domingo, 30 de novembro de 2014

OS GRIPEN E A UNASUL

25/11/2014 
 
Autor: Mauro Santayana





(Hoje em Dia) - Incapaz de defender Buenos Aires sequer de um ataque igual ao que derrubou as Torre Gêmeas, para não “desperdiçar” toda uma geração de pilotos, a Argentina está planejando comprar e modernizar 14 caças Kfir C-10 israelenses.

Eles substituiriam os antigos aviões Mirage III franceses da FAA - Força Aérea Argentina, e seriam usados como aeronaves de “transição”, até a aquisição de caças-bombardeios Gripen NG BR, fabricados no Brasil.

Segundo a imprensa local, a vantagem dos Kfir é que eles possuem uma tecnologia anterior, porém mais parecida - as turbinas também são da GE - com a do Gripen NG-BR, uma parceria (40% - 60%) entre o Brasil e a Suécia, que deverá entrar em operação em 2019.

A outra alternativa seria comprar 12 Mirage F1 espanhóis não modernizados, metade para a “canibalização” de peças de reposição, que poderiam ser entregues imediatamente, mas que possuem uma tecnologia já quase totalmente obsoleta.

Buenos Aires precisa decidir, com cuidado, a compra de seu material de defesa.

O Gripen conta, hoje, com peças norte-americanas e do Reino Unido, nação que travou com a Argentina a Guerra das Malvinas, e que não traz boas lembranças da Força Aérea de nossos vizinhos, responsável - mesmo com armamento muito inferior - pelo afundamento de navios como os HMS Sheffield, Coventry, Ardent, Bradsword e outros, e pela morte de dezenas de marinheiros ingleses.

Cerca de 30% do JAS-39E/F, modelo que vai servir de base para o desenvolvimento do Gripen NG BR, possui sistemas e partes de origem inglesa, como os assentos ejetáveis, sistemas eletrônicos, e o radar, além das turbinas GE, norte-americanas, que já citamos.

O governo brasileiro obteve, quando da escolha do avião sueco, ao final da “novela” do Programa FX-2, a licença de fabricação e exportação do Gripen NG (Next Generation) BR, para mercados “cativos”, dos quais estaríamos mais próximos, como a América Latina e a África.

Esse fato, e a possibilidade de as turbinas do novo Gripen serem fabricadas nas instalações da GE-Celma, no Rio de Janeiro, pode ter pesado na intenção argentina, já manifestada pelo Ministro da Defesa daquele país, Agustin Rossi, de adquirir a aeronave.

Buenos Aires vem colaborando com o Brasil em outros projetos, como o do KC-390, do qual está fabricando a porta traseira e os spoilers, e desejaria se juntar, no futuro, ao processo de fabricação de seus Gripen NG BR, depois que a Embraer os estivesse montando totalmente no Brasil.

Com o uso de engenharia reversa, os argentinos poderiam, eventualmente, ajudar na “nacionalização” ou melhor, “sul-americanização” de ao menos parte dos componentes que são hoje produzidos na Europa e nos EUA.

Essa parceria, se desse certo, abriria caminho para a venda do Gripen NG BR para outros países, transformando-o em candidato preferencial a caça-bombardeio padrão da UNASUL.



Hoje em Dia

Piketty: “Tenho simpatia pelos governos do PT”

30 de novembro de 2014 | 13:21 Autor: Miguel do Rosário



A entrevista de Thomas Piketty, economista francês que lançou, há pouco, o livro O capitalismo no Século XXI, considerado um dos livros sobre economia política mais importantes das últimas décadas, para o blog Diário do Centro do Mundo, constitui um marco para a comunicação no Brasil.

Mais um dentre tantos. Falemos disso, porém, em outra ocasião. Agora falemos da entrevista em si, feita pelo jornalista Pedro Zambarda de Araújo.

Piketty é uma figura incômoda para a nossa mídia corporativa, dominada por uma direita hidrófoba, plutocrata e malandramente udenista.

É um sujeito assumidamente de esquerda, progressista, profundamente democrático.

Não é, porém, maniqueísta, do tipo que associa a esquerda ao bem puro e a direita ao mal supremo.

Uma esquerda, sobretudo, e acima de tudo, sensata.

Sabe que há vários tipos de esquerda e direita, e que o melhor lado de ambos se encontram em alguns lugares da doutrina democrática, sobretudo quando há afinidade em questões de liberdade individual e direitos humanos.

Em sua entrevista, respondeu diretamente às perguntas sobre o nosso governo e deixou bem claro:

“Tenho uma simpatia pelo PT, mas ele pode trabalhar de uma maneira melhor.”

Reproduzo abaixo os trechos que interessam mais ao nosso debate político imediato. A íntegra pode ser lida aqui.

*

DCM: Você disse que a última reforma tributária no Brasil foi em 1960. Nós, brasileiros, estamos muito lentos para cuidar de nossos impostos contra a desigualdade social?

Piketty: Disse que a última grande alteração no Imposto de Renda brasileiro foi em 1960, mas ocorreram algumas mudanças tributárias desde então. Mas é verdade que vocês precisam de uma reforma ampla nos impostos pelo menos há 15 anos. Adaptações tributárias com taxas progressivas e proporcionais podem ser boas para a realidade de hoje, de um novo século.

Nos anos de Lula e Dilma, não foram realizadas mudanças neste sentido. Eu acho que isso prossegue como uma mudança importante e necessária ao Brasil. O sistema tributário brasileiro não é nada progressista, possui muita taxação indireta que poderia se converter em impostos diretos adequados às rendas. Vocês também têm uma taxação muito pequena na tributação sobre heranças e propriedades. Para fazer isso, uma reforma nos impostos é uma necessidade.


Qual é a sua opinião da economia sob os governos do PT?

Eu acho que o Partido dos Trabalhadores fez um ótimo governo do ponto de vista social, mas poderia fazer mais. E sinceramente não entendo o pessimismo econômico de algumas pessoas com mais um governo de Dilma. Criticam os eleitores mais pobres por terem votado após receber benefícios estatais. Eu acho justo votar em Dilma Rousseff por receber o Bolsa Família e não vejo, sinceramente, nenhum problema nisso, assim como outras pessoas preferem outros candidatos. Mas parece algo das pessoas aqui de São Paulo, enquanto outras regiões, como o norte e o nordeste, pensam de maneira diferente.

O que um segundo mandato de Dilma Rousseff pode fazer de diferente?


Pode fazer uma reforma tributária com impostos progressivos, taxando os mais ricos. O governo também pode buscar uma transparência maior do ponto de vista da renda e da distribuição de riqueza. É uma boa maneira de responder à onda de críticas sobre corrupção e falta de informações. Tenho uma simpatia pelo PT, mas ele pode trabalhar de uma maneira melhor.

Existe um preconceito sobre os impostos para os mais ricos? Os integrantes do chamado 1% do extrato social utilizam a grande mídia para impor sua opinião internacionalmente?

Sim, isso existe e é um problema. Quando você tem uma porção de desigualdades, eles [os ricos] utilizam sua influência através da mídia, principalmente através dos veículos financiados de forma privada, que são guiados pelo dinheiro, e isso se tornou grande sobretudo nos Estados Unidos. No entanto, mesmo com isso, acredito que as forças democráticas se tornaram mais fortes e é um fato que, dentro da história da desigualdade, a taxação descrita pelo meu livro provocará um embate de movimentos de massa pacíficos para o futuro.



Tijolaço

Brasil e mais 12 países são reconhecidos pela FAO por combate à fome





Diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente; “Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores em evento neste domingo (30) em Roma


30 de Novembro de 2014 às 20:08





Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil

O Brasil e mais 12 países foram premiados hoje (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo progressos obtidos na luta contra a fome, entre eles a redução da proporção de subnutridos e do número absoluto de pessoas com fome. A premiação foi entregue na sede da entidade, em Roma.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu o prêmio em nome do Brasil. Também tiveram reconhecidos pela FAO seus esforços no combate à fome: Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Filipinas e Uruguai.

O diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente.

“Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores. “Vocês confirmaram que acabar com a fome e a desnutrição no nosso tempo é um desafio, mas também mostraram que é viável”, acrescentou, de acordo com informações da FAO.

Segundo Graziano, apesar dos avanços, 805 milhões de pessoas no mundo ainda sofrem de desnutrição crônica. “É necessário melhorar a qualidade e eficiência dos sistemas alimentares, promover o desenvolvimento rural, aumentar a produtividade, aumentar a renda rural, melhorar o acesso aos alimentos e reforçar a proteção social”, listou.

Entre os esforços reconhecidos pela FAO estão o cumprimento antecipado do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 1, de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, e a meta proposta durante a Cúpula Mundial da Alimentação (CMA), em 1996, de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome também até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai alcançaram as duas metas antecipadamente este ano.

Ao todo, segundo a FAO, 63 países em desenvolvimento atingiram a Meta 1 dos ODM, e mais seis devem alcançá-la em 2015. Dos 63, 25 também alcançaram a meta da CMA.

