Um dia depois de rumores sobre desistência terem cercado o candidato do PSDB, Aécio Neves reforça convicção de que chegará ao segundo turno e até vencerá as eleições presidenciais; em entrevista nesta manhã, ele declarou que o governo da presidente Dilma Rousseff "fracassou" e que ela "vai perder as eleições"; por isso, restariam ele e Marina Silva; a candidata do PSB, porém, tem "um conjunto de contradições muito grandes" e precisa explicar "com clareza" como será sua gestão; "O Brasil não aguenta uma incerteza no seu horizonte, uma nova aventura"; ontem, tucano comentou a declaração de seu coordenador de campanha, Agripino Maia (DEM), que sinalizou apoio a Marina em um 2º turno; "Talvez uma forma equivocada de se expressar, me ligou para dizer não é nada daquilo"
3 de Setembro de 2014 às 10:56
247 – Contra qualquer rumor sobre desistência da candidatura, o presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves, reforçou nesta quarta-feira 3 sua convicção em chegar ao segundo turno e até mesmo ganhar as eleições presidenciais. Depois da entrada de Marina Silva (PSB) na disputa, o tucano passou para a terceira posição. O último Datafolha apontou a candidata do PSB com 34%, empatada com a presidente Dilma Rousseff, e Aécio com 15%.
Em entrevista à rádio CBN, ele afirmou que Dilma "fracassou" em seu governo e que "vai perder as eleições". Segundo ele, "existem duas alternativas aí: uma é a candidatura da Marina, a outra é a nossa". O candidato fez então uma série de críticas à candidata do PSB, que carrega, em sua visão, "um conjunto de contradições muito grandes". Para Aécio, Marina precisa explicar "com clareza" como seria um governo do PSB.
"A candidatura de Marina tem suas virtudes, eu as respeito, mas traz também um conjunto de contradições muito grandes, ela fez toda a sua trajetória política no PT [...] O Brasil não aguenta uma incerteza no seu horizonte, uma nova aventura", declarou o senador. Para ele, "chegou o momento de ela dizer com clareza o que significaria o seu governo, em que direção o Brasil vai".
Como no discurso feito ontem em entrevista coletiva, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Aécio reconheceu um novo cenário eleitoral depois da morte de Eduardo Campos, que era o candidato do PSB, substituído por Marina. "A grande verdade é que nós estamos vivendo uma nova eleição. Há 30 dias atrás, era um outro quadro, antes do falecimento do meu amigo, o ex-governador Eduardo Campos. E agora existe um outro quadro", disse.
Agripino Maia
Nessa semana, a declaração feita pelo coordenador da campanha de Aécio, Agripino Maia (DEM), causou bastante repercussão no meio político. O senador do DEM sinalizou um apoio do PSDB a Marina Silva em um eventual segundo turno. "Tudo contra um mal maior que é o PT" (leia mais). Aécio comentou ontem a fala do aliado:
"Não tem qualquer sentido essa declaração com aquilo que pensam todos os que estão envolvidos na campanha. Talvez uma forma equivocada de se expressar, me ligou para dizer não é nada daquilo, mas não importa. O importante é o que estamos dizendo aqui. A nossa candidatura não é para dar vitória a um partido político, para homenagear quem quer que seja", afirmou Aécio aos jornalistas.
Brasil 247
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