9 de setembro de 2014 | 10:35 Autor: Fernando Brito
A nossa mídia gosta de associar doações eleitorais – legais e declaradas – a favores políticos prestados por governantes, o que, embora não permita conclusões, é usado com o inequívoco objetivo de lançar suspeitas. Agora mesmo o UOL está fazendo isso com uma das empreiteiras acusadas de ter negócios com Paulo Roberto Costa, que fez doações ao PT, mas também ao PSDB. Como fez, em 2010, ao PSB.
Então, no seu furor investigativo, porque é que nossos diligentes investigadores não retrocedem um pouco e verificam que, em 2010, a empresa holandesa Van Oord fez duas únicas doações, somando R$ 1,9 milhão, ao Diretório Nacional do PSB?
Com esse valor, a Van Oord foi a maior doadora da campanha do partido, excetuando-se as grandes empreiteiras Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
A doação – dividida em partes de R$ 1,8 milhão da Van Oord Operações Marítimas e R$ 100 mil da Van Oord Dragagens, para respeitar o limite legal de 2% do faturamento bruto – foi feita em 2 de setembro de 2010.
No ano seguinte, os holandeses festejavam, na página da empresa, terem vencido dois contratos com o Porto de Suape, no valor total de 165 milhões de Euros (ou R$ 450 milhões, aproximadamente).
Veja aí em cima a reprodução do site da Van Oord.
Foram estes contratos que, pela recusa do Governo Federal em continuar repassando valores considerados muito altos para o serviço, que criou a encrenca descrita ontem aqui entre Eduardo Campos e o Governo Dilma.
Mas isso não se investiga, porque a “nova política” é acima de qualquer suspeita, não é?
A nossa mídia gosta de associar doações eleitorais – legais e declaradas – a favores políticos prestados por governantes, o que, embora não permita conclusões, é usado com o inequívoco objetivo de lançar suspeitas. Agora mesmo o UOL está fazendo isso com uma das empreiteiras acusadas de ter negócios com Paulo Roberto Costa, que fez doações ao PT, mas também ao PSDB. Como fez, em 2010, ao PSB.
Então, no seu furor investigativo, porque é que nossos diligentes investigadores não retrocedem um pouco e verificam que, em 2010, a empresa holandesa Van Oord fez duas únicas doações, somando R$ 1,9 milhão, ao Diretório Nacional do PSB?
Com esse valor, a Van Oord foi a maior doadora da campanha do partido, excetuando-se as grandes empreiteiras Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
A doação – dividida em partes de R$ 1,8 milhão da Van Oord Operações Marítimas e R$ 100 mil da Van Oord Dragagens, para respeitar o limite legal de 2% do faturamento bruto – foi feita em 2 de setembro de 2010.
No ano seguinte, os holandeses festejavam, na página da empresa, terem vencido dois contratos com o Porto de Suape, no valor total de 165 milhões de Euros (ou R$ 450 milhões, aproximadamente).
Veja aí em cima a reprodução do site da Van Oord.
Foram estes contratos que, pela recusa do Governo Federal em continuar repassando valores considerados muito altos para o serviço, que criou a encrenca descrita ontem aqui entre Eduardo Campos e o Governo Dilma.
Mas isso não se investiga, porque a “nova política” é acima de qualquer suspeita, não é?
Tijolaço
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