O Brasil, de acordo com a organização da ONU, avançou por colocar o combate à desnutrição no centro da agenda política, desde a implantação o Programa Fome Zero, em 2003, combinado com programas de apoio à agricultura familiar. A ligação entre proteção e apoio produtivo contribuiu para a geração de empregos e aumento real dos salários, levando à redução da fome e das desigualdades.
 
 
 
Brasil 247

Globo faz lobby por empreiteiras de fora





Reportagem do jornal dos Marinho, publicada neste domingo, defende a abertura do mercado brasileiro de infra-estrutura às empresas internacionais, em razão da Operação Lava Jato; segundo o jornal, empresas brasileiras, envolvidas no escândalo, deveriam ser declaradas inidôneas; abertura comercial no setor de serviços é uma antiga reivindicação dos Estados Unidos em relação ao Brasil

30 de Novembro de 2014 às 13:21




247 - O jornal O Globo, dos irmãos Marinho, decidiu pegar carona na Operação Lava Jato para defender uma antiga bandeira do governo dos Estados Unidos: a abertura do mercado brasileiro de engenharia a empresas internacionais.

Reportagem publicada neste domingo no jornal, com destaque na primeira página, afirma que a abertura às empreiteiras internacionais será "inevitável".

"Enquanto nos maiores setores da economia brasileira — bancos, telefonia, varejo, mineração e agricultura — há atores internacionais, na construção as empresas estrangeiras têm uma atuação marginal, e os negócios estão concentrados nas grandes empreiteiras locais", diz o texto.

De acordo com o ranking do setor, entre as 25 maiores construtoras do Brasil em 2013, apenas a vigésima, a Hochtief do Brasil, que é alemã, tem participação relevante de acionistas estrangeiros.

Empresas inidôneas 

Um dos fatores que poderia acelerar a abertura do mercado brasileiro seria uma eventual declaração de inidoneidade das empreiteiras brasileiras. Como a Lava Jato atinge praticamente todas as construtoras nacionais, como Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, além de Mendes Júnior, UTC e Engevix, uma solução radical poderia inabilitar o trabalho de praticamente todas as empreiteiras com órgãos públicos.

A reportagem do Globo traz apenas fontes "em off", que defendem a abertura do setor. "A crise da Lava-Jato vai obrigar o mercado a estruturar novos empreendedores com participação estrangeira fora desse estreito mundo das grandes construtoras", diz uma delas. "O sentimento geral é que o governo quer mais estrangeiros, mas essa concentração no setor de construção é característica em muitos lugares do mundo e de rompimento gradual".

O Globo cita, ainda, um caminho para facilitar o ingresso de gigantes internacionais no País. "Uma das estratégias do governo para abrir o mercado da construção, se a Lava-Jato tornar as grandes empreiteiras locais inidôneas, seria aproximar as estrangeiras das empresas médias brasileiras, a fim de dar a estas mais fôlego financeiro."




Brasil 247

Como e por que a esquerda tomou a América Latina





Vitória de Tabaré Vázquez à sucessão de José Pepe Mujica, no Uruguai, neste domingo coroa um ciclo de quase duas décadas em que governos esquerdistas se impõem na América Latina; desde a seara aberta pela revolução de Hugo Chávez, em 1999, política do continente vem sendo dominada por personagens emblemáticos, como o operário Luiz Inácio Lula da Silva e o indígena Evo Morales, assim como os ex-guerrilheiros Dilma Rousseff e Daniel Ortega, além de pragmáticos, mas também populares, como Rafael Correa, Michelle Bachelet e Ollanta Humala; estopim da mudança foi a ruína neoliberal no continente e capacidade da maioria desses governos de ampliar a inclusão social; no entanto, algumas experiências, como as de Cristina Kirchner, na Argentina, e de Nicolas Maduro, na Venezuela, enfrentam seus limites

30 de Novembro de 2014 às 20:03




247 - Neste domingo, mais uma vez, será noticiado algo que já se tornou comum, na América Latina, há mais de uma década. Uma eleição presidencial vencida por um político de esquerda. O palco, o pequeno Uruguai. O personagem, o médico Tabaré Vázquez.

Com sua vitória, a política uruguaia poderá completar quinze anos de transformações sociais, iniciadas pelo próprio Tabaré, quando assumiu o poder pela primeira vez, em 2005. Cinco anos depois, passou a faixa presidencial ao ex-guerrilheiro José Pepe Mujica, que conseguiu atrair holofotes do mundo inteiro para o Uruguai com seu estilo franciscano – ele vive na zona rural, usa um Fusca antigo e doa para a caridade 90% de seu salário – e com a implantação de reformas nos costumes, como a legalização da maconha e do aborto.

Agindo de maneira totalmente fora das padrões, Mujica se tornou o político mais admirado do mundo pela sisuda publicação britânica The Economist, a bíblia dos neoliberais. E agora ele, um ex-guerrilheiro tupamaro que passou 14 anos de sua vida preso numa solitária, devolverá a faixa a Tabaré Vázquez.

Ruína neoliberal

A ascensão de governos de esquerda na América Latina é consequência direta do colapso das economias do continente após as políticas neoliberais implantadas na década de 90. O Brasil, como se sabe, recorreu três vezes ao Fundo Monetário Internacional. A Argentina, que havia implantado à força a política que igualava o peso ao dólar, viveu agudas crises políticas e econômicas – na mais grave, o ex-presidente Fernando de la Rúa se viu forçado a fugir da Casa Rosada de helicóptero.

Nos anos 90, vendas de ativos de públicos, na era das privatizações, não foram suficientes para estancar o endividamento interno e externo dos países latino-americanos, nem para gerar bem-estar social.

Com o desemprego nas alturas, as transformações começaram pela Venezuela, onde um militar, Hugo Chávez, liderou uma bem-sucedida revolução. Depois, favorecido pela alta dos preços internacionais do petróleo, conseguiu implantar políticas sociais que garantiram à Venezuela o mais longo ciclo da esquerda no continente – iniciada com Chávez, em 1999, a chamada Revolução Bolivariana perdura até hoje com Nicolás Maduro, ainda que enfrente dificuldades crescentes.

O modelo lulista

No entanto, o fenômeno que permitiu a expansão da esquerda na América Latina foi a vitória emblemática de Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil, em 2002. Primeiro trabalhador a presidir a maior democracia do continente, Lula soube encontrar um modelo de distribuição de renda em que todos ganharam.

Surfando no ciclo de alta das commodities, implantou políticas macroeconômicas sensatas, expandiu o mercado de capitais, o que permitiu que o Brasil gerasse uma nova safra de bilionários, e ainda assim liderou um dos maiores processos de distribuição de renda na história. Nada menos que 40 milhões de pessoas deixaram a miséria e se incorporaram à classe média.

Não por acaso, Lula terminou seu segundo mandato com 70% de aprovação popular e passou a faixa presidencial à ex-guerrilheira Dilma Rousseff, reeleita para mais quatro anos em outubro deste ano. Com Lula e Dilma, o Brasil se prepara para um ciclo de 16 anos de um governo popular, que poderão ser 20 caso Lula decida ser candidato em 2018.

Chavismo ou lulismo

O sucesso da esquerda na América Latina com dois grandes faróis, Chávez e Lula, abriu duas vertentes, logo classificadas por historiadores como "carnívora" ou "herbívora". No primeiro time, jogariam lideranças políticas mais alinhadas com o chavismo, e menos apegadas a contratos e aos ritos democráticos. O exemplo mais clássico, o de Evo Morales, o primeiro líder indígena a governar a Bolívia.

Entre os "herbívoros", destacam-se os políticos que seguem a cartilha lulista, como Ollanta Humala, no Peru, e mesmo Michelle Bachelet, no Chile. São governos pró-mercado, mas com intensos canais de diálogo com a sociedade e políticas de inclusão social.

No meio do caminho, nem tão carnívoro e nem tão herbívoro, o melhor exemplo é o do equatoriano Rafael Correa, um economista com formação nos Estados Unidos, mas que se comporta como o "enfant terrible" do continente. Foi ele, por exemplo, quem concedeu a asilo diplomático a Julian Assange, fundador do Wikileaks, e um dos maiores inimigos dos Estados Unidos.

Assim como ele, o também ex-guerrilheiro Daniel Ortega, da Nicarágua, implanta políticas sociais, sem romper com o mercado. Seu modelo é Lula.

Os limites da esquerda


Independente das vertentes e das políticas abraçadas pela esquerda latino-americana, muitos já se questionam sobre a longevidade dos governos populares.

No Brasil, Dilma foi reeleita, mas enfrentou uma eleição dificílima. Em outros países, crises econômicas e políticas fustigam governos de esquerda.

Os dois países que representam, hoje, os maiores riscos são justamente a Venezuela e Argentina. O primeiro, atingido diretamente pela queda nos preços do petróleo, já enfrenta crises de abastecimento e terá dificuldades para manter uma política de distribuição de renda. Na Argentina, a alta inflação, que se soma à baixa credibilidade internacional do País, dificulta a atração de investimentos.

Crises localizadas, no entanto, não representam o desejo de uma restauração neoliberal. Na Venezuela, o político Henrique Capriles, principal opositor de Maduro, tem dito que seu modelo, num eventual governo, será o de Lula – assim como também prometem os principais opositores argentinos.

