estado.

Bonner mudou de assunto. Ele afirmou que o candidato a vice-presidente de Marina, o senador Beto Albuquerque (PSB), tem posições conflitantes com as bandeiras que ela defende. A candidata minimizou ao dizer que tem uma trajetória de "trabalhar com os diferentes".

Questionada sobre o fato de Albuquerque ter sido um dos principais articuladores no Congresso da aprovação da medida que permitiu o plantio da soja transgênica, Marina disse que eles são diferentes. "Há uma lenda de que sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade. Eu defendia o modelo de coexistência [entre transgênicos e não transgênicos]. Infelizmente, não passou", declarou. 
 
 
Brasil 247

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