Neste ambiente de profundas transformações, em que, segundo a Comissão Econômica para a América Latina, milhões de pessoas deixaram a pobreza e a média de crescimento foi próxima a 2014, o ano decisivo será o de 2018, quando Lula, principal liderança da região, poderá tentar voltar ao poder, abrindo as portas para um ciclo de 20 anos no Brasil.
 
 
 
Brasil 247

Quem vencerá a luta de ideias?

30 de novembro de 2014 | 11:02 Autor: Miguel do Rosário



As eleições terminaram e, como era esperado, novos desafios surgem à frente, alguns bem mais complexos do que a disputa eleitoral em si.

Um dos desafios mais difíceis, naturalmente, é fazer a luta de ideias, num contexto onde o adversário, a direita, possui o monopólio dos meios de comunicação.

Neste sábado, por exemplo, os jornais amanheceram com um forte e eficiente ataque ao PT.

Chamada na primeira página: Vaccari é aplaudido em reunião do PT.

Título de matéria que ocupa a página 3 inteira: PT aplaude acusado de corrupção.

A matéria lembra que “o mesmo tipo de reação entre os petistas ocorreu na época do mensalão, que atingiu em cheio o então chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu”.

Na página de opinião, um artigo de Ana Maria Machado, famosa escritora de livros infantis, me fez lembrar demais os anos 60.

O artigo de Ana Maria Machado é 100% lacerdista, como pode se ver pela frase com que o encerra: dizendo que falta ao Brasil “vergonha na cara”.

E o que é lacerdismo?

É uma ideologia bastante pegajosa, porque todos concordam que há corrupção e que é preciso combatê-la, mas o lacerdista joga sempre a lama no outro, no adversário.

Nos anos 60, havia muitos escritores e intelectuais escrevendo exatamente a mesma coisa, nos mesmos jornais: Gustavo Corção, Alceu Amoroso Lima, etc.

Aliás, em 1964, e também em 1954.

Passada as eleições, onde a polarização mobiliza contingentes maiores da população, fortalecendo a esquerda, a mídia ganha força, porque ela tem a estrutura profissional e comercial para manter os ataques.

A mídia é uma máquina monstruosa, que opera 24 horas por dia, em rádio, TV, jornais, internet.

A blogosfera não é máquina. São blogs tocados por gente de carne e osso, ainda um pouco cansada de um processo eleitoral desgastante.

E que tateia, agora, em busca de um novo posicionamento, diante da nova conjuntura produzida pelas urnas.

A mídia não tem dúvidas. A blogosfera tem. A mídia é rápida, porque suas decisões vem de cima, numa estrutura extremamente verticalizada. A blogosfera, assim como a esquerda em geral, precisa de tempo para maturar a nova conjuntura e se posicionar. Não há hierarquia, e sim um horizontalismo democrático orgânico.

Qualquer eventual união política entre o público progressista nasce de um processo lento e duro de debates internos.

E a esquerda novamente está mergulhada num processo de profunda discussão interna.

Por isso, aliás, que lamento a comunicação da presidenta. Ela poderia participar desse debate, de maneira republicana e democrática, através dela mesma ou de um porta-voz ou secretário de imprensa.

Repare que a mídia jamais produz autocríticas. A direita, idem.

Aécio Neves é pintado apenas como um vencedor por seus seguidores, e pela mídia.

Dilma, por seu lado, parece engolfada no tradicional anti-clímax que se segue às eleições, quando todos os idealistas precisam despertar dos sonhos criados pelos debates, e cair na realidade triste e dura de um país ainda profundamente desigual, com uma política atrasada e truculenta.

Entretanto, se Dilma fizer os movimentos certos, se fizer o contraponto necessário aos ataques da mídia, por um lado, e estabelecer um diálogo construtivo com os próprios setores políticos que a apoiaram, ela poderá emergir muito mais forte.

O meu mantra tem sido: não acreditar mais em popularidade de Datafolha.

O governo tem de cultivar, democraticamente, uma base social sólida, orgânica.

No tocante ao problema de imagem, a esta tentativa da mídia de associar o PT a corrupção, e apenas o PT, blindando o PSDB, é preciso dar respostas imediatas.

O silêncio não é aconselhável.

É preciso responder de maneira rápida e inteligente todos os ataques da grande mídia ao governo.

Entretanto, nenhuma resposta verbal será eficiente por muito tempo se não forem tomadas, simultaneamente, iniciativas democratizantes, de impacto popular.

Aí não tem para ninguém.

A mídia vai espernear, vai gritar, mas vai perder o debate. 
 
 
 
Tijolaço

À deriva, Veja apela e reza para não afundar





Em crise financeira e em processo de fechamento de revistas, que passam a circular apenas em versão digital, a Editora Abril publicou um texto bizarro neste fim de semana; em Veja, Lya Luft escreveu a "Oração da nau à deriva"; "Dá-me, Senhor, uma tripulação competente, com alta perícia, que me tire destas dificuldades e me faça retornar ao que devo ser: um barco singrando águas promissoras, com possibilidade de sucesso"; náufraga e sem credibilidade, Veja atravessa mar revolto

30 de Novembro de 2014 às 10:11





247 - Vivendo um dos piores momentos de sua história, com credibilidade abalada, fechamento de revistas (leia aqui sobre Info), fuga de anunciantes e de leitores, a Editora Abril agora apela aos céus.

É o que faz Lya Luft, colunista de Veja, em sua "Oração da nau à deriva", publicada neste fim de semana.

"Dá-me, Senhor, uma tripulação competente, com alta perícia, que me tire destas dificuldades e me faça retornar ao que devo ser: um barco singrando águas promissoras, com possibilidade de sucesso", diz ela.

"Senhor, neste mar indeciso e muitas vezes encapelado em que estou perdida, dá-me alguma certeza de que existe uma rota firme e fixa, de que o trajeto correto é possível e de que no fim desse nevoeiro me espera uma luz positiva, uma luz boa, não apenas promessas e palavras vãs, mas realidades necessárias para que eu sobreviva com minha preciosa carga humana", diz ela.

O texto deixa no ar a dúvida: Luft discorre sobre o Brasil ou sobre a Abril? Como a edição de Veja desta semana aprova a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda, que, segundo a revista, recolocaria o Brasil no rumo certo, resta a hipótese de que Veja esteja à deriva.

Isolada em seu golpismo, a revista dos Civita talvez tenha criado um universo paralelo, no qual apenas seus colaboradores e mais fanáticos seguidores acreditam.



Brasil 247

Esquerda deve levar mais uma hoje: Uruguai







As pesquisas preveem que Vázquez, um experiente político de 74 anos da Frente Ampla, deve vencer seu jovem rival conservador do Partido Nacional, o parlamentar Luis Lacalle Pou, com uma diferença de 14 pontos porcentuais

30 de Novembro de 2014 às 10:17





Por Malena Castaldi

MONTEVIDÉU (Reuters) - Os uruguaios definem neste domingo seu próximo presidente, com a expectativa de vitória do ex-presidente Tabaré Vázquez, o que daria à esquerda do país um terceiro mandato consecutivo.

As pesquisas preveem que Vázquez, um experiente político de 74 anos da Frente Ampla, deve vencer seu jovem rival conservador do Partido Nacional, o parlamentar Luis Lacalle Pou, com uma diferença de 14 pontos porcentuais.

Com perfil de esquerda moderada,se Vázquez confirmar-se como sucessor de ser correligionário José Mujica, um ex-guerrilheiro de 79 anos, daria continuidade a várias iniciativas progressistas, como uma nova e polêmica lei pioneira no mundo que regula a produção e o comércio da maconha sob supervisão do Estado.

Lacalle Pou, um apaixonado por surf de 41 anos, prometeu que se chegar ao poder revogaria parte da iniciativa, que procura uma nova abordagem para combater o narcotráfico, mas é rejeitada pela amioria dos uruguaios. Uma das coisas a qual se opõe o candidato é a venda de maconha em farmácias.




Brasil 247

PT aprova resolução de combate à corrupção





Diretório Nacional do PT aprovou neste sábado (29) resolução objetivando o combate à corrupção; no documento, o partido mostra-se favorável ao prosseguimento das investigações de denúncias de corrupção na Petrobras, dentro dos marcos legais e sem partidarismo; “Temos o compromisso histórico de combater implacavelmente a corrupção”, disse o presidente do PT, Rui Falcão; ele ressaltou que petistas comprovadamente envolvidos em ilícitos da Petrobras serão expulsos da legenda

29 de Novembro de 2014 às 18:32




Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil

O Diretório Nacional do PT aprovou hoje (29) resolução objetivando o combate à corrupção. No documento, o partido mostra-se favorável ao prosseguimento das investigações de denúncias de corrupção na Petrobras, dentro dos marcos legais e sem partidarismo. Em entrevista, o presidente do PT, Rui Falcão, reafirmou o compromisso do partido na luta contra corrupção. “Temos o compromisso histórico de combater implacavelmente a corrupção”, salientou.

Rui Falcão ressaltou que petistas comprovadamente envolvidos em ilícitos da Petrobras serão expulsos da legenda. “Concluídas as investigações, queremos que os corruptos sejam punidos. Se houver alguém do PT implicado com provas, ele será expulso”, adiantou.

Na resolução aprovada hoje pelo diretório, os petistas afirmam que o partido tem o desafio de reafirmar liderança no combate à corrupção sistêmica no Brasil. “Foi durante os governos Lula e Dilma que se estabeleceram, como políticas de Estado, as principais políticas de combate à corrupção”, diz trecho da resolução.

Em outra parte, a resolução aprovada pelos petistas revela que, "da parte do PT, manifestamos a disposição firme e inabalável de apoiar o combate à corrupção. Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção deve ser imediatamente expulso, como já afirmou publicamente o presidente do partido. Ao mesmo tempo, aprofundaremos a luta pela reforma política, em particular pela proibição do financiamento de candidaturas eleitorais por empresas”.

Na entrevista, Rui Falcão acrescentou que a abertura do diálogo por parte da presidenta Dilma Rousseff foi concretizada no discurso de ontem (28), no encerramento do primeiro dia de reuniões do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza. “A disposição da presidenta foi materializada de forma muito direta e correspondeu às expectativas que a direção do partido tinha sobre o comportamento dela em relação à sociedade e aos partidos”, assinalou o presidente do PT.

Leia a íntegra da resolução:

COMBATER A CORRUPÇÃO

Assim como demonstrou na vitoriosa campanha eleitoral da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o PT tem agora o desafio de reafirmar a sua liderança no combate à corrupção sistêmica no Brasil. Para o PT, a luta contra a corrupção se vincula diretamente à democratização e à desprivatização do Estado brasileiro.

Foi durante os governos Lula e Dilma que se estabeleceram, como políticas de Estado, as principais políticas de combate à corrupção. Já no primeiro governo Lula, foram construídos os dois principais sistemas de combate à corrupção – a Controladoria Geral da União e a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), que reúne representantes dos principais órgãos públicos federais de prevenção, controle, investigação e punição à corrupção. No princípio de 2014, o governo Dilma fez aprovar a Lei 12.683 que estabeleceu, pela primeira vez, uma punição rigorosa penal e econômica às empresas corruptoras. Foi assim por coerência que, durante a campanha eleitoral, a presidenta Dilma assumiu novos compromissos em torno de cinco novas leis que vão apertar o cerco à impunidade da corrupção no Brasil.

Faz parte de suas tradições programáticas e tem sido cada vez mais enfatizado pelo PT, em campanhas públicas, a defesa de uma nova lei eleitoral que estabeleça o financiamento público das campanhas eleitorais e, em particular, a proibição do financiamento de empresas privadas às campanhas eleitorais. O financiamento empresarial das campanhas, ainda mais sem uma regulação e controle, distorce profundamente a representação, em desfavor de todos os setores populares, oprimidos e explorados. E tem o efeito de criar vínculos de interesses privatistas e ilegítimos, renovando a cada eleição os circuitos da corrupção. Esta proibição é, portanto, fundamental para o combate à corrupção.

Ao contrário dos governos petistas, não se sabe de nenhuma medida importante tomada pelos governos FHC no combate à corrupção. Ao mesmo tempo, propostas de CPI para investigar escândalos ocorridos nos oito anos de mandato foram barradas, inclusive quando era presidente da Câmara o atual senador Aécio Neves, candidato derrotado na última eleição e presidente do PSDB. O mesmo padrão tem se repetido, ponto a ponto, nos já vinte anos de governo do PSDB no Estado de São Paulo e nos doze anos de governo do PSDB em Minas Gerais, tornando-se uma marca registrada dos governos tucanos: corrupção, acobertamento e impunidade.

É, pois, uma afronta à inteligência e à consciência cívica dos brasileiros o PSDB, em conjunto com o sistema de mídia monopolizada, se apresentar como o campeão da luta contra a corrupção, acusando o PT de ser o partido responsável por um alegado aumento da corrupção no Brasil. Se hoje a corrupção aparece mais, ao contrário do passado, é porque ela, pela primeira vez na história do país, está sendo sistematicamente combatida.

Ao apoiar de forma decidida as investigações em curso sobre a corrupção na Petrobrás, o PT vem a público manifestar também as suas exigências de que ela seja conduzida rigorosamente dentro dos marcos legais e não se preste a ser instrumentalizada, de forma fraudulenta, por objetivos partidários. Além disso, defende a Petrobrás como empresa pública, responsável por conquistas extraordinárias do povo brasileiro na área da energia, da criação de novas tecnologias e novos futuros para o país. Os trabalhadores da Petrobrás não podem e não devem ser culpados por quem se utilizou dela para fins ilícitos e de enriquecimento. Além de recuperar patrimônio que lhe foi roubado, a Petrobrás sairá deste processo fortalecida em sua governança pública e na sua capacidade de prevenir desvios de recursos.

Cabe ao Ministério da Justiça zelar para que aquelas autoridades imediatamente encarregadas das apurações zelem pelo devido respeito ao processo legal. Estarreceu a todos os brasileiros a divulgação de que algumas delas postaram na internet materiais de campanha em favor do candidato do PSDB à Presidência e insultos ao ex-presidente e à presidente atual do país. A impessoalidade exigida de agentes públicos, violada neste caso, exigiria o imediato afastamento dos implicados.

É inaceitável que um processo de delação premiada, que corre em segredo de justiça, seja diariamente vazado para órgãos da imprensa, sempre de oposição editorial ao governo Dilma, como já denunciou inclusive o Procurador Geral da República. O próprio TSE já julgou como caluniosa uma gravíssima operação de vazamento seletivo de informações ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais e publicado pela revista Veja. Feitas sempre de modo seletivo, estas informações atribuídas e sem provas têm servido de forma sistemática a uma campanha orquestrada por órgãos de mídia contra o PT.

É igualmente inaceitável que a palavra de criminosos corruptos, inclusive já condenados outras vezes, seja aceita como verdadeira mesmo sem prova documental. A liberdade de expressão não pode ser confundida com o exercício interessado da calúnia e da difamação: sem a primeira, não se constrói a democracia; com o segundo, é a própria democracia que corre perigo. Todo acusado – seja de que partido for – deve ter o direito de defesa e ser julgado com o devido processo legal.

Da parte do PT, manifestamos a disposição firme e inabalável de apoiar o combate à corrupção. Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção, deve ser imediatamente expulso, como já afirmou publicamente o presidente do partido. Ao mesmo tempo, aprofundaremos a luta pela reforma política, em particular pela proibição do financiamento de candidaturas eleitorais por empresas.
 
 
 
Brasil 247

Wagner pode ir para a pasta das Comunicações





Segundo nota do Painel da Folha, ex-governador da Bahia teria dito À presidente Dilma Rouseff que não quer voltar para a Secretaria de Relações Institucionais; com a possível ida de Miguel Rossetto para a Secretaria-Geral da Presidência da República, espaços no Planalto estariam já ocupados

30 de Novembro de 2014 às 09:23





247 - O ex-governador da Bahia Jaques Wagner teria manifestado a aliados seu descontentamento com a suposta indefinição sobre seu papel no novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A informação da coluna Painel, da Folha, neste domingo (30), dá conta de que o baiano teria dito com todas as letras à presidente que não quer voltar para a Secretaria de Relações Institucionais.

A nota informa ainda que, com a possibilidade de Miguel Rossetto assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, fechariam-se as portas do Planalto para Wagner. Restaria e ele a pasta das Comunicações. É até o momento o Ministério mais vistoso no desenho atual da reforma ministerial. 
 
 
 
 
Brasil 247

Benevides e a corrupção. Que vergonha!



O delegado foi condenado, o Juiz foi cuidar dos velhinhos e o criminoso solto como um passarinho !​







O ansioso blogueiro foi fazer uma palestra em Rio Quente http://rioquente.go.gov.br/cidade , Goiás, para empresários do comércio varejista das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, revendedores da Samsung.

Ganharam dinheiro a rodo, em 2014.

Quando o ansioso blogueiro identificou a Urubóloga, foi uma gargalhada generalizada !

Como se sabe, nessas regiões não prevalece o “mau humor” encontradiço em São Paulo e na Globo …

Quando o ansioso blogueiro falou das eclusas nos afluentes do Amazonas, que, a partir do paralelo 16, transportarão homens e cargas na direção Sul-Norte, ficaram surpresos.

“Claro !”, disse o ansioso blogueiro. “Quem manda assistir ao jornal nacional ? Não sabem o que acontece no Brasil e como seus negócios vão mudar. Assistir ao jn faz perder dinheiro !”.

O ansioso blogueiro voltou para Goiânia com o Benevides (nome inventado).

São 180 km de soja, milho e, em Piracanjuba, a maior bacia leiteira de Goiás, e uma das maiores do planeta.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Piracanjuba

Já ouviu falar em Piracanjuba, amigo navegante ?

Pois é: quem manda assistir ao jn, onde só tem miséria, desgraça, fedor, derrota, fracasso, vala escura, o Brasil é uma m… ?

Benevides tem 22 anos e mora em Caldas Novas http://www.caldasnovas.go.gov.br/ , vizinha de Rio Quente.

Ele estuda Direito em Caldas Novas, ajuda o pai na fazendola de milho, soja e gado leiteiro, e faz bico nos hotéis de Rio Quente, nesse percurso de 180 km até Goiânia.

E estuda – ainda arruma tempo – para o concurso de delegado da Policia Federal.

- Por que a Policia Federal, Benevides ?

- Olha, seu Paulo, eu até pensei na Policia Militar. Mas, meu sonho é a Policia Federal.

- Por quê ?

- Porque eu quero investigar, descobrir o crime no laboratório, na pesquisa cientifica !

- Pegar os ladrões.

- Os criminosos. Todos eles.

- Interessante. Mas, Benevides, é muito arriscado, você sabe. Não é o mesmo que cuidar do gado em Caldas Novas …

- Eu sei, mas o meu sonho é vestir aquele uniforme, com a “Policia Federal” escrito, e sair em diligência !

- E como é que você se apaixonou pala Policia Federal ?

- Eu acompanho todas as operações pela internet. Não perco uma.

- Inclusive a Lava Jato ?

- Claro ! Todas elas ! Pode me perguntar. Eu sei tudo sobre elas. Sou fã do Juiz Moro !

- Então vou ter perguntar sobre a Operação Satiagraha da Policia Federal. Você acompanhou a Satiagraha ?

- Não, essa eu não acompanhei, não. De quando é ?

- Pois é, Benevides, você era uma criança …

- De quando é ?

- 2004. Você tinha dez anos …

- É … Essa não sei …

- Vou resumir pra você, Benevides.

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/01/10/operacao-banqueiro-o-que-seria-de-dantas-sem-gilmar/

Era uma vez um delegado da Policia Federal Protogenes Queiros e um Juiz Fausto de Sanctis, especialista em crimes do colarinho branco.

Você não é fã do Moro ?

É porque você não ouviu falar do De Sanctis …

Tinha também um Procurador da República muito jovem, mas vamos tirar esse da história, vamos esquecê-lo por três anos para facilitar a narrativa.

- Você já ouviu falar num banqueiro chamado Daniel Dantas, Benevides ?

- Sim, nesse eu já ouvi falar. Mas, ele tá solto, não é isso ?

- Soltíssimo !

Vamos voltar à história.

Protógenes e De Sanctis montaram uma operação policial primorosa, uma investigação do jeito que você gosta.

Pegaram tim-por-tim do maior escândalo do capitalismo brasileiro.

Perto dela, a Lava Jato é de “pequenas causas”, entendeu ?

- Sim, claro, coisa pequena, sem importância…

- Isso !

Uma grande roubalheira !

Aí, os dois fizeram até uma operação controlada.

Sabe o que é isso ?

- Sim ! Uma operação disfarçada, com autorização do Juiz, para pegar o criminoso !

- Isso !

Nessa operação controlada eles pegaram o criminoso subornando um agente da Policia Federal !

- É mesmo ? Da PF ? Como é que pode !

Pois é, meu caro, pode ! Ou podia … Quem sabe !

O Protógenes e o De Sanctis prenderam o criminoso duas vezes.

Ficaram trancados na sede da PF em São Paulo. Os criminosos e seus asseclas.

O banqueiro está condenado a 10 anos de cadeia.

- Legal,. Vou acessar isso na internet.

- É fácil. Vai lá no meu site ou no da Carta Capital. A gente resumiu tudo.

- Vou ! Tô interessado. Mas, e daí ?

- E daí ?

Os criminosos receberam Habeas Corpus no Supremo, estão soltinhos como um passarinho, o Protogenes foi condenado e o Juiz De Sanctis foi removido e agora cuida da aposentadoria dos velhinhos !

- Que absurdo !

- Absurdo, não, Benevides, é assim que funciona. Não tenha muitas ilusões … Pense num absurdo ! Pense ! Na Justiça brasileira tem !

- É uma vergonha, seu Paulo ! O delegado trabalha, se espoe, corre risco e o criminoso numa boa …

- Um absurdo, Benevides !

Pano rápido.

(Em tempo: a legitimação da Satiagra – de resto, inevitável -, repousa nas sabias gavetas do Ministro Fux, como Recurso Extraordinário RE 680967. A Castelo de Areia, outra vergonha, Benevides, está nas serenas mãos do Ministro Barroso, para ser devidamente legitimada e botar tucanos gordos na cadeia.)

Paulo Henrique Amorim
 
 
 
Conversa Afiada

sábado, 29 de novembro de 2014

Dilma pede união ao PT e alerta contra 'golpistas'





"Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Eu preciso do protagonismo de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e hoje, depois de todo esse período sabe que precisamos ter legitimidade e governabilidade", disse a presidente Dilma Rousseff, ao participar do Congresso do PT, em Fortaleza; no mesmo discurso, ela também falou sobre 'golpistas' na oposição; "Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar"

29 de Novembro de 2014 às 07:28





247 - A presidente Dilma Rousseff pediu à militância do PT maturidade para aceitar a mudança na equipe econômica do governo, segundo ela imprescindível para se manter a governabilidade. O apelo foi feito na noite de sexta-feira (28) durante reunião do Diretório Nacional do partido em Fortaleza. Petistas das alas mais à esquerda e movimentos sociais criticaram a escolha do economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda alegando que Dilma, eleita por forças progressistas, optou por uma linha conservadora na economia.

"Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Eu preciso do protagonismo de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e hoje, depois de todo esse período sabe que precisamos ter legitimidade e governabilidade", disse a presidente.

Segundo Dilma, a missão do PT é compreender que a conjuntura, a situação do País e as condições da economia do país mudam. “Nós nos adaptamos às novas demandas e damos respostas a cada uma delas. Acho que esta é a grande missão do PT", disse, ao demonstrar que, embora dentro da meta, a inflação em 6,5% tem incomodado. Dilma desafiou o partido a renovar suas perspectivas diante das demandas econômicas.

A presidente garantiu, porém, que a condução ortodoxa da economia não vai afetar a essência do programa do partido: "Uma coisa deve ficar clara e ninguém deve se enganar sobre isso. Fui eleita por forças progressistas, não para qualquer processo equivocado, mas para continuar mudando o Brasil", garantiu.

Golpismo na oposição

A presidente fez, ainda, um alerta sobre movimentos que considera "golpistas" na oposição. "Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar."
 
 
 
Brasil 247

Gilmar barra ação contra engavetador tucano





Ministro do STF suspende investigação de “falha administrativa” na conduta do responsável pelo caso Alstom, o procurador da República Rodrigo de Grandis, que esqueceu em uma gaveta por quase três anos pedido de ajuda da Suíça para investigar o “trensalão tucano”; a liminar acata argumento de cerceamento de defesa e suspende a decisão do corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas Assad, que instaurou o processo disciplinar contra o procurador; ministro também questiona decisão monocrática de Assad

29 de Novembro de 2014 às 09:51





247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu processo disciplinar contra o procurador da República Rodrigo de Grandis que corria no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O processo havia sido instaurado por decisão do corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas Assad. Gilmar entendeu que houve cerceamento de defesa e que o processo foi instaurado de forma monocrática pelo conselheiro. O processo fica suspenso até julgamento final de mandado de segurança feito por De Grandis.

O processo disciplinar foi aberto para apurar indícios de que o procurador descumprira dever legal no exercício de sua função ao deixar parado, por quase três anos, um pedido de investigação sobre o caso Alstom – a suspeita de distribuição de propina da multinacional francesa para servidores e políticos do PSDB em São Paulo, conhecida como “trensalão tucano”.

De Grandis recebeu pedidos de cooperação de autoridades suíças visando ao levantamento de provas naquele país envolvendo fraudes no fornecimento de equipamentos pela Alstom, mas não deu encaminhamento às solicitações.

O assunto veio à tona após reportagem da Folha de S. Paulo, em 26 de outubro de 2013, com o título "Sem apoio do Brasil, Suíça arquiva parte do caso Alstom". A notícia motivou o início da apuração pela corregedoria do Ministério Público Federal em São Paulo. O orgão decidiu, por unanimidade, pelo arquivamento da sindicância.
 
 
 
Brasil 247

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Skank - É Uma Partida De Futebol






You Tube

Skank - Ela Me Deixou





You Tube

Zimbo Trio | Pout - Pourri Milton (Milton Nascimento) - Instrumental Sesc Brasil





You Tube

Tamba Trio - Desafinado





You Tube

PIB mostra país pronto a retomar crescimento

28 de novembro de 2014 | 10:46 Autor: Fernando Brito



O mundo, todos sabem, vive uma imensa crise de estagnação.

Anteontem, o Estadão comemorou o fato de a Alemanha, governada pela nada “bolivariana” Ângela Merkel ter conseguido uma proeza:

“PIB da Alemanha cresce 0,1% no 3º trimestre e economia do país escapa da recessão”.

Repare a diferença de tratamento à uma situação exatamente igual no Brasil, registrada pelo IBGE no terceiro trimestre.

Repare que, não fosse a queda do PIB agrícola, que foi determinada pela queda do preço das commodities exportadas pelo Brasil, poderia ter chegado ao dobro.

E pela retração do consumo das famílias, sobre o qual influenciou, além dos juros, o clima de terror econômico espalhado sobre o Brasil.

O fato objetivo é que a reversão da queda registrada nos dois primeiros trimestres cria um clima positivo para o novo período de governo.

Mais uma razão para não se esperar que, da nova equipe econômica, venha qualquer “choque”, como o tão pedido pelo “mercado”.

Que, em matéria de siglas, prefere uma Selic a um PIB.

Leia, abaixo, anota-resumo da Agência Brasil sobre os números do PIB:

“O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o período anterior. A soma do PIB no trimestre correspondeu a R$ 1,29 trilhão. No segundo trimestre, a economia brasileira caiu 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a economia brasileira recuou 0,2%. No ano, o PIB acumula alta de 0,2%. Já no período de 12 meses, a taxa acumulada de crescimento é de 0,7%.

Na comparação do terceiro com o segundo trimestre deste ano, entre os setores produtivos da economia, a principal alta foi observada na indústria: 1,7%. Os serviços também tiveram crescimento (0,5%). Por outro lado, a agropecuária recuou 1,9%.

Pelo lado da demanda, o crescimento de 0,1% foi puxado pela formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, e pela despesa de consumo do governo, ambos com alta de 1,3%. O consumo das famílias caiu 0,3%.

No setor externo, as exportações tiveram um crescimento menor (1%) do que as importações (2,4%).”
 
 
 
Tijolaço

Skank - Vou Deixar





You Tube

Piketty a Levy: quanto ganham os ricos ?



Que tal um imposto sobre a herança, para ajustar o superavit fiscal ?



 
Os merválicos pigais ainda não sabem exatamente o que dizer da nova trinca de responsáveis pela Economia – a que vai preservar o emprego e a inclusão social.

Não sabem se elogiam as metas – 2% de superavit e 4,5% de inflação – que serão perseguidas GRADUALMENTE, ou se espinafram a ausência de um choque paralisante de medidas impopulares, como defendiam os fragorosamente derrotados Aécio Never e seu economista americano NauFraga.

Nessa sexta-feira (28/11), a Urubóloga, no Mau Dia Brasil – antes que acabe – meteu os pés pelas mãos.

Ganha um doce que tiver entendido o que ela disse.

É a perplexidade dos que sofrem de TPF – Tensão Pós-Fracasso, mas isso passa.

Um dos pontos centrais do provisório entusiasmo dos merválicos pigais é com o que chamam de fim da “maquiagem”, como aquela que o Fernando Henrique praticou na campanha de 1998.

Uma semana depois de reeleito – sabe-se como … – o Príncipe da Privataria desvalorizou o Real e mandou o Presidente do Banco Central para a rua !

Os ministros ressaltaram ontem a transparência !

Ou seja, o Fundo Monetário e as agências de risco vão saber tudo !, comemora a Urubóloga.

O ansioso blogueiro tem lá as suas dúvidas.

Por exemplo, ele leu a obra magnífica do Piketty, antes da tradução brasileira (sabe-se lá o que a Intrinseca fez do livro …).

Sabe-se que Piketty apoia as medidas de inclusão social da Dilma.

E, numa entrevista ao Estadão, na página B8 (não se deixe levar pelo título, amigo navegante, porque é falacioso …), Piketty faz gravísssima advertência aos novos Ministros da área econômica, exatamente nesse capítulo da TRANSPARÊNCIA.

Mas, é uma transparência de que os patrões da Urubóloga não querem nem ouvir falar …

Piketty diz que não é possível estudar a distribuição de renda no Brasil sem ter acesso à declaração de renda dos ricos !

Bingo !

Porque os ricos escondem !

(A Globo Overseas que o diga.)

E, portanto, a desigualdade no Brasil deve ser maior do que mostram os números do IBGE.

“Provavelmente há mais desigualdade no Brasil do que se pode medir pelas estatísticas oficiais… foi impossível acessar os dados do Imposto de Renda no país. Acredito que o Brasil precisa de mais transparência sobre renda e riqueza,” diz ele.

E agora, Levy ?

Disse Piketty:

O sistema tributário do Brasil não é muito progressivo (ou seja, não cobra dos ricos – PHA).

É regressivo (cobra dos pobres – PHA).

O que faz com que os pobres e a classe média paguem pesadas taxas no consumo.

É possível reduzir a taxação indireta (que castiga os pobres e a classe média – PHA) e aumentar a taxação progressiva da renda e na propriedade.

Se olharmos para a taxação do Imposto de Renda, o topo recolhido não é muito alto no Brasil: 27%.

A taxa sobre a tributação em propriedades é baixa, assim como nos casos de herança.

“Se não criarmos formas de confiar no Governo e no sistema de tributação, todos perdem !”

Bingo !

E aí, Levy ?

Vamos aumentar a transparência ?

Quanto ganham os filhos do Roberto Marinho ?

A garotada da Friboi ?

E que tal aumentar a arrecadação com a progressividade do Imposto de Renda ?

Vamos ser transparentes para as agencias de risco, ou para os brasileiros ?

Bingo, Piketty !

Em tempo:

Clique aqui para ler o depoimento do Z. Guiotto, que assistiu à palestra do Piketty na USP, quando jantou com farofa dois luminares do pensamento neolibelês pátrio: o Paulo Guedes e o Andre Haras Resende .

Como o Piketty não sabe quem são, tratou-os sem a reverência que o PiG lhes dedica.

(Paulo Guedes escreve no Globo e Haras Resende era o cérebro por trás da vacuidade da Bláblárina.)


Paulo Henrique Amorim
 
 
 
Conversa Afiada

Galo é campeão da Copa do Brasil





You Tube

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Quando O Amor Acontece - João Bosco




You Tube

Tom Jobim - Falando de Amor (MPB4 e Quarteto em Cy)




You Tube

Brazilian Tropical Orchestra - Desafinado




You Tube

Brazilian Tropical Orchestra - Wave





You Tube

Brazilian Tropical Orchestra - Anos Dourados





You Tube

Quarteto em Cy & MPB4 - Anos Dourados





You Tube

Chico Buarque - Apesar de Você





You Tube

Depois da economia, vem o desafio na política

27/11/2014

por Tereza Cruvinel

A mesma disposição para mudar terá que ser adotada na gestão da coalizão


Dilma: agora o desafio político

Apesar da contida frustração do PT e das críticas à esquerda, os primeiros movimentos de Dilma Rousseff na economia traduzem acerto. As reações externas falam por si. Como andou dizendo o ex-presidente Lula aos insatisfeitos do PT, ela teve a coragem de fazer o que era preciso para resgatar a credibilidade da gestão fiscal com a escolha de Joaquim Levy para a Fazenda, tendo Barbosa no contraponto desenvolvimentista e Tombini, agora fortalecido pela confirmação, no controle da inflação. Para dar certo, a fórmula dependerá muito dela, da perfeita sintonia entre a autoridade de responsável final pela política econômica e autonomia necessária aos executores. Da habilidade para impedir que a tesoura de Levy venha a podar as políticas sociais, que são o maior legado da era petista. Isso feito, o desafio de Dilma agora é demonstrar que está disposta a mudar e acertar também na gestão política, e os sinais até agora não apareceram.

Não foi a oposição que derrotou o governo na quarta-feira, impedindo a votação da mudança no método de cálculo do superávit para garantir seu cumprimento nominal. Mendonça Filho, líder do DEM, fez o barulho. Os aliados, silenciosamente, frustraram o quórum. Nem foi o “malvado” Eduardo Cunha que retirou sua tropa do plenário. Aconteceu porque a coalizão, neste momento, navega do no escuro, apesar dos esforços do ministro Berzoini para manter a coesão, ouvir os ressentidos e acalmar os angustiados.

Acertar na política exigirá também coragem e habilidade. Lidar com o velho abrindo caminho para o novo. O velho, no caso, é a busca da governabilidade através de uma coalizão partidária ampla e o mais leal possível, descontada a infidelidade atávica de nosso elástico sistema de partidos, assegurando neste relacionamento estabilidade, ética e previsibilidade política. O novo terá que ser construído, enfrentando para valer a reforma política que pode levar a novos padrões de governabilidade.

Na travessia para o segundo mandato, não há nada de diferente a ser feito senão governar com os que estão com ela. Isso exige compreender que em todos as democracias do mundo que funcionam com coalizões (exceção apenas dos regimes bipartidários, como o dos Estados e poucos outros) os aliados participam do governo. Mas, para além de ministérios e cargos, na devida proporção das forças de cada um, Dilma terá que praticar o prometido diálogo com sua base parlamentar. Isso não significa ceder a todas as demandas, especialmente as fisiológicas. A queixa mais frequente da coalizão é dos “pratos feitos” que o Planalto despeja no Congresso sem a menor conversa prévia. Uma vez tramitando, o Planalto cobra a aprovação e quando tem que vetar alguma inovação do Congresso, o que é uma prerrogativa legítima da presidente, isso é feito sem que se dê a menor satisfação ao outro poder. Coisas assim azedaram a coalizão montada por Lula para ela em 2010.

Neste momento, o fator ministério pesa, é claro. Dilma está tratando o PT com enorme desdém. Talvez esteja se lembrando dos que pediram o “volta Lula”. Talvez pense que não precisa mais do partido. Afinal, agora vai apenas escrever sua biografia como presidente, buscando chegar ao final do segundo mandato com os melhores resultados possíveis. Engano. O PT é o centro equilibrador da coalizão, e o PMDB, seu parceiro fundamental, goste-se ou não dele. Dilma já fez o PT engolir a equipe econômica sem consultas ao partido e não voltou a conversar com o partido sobre o ministério. Fez um acerto com Michel Temer sobre nomes do PMDB, mas até agora, não conversou com os interessados. Seriam eles Kátia Abreu, que ela convidou por conta própria, Moreira Franco, que ficará na SAC, e mais Henrique Alves, Eunício Oliveira, Eduardo Braga e Eliseu Padilha. Algum destes pode sobrar. Por isso o partido continua angustiado.

Mas no final, Dilma acabará contemplando todos os partidos, inclusive PROS, PP e PSD, ainda que levando mais em conta suas próprias preferências. A mudança necessária será no cotidiano, na gestão permanente na agenda legislativa. Este é o desafio.

Quanto à reforma política, na campanha a candidata Dilma falou à exaustão na consulta popular para sua realização, seja plebiscito ou referendo, com preferência pelo primeiro. O Congresso prefere o referendo, temendo que se trame uma revisão constitucional por maioria simples. Mas, depois da eleição, não ouvimos mais Dilma falar em reforma política. Este é um compromisso importante que ela fez na campanha. Se faltar a ele, como seus antecessores, será cobrada pela sociedade em algum momento.

A reforma não será uma ré escritura do sistema política mas pelo menos a correção de seus grandes defeitos: o fim das coligações nos pleitos proporcionais, alguma cláusula de desempenho para garantir a representatividade dos partidos e, por último mas bem mais importante, o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. Até porque se Executivo e Legislativo não enfrentarem esta chaga, que neste momento é origem do grande escândalo da Petrobrás, o Supremo o fará.

E, por fim, um terceiro desafio de Dilma será mudar sua relação com a sociedade. E a sociedade não se limita ao mercado e aos agentes econômicos. Os movimentos sociais, que foram à luta pela vitória na reta final do segundo turno, voltaram a sentir-se ignorados. Por isso o ministro Gilberto Carvalho deu aquela entrevista. Alguém precisava fazer um aceno aos movimentos sociais.




Tereza Cruvinel atua no jornalismo político desde 1980, com passagem por diferentes veículos. Entre 1986 e 2007, assinou a coluna “Panorama Político”, no Jornal O Globo, e foi comentarista da Globonews. Implantou a Empresa Brasil de Comunicação - EBC - e seu principal canal público, a TV Brasil, presidindo-a no período de 2007 a 2011. Encerrou o mandato e retornou ao colunismo político no Correio Braziliense (2012-2014). Atualmente, é comentarista da RedeTV e agora colunista associada ao Brasil 247. 
 
 
 
Blog da Tereza Cruvinel no Brasil 247

As verdades e as fantasias em torno do ministério de Dilma

Postado em 27 nov 2014





Poderia ser bem pior

Há um imenso alarido em torno do ministério de Dilma.

Pela esquerda, floresceu um sentimento de indignação assim que se surgiram nomes como o de Joaquim Levy e Kátia Abreu.

Em sua coluna de hoje na Folha, o ativista Guilherme Boulos sugeriu, dado o andar da carruagem, que Dilma também levasse para sua equipe Lobão, Bolsonaro e Reinaldo Azevedo.

Fora do campo do humor político, intelectuais lançaram um manifesto para que seja seguido por Dilma o programa vitorioso nas urnas.

Joaquim Levy foi sublinhado, no manifesto, como um típico representante das ideias derrotadas pelos eleitores.

Pela importância do cargo de ministro da Fazenda, o inconformismo da esquerda se concentra em Levy, mais que em Kátia Abreu.

Quanto há de realidade no medo de que Dilma, afinal, faça o que Aécio faria caso ganhasse?

Pouco, ou nada.

Nomear Levy é um problema muito mais de simbologia do que de qualquer outra coisa.

É verdade que simbologia conta, e provavelmente se deva à reação negativa a Levy que Dilma tenha protelado sua confirmação no cargo, algo que deveria ter ocorrido na sexta passada.

Mas, concretamente, Levy, ou quem fosse, vai obedecer ao comando presidencial. Suas decisões só serão materializadas com o aval de Dilma.

Imagine uma empresa.

Você tem, nela, um presidente. E tem também, sob sua supervisão, um diretor financeiro.

O diretor de financeiro vai obedecer às diretrizes do presidente. Ele tem que ser competente para executar as ordens e sugerir medidas. Mas a decisão está um degrau acima.

Essa empresa hipotética tem que cortar despesas, porque elas estão acima das receitas, e isto é insustentável.

Compete ao presidente escolher onde cortar. O diretor financeiro pode e deve fazer sugestões. Mas os cortes serão feitos onde o presidente determinar.

É exatamente esta a lógica que vai dominar também a relação entre Dilma e seja quem for o novo ministro.

Ele não terá autonomia, por exemplo, para ceifar programas sociais – algo que fatalmente ocorreria sob Aécio.

Como e onde você corta faz toda a diferença num ajuste fiscal.

Há áreas que pedem por cortes que não terão efeito nenhum sobre a sociedade. Por exemplo, entre 2002 e 2012 os gastos do governo com publicidade dobraram. Passaram de cerca de 1 bilhão de reais para 2 bilhões, aproximadamente.

Há, aí, 1 bilhão fácil de podar.

Outros bilhões você encontrará, sem grandes dificuldades, em outras áreas.

Um bom método para isso – amplamente usado em empresas eficientes mundo afora – é o chamado orçamento zero. Você não parte do orçamento anterior para montar o novo. Parte do zero para verificar o que é, realmente, necessário gastar.

Outro método vital para equilibrar as contas, nas empresas, é explorar ao máximo as receitas.

O Brasil tem um problema dramático de evasão fiscal. Outros países também têm, mas eles estão claramente empenhados em resolvê-lo.

No G20, combater o uso de paraísos fiscais por grandes empresas foi um dos temas dominantes nas discussões.

No Brasil, paira um silêncio inaceitável sobre este tema. Lutar contra a sonegação é algo que tem que ser liderado pelo governo, mas até aqui nenhum pronunciamento sobre o assunto foi feito nem por Dilma e nem por ninguém no poder.

Obama vem falando disso, Cameron também, Hollande também, e assim outros líderes de países que sofrem com os paraísos fiscais – mas Dilma não.

Você chega a situações bizarras.

Levy é do Bradesco – que semanas atrás apareceu num episódio de evasão, via Luxemburgo. O repórter Fernando Rodrigues, em seu último trabalho na Folha, teve acesso a documentos que mostram que o Bradesco “economizou” 200 milhões de reais com o deslocamento de dinheiro para Luxemburgo.

Isto foi ponderado na decisão de convidar Levy? Provavelmente não, uma vez que o primeiro convite foi feito ao chefe de Levy, Trabuco, o presidente do Bradesco.

No campo das receitas, não faz sentido esperar o cerco à sonegação pelos paraísos fiscais, diante do convite a Trabuco e a Levy.

Mas no terreno dos cortes é um erro de avaliação considerar que Levy, ou qualquer outro, vá ter liberdade de ação para fazer o que quiser.

Tudo isso somado, vai-se chegar, no segungo governo de Dilma, ao que caracterizou o primeiro: avanços sociais expressivos – mas aquém daquilo que seria desejável para um país tão desigual quanto o Brasil.

Não é o ideal, mas poderia ser muito pior caso Aécio ganhasse. 




Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.



Diário do Centro do Mundo

Dilma oficializa novos ministros Levy e Barbosa





Presidente anuncia a tão aguardada equipe econômica: Joaquim Levy será o novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa, do Planejamento, confirmando especulações; Alexandre Tombini foi mantido na presidência do Banco Central; ainda não há data para posse; eles trabalharão com equipe de transição dos atuais ministros Guido Mantega e Miriam Belchior; em comunicado, Dilma agradeceu "dedicação" de Mantega, ministro mais longevo do período democrático; dia começou com alta na Bovespa, mas virada da Petrobras puxou queda da Bolsa após o anúncio; leia a íntegra da nota

27 de Novembro de 2014 às 14:02




247 – O Palácio do Planalto confirmou na tarde desta quinta-feira 27 os nomes de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda e de Nelson Barbosa para o Planejamento. O anúncio foi feito em nota lida pelo ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social. O comunicado confirma ainda Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.

Há uma entrevista coletiva marcada para as 16h, na qual os novos ministros deverão responder a poucas perguntas de jornalistas. Ainda não há data prevista para a posse de Levy e Barbosa, que trabalharão com a equipe de transição dos ministros atuais, Guido Mantega, e Miriam Belchior. No comunicado do Planalto, Dilma agradeceu a "dedicação" de Mantega, ministro mais longevo do período democrático.

Abaixo, a íntegra da nota:

Presidenta Dilma Rousseff anuncia três nomes da equipe econômica do seu ministério

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, hoje, três nomes da equipe econômica do seu ministério.

Para o Ministério da Fazenda, a presidenta indicou o sr. Joaquim Levy. O novo titular do Ministério do Planejamento será o sr. Nelson Barbosa. O ministro Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi convidado a permanecer no cargo.

Os ministros Mantega e Miriam permanecerão em seus cargos até que se conclua a transição e a formação das novas equipes de seus sucessores.

A presidenta agradeceu a dedicação do ministro Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda do período democrático. Em seus doze anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população.

À frente do Ministério do Planejamento, a ministra Miriam Belchior conduziu com competência o andamento das obras do PAC e a gestão do Orçamento federal.

Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Bolsa cai no "fato" após subir no "boato"

SÃO PAULO - O Ibovespa se manteve em leve alta logo após o anúncio da nova equipe econômica, mas caía 0,80% às 15h50.

Joaquim Levy será o novo ministro da Fazenda, enquanto Nelson Barbosa será ministro do Planejamento e Alexandre Tombini se manterá na presidência do Banco Central. Lá fora, são poucos drivers, com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Às 12h12, o Ibovespa tinha alta de 1,01%, a 55.655 pontos, enquanto o dólar ficava estável em leve queda deía 0,06%, a R$ 2,5053. Ontem o índice fechou em queda de 0,83%.

Fora do noticiário nacional, o destaque fica para o presidente do BCE Mário Draghi, que anima as bolsas lá fora ao sinalizar que pode adotar novas medidas para impulsionar a economia da zona do euro.

Bolsas mundiais

Os mercados asiáticos atingiram nova máxima de um mês nesta quinta-feira, com investidores apostando que mais estímulos dos bancos centrais na China e na Europa vão fortalecer a economia global. Já na Europa, os investidores reagem a novos dados da economia da zona do euro e de olho na decisão da Opep, em um dia de menor liquidez para as bolsas mundiais devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA.

No continente europeu, a fala de Mário Draghi, presidente do BCE (Banco Central Europeu) de que a autoridade monetária pode usar mais instrumentos para ativar a economia leva a uma nova sessão de ganhos para a maior parte dos índices.

No gigante asiático, "o corte nos juros mostrou claramente que as autoridades chinesas estão muito atentas para sustentar a economia. Então mesmo que os dados econômicos da China venham bastante fracos, os investidores estão convencidos que não haverá um pouso forçado", disse o presidente da TS China Research, Naoki Tashiro.

O índice japonês Nikkei caiu 0,78 por cento à medida que o iene teve leve retomada, mas registra ganhos de 5,1 por cento até agora no mês, segundo melhor desempenho entre mercados na região, atrás da China, na sequência do surpreendente estímulo do banco central do Japão ao final de outubro.

(Com Reuters)
 
 
 
Brasil 247

Bolsa opera em alta à espera de equipe econômica





Presidente Dilma Rousseff não deve participar do anúncio oficial da nova equipe econômica, às 15h, segundo a agência Bloomberg; nomes de Joaquim Levy e Nelson Barbosa devem ser confirmados nos ministérios da Fazenda e do Planejamento, mas não há data prevista para a posse; eles trabalharão como equipe de transição dos atuais ministros Guido Mantega e Miriam Belchior; dia é de ganhos na Bovespa, cujo índice chegou a subir 1,2% neste pregão; à tarde, Petrobras virou para queda e amenizou ganhos da Bolsa

27 de Novembro de 2014 às 14:02





Por Lara Rizério

SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff (PT) não participará de anúncio de novos ministros às 15h (horário de Brasília), de acordo com uma fonte próxima ao Palácio do Planalto ouvida pela agência Bloomberg.

Segundo a Bloomberg, os novos ministros responderão a poucas perguntas de jornalistas.

A expectativa é de que sejam anunciados os nomes de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o ministério do Planejamento e a continuidade de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central. Porém, não há expectativa para a data da posse.

Ontem, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, que não adiantou os nomes que serão anunciados amanhã, destacou que os novos ministros vão trabalhar no Palácio do Planalto com uma equipe que fará a transição entre a atual gestão e a próxima.

Expectativa por anúncio de Dilma guia alta do Ibovespa em dia sem EUA

O Ibovespa tem leve alta nesta quinta-feira (27), com o mercado à espera do tão esperado anúncio da equipe econômica de Dilma Rousseff, que contará com Joaquim Levy no ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e a continuidade de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central. Desta forma, a expectativa pelo anúncio agita o mercado, ainda mais em uma sessão sem os EUA por conta do feriado de Ação de Graças.

Às 12h12, o Ibovespa tinha alta de 1,01%, a 55.655 pontos, enquanto o dólar ficava estável em leve queda deía 0,06%, a R$ 2,5053. Ontem o índice fechou em queda de 0,83%.

Fora do noticiário nacional, o destaque fica para o presidente do BCE Mário Draghi, que anima as bolsas lá fora ao sinalizar que pode adotar novas medidas para impulsionar a economia da zona do euro.

Bolsas mundiais

Os mercados asiáticos atingiram nova máxima de um mês nesta quinta-feira, com investidores apostando que mais estímulos dos bancos centrais na China e na Europa vão fortalecer a economia global. Já na Europa, os investidores reagem a novos dados da economia da zona do euro e de olho na decisão da Opep, em um dia de menor liquidez para as bolsas mundiais devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA.

No continente europeu, a fala de Mário Draghi, presidente do BCE (Banco Central Europeu) de que a autoridade monetária pode usar mais instrumentos para ativar a economia leva a uma nova sessão de ganhos para a maior parte dos índices.

No gigante asiático, "o corte nos juros mostrou claramente que as autoridades chinesas estão muito atentas para sustentar a economia. Então mesmo que os dados econômicos da China venham bastante fracos, os investidores estão convencidos que não haverá um pouso forçado", disse o presidente da TS China Research, Naoki Tashiro.

O índice japonês Nikkei caiu 0,78 por cento à medida que o iene teve leve retomada, mas registra ganhos de 5,1 por cento até agora no mês, segundo melhor desempenho entre mercados na região, atrás da China, na sequência do surpreendente estímulo do banco central do Japão ao final de outubro.

(Com Reuters)
 
 
Brasil 247

Justiça derruba liminar e prefeitura de São Paulo poderá aumentar IPTU


Agência Brasil

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) considerou constitucional a lei que atualiza os valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), defendida pela administração municipal. Essa lei foi suspensa em dezembro do ano passado por uma liminar de autoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do PSDB.

Um órgão especial do TJ, formado por 24 juízes, entendeu, por unanimidade, que não ocorreram os vícios alegados pelos autores e que não houve ofensa a princípios constitucionais referentes ao processo legislativo.

Com a decisão anunciada nessa quarta-feira (26), o aumento no imposto poderá entrar em vigor em 2015. A prefeitura informou que enviará um projeto de lei que perdoa pagamentos adicionais neste ano. Segundo a administração municipal, para o IPTU de 2015 será aplicado aumento máximo de 20% para imóveis residenciais e 35% para imóveis comerciais ou industriais.

Segundo a prefeitura, os contribuintes residenciais, que somam 2,6 milhões, devem ser afetados por uma variação média de 3,5% no valor do IPTU entre 2014 e 2015. Já os contribuintes comerciais, em um total de 517 mil, terão variação média de 25% no mesmo período.

A Fiesp informou que recorrerá da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Para a entidade, o aumento do IPTU viola os princípios da razoabilidade e da moralidade por ser superior ao crescimento da economia. 
 
 
 
Jornal do Brasil

Aécio Neves e sua identidade com a CIA


Tucano comete ato falho ao comentar ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda
 
 Jornal do Brasil

A declaração do candidato derrotado à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, de que a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é como "um grande quadro da CIA ser convidado para assumir o comando da KGB" - numa referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética - mostra que o grupo que Aécio representa defende realmente os interesses dos Estados Unidos.

O ato falho do tucano, que associa Joaquim Levy - a quem elogiou afirmando que o economista é seu amigo há muitos anos - ao serviço secreto americano, é como uma homenagem à própria central de inteligência, feito por um político que foi candidato à Presidência do Brasil.
 
 
Aécio Neves

Homenagem à mesma central de inteligência que atuou no Iraque, que derrubou Jango, Getúlio Vargas e seu próprio avô, Tancredo Neves. CIA que também atuou no país durante a ditadura e as práticas de tortura.

Aécio quis dizer que Joaquim Levy é bom como a caguetagem, a delação, o dedo-duro? O tom de ironia do tucano mostra que a oposição não quer pessoas qualificadas no governo. Na verdade, joga contra os interesses do país.

Aécio tem toda a razão: Joaquim Levy é muito bom. As manifestações contrárias dentro do PT tem um cunho ideológico.

Uma observação: Joaquim Levy foi nomeado secretário do Tesouro Nacional pelo presidente Lula, em 2003.
 
 
 
Jornal do Brasil