Uma equipe de reportagem do Globo foi recebida a tiros, por volta das 9h desta sexta-feira, quando chegava à comunidade da Rocinha, na região da Via Ápia, na Zona Sul do Rio.
Os jornalistas iam fazer uma reportagem sobre o alargamento da Rua 2 e as consequentes desapropriações previstas nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
Durante os disparos, a Associação de Moradores da Rocinha fechou as portas, forçando a equipe a buscar abrigo em uma loja. Após cinco minutos de tiros, um homem bateu na porta do estabelecimento ordenando a saída dos repórteres da comunidade.
“Vocês vão aguardar cinco minutos. A ordem é para descerem assim que abrirmos a porta”, disse a comerciante, assustada, após receber um recado dado por um jovem.
A Associação de Moradores da Rocinha informou que fechou por questão de segurança. Segundo a entidade, o clima está tenso na comunidade, onde estão acontecendo tiroteios regularmente.
De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, após a saída dos jornalistas, houve um confronto entre policiais e criminosos, e uma granada foi apreendida.
Segundo alguns especialistas, além de ajudar a combater a ação de traficantes, o alargamento das ruas possibilitará a redução dos índices de doenças. A tuberculose, por exemplo, atinge 300 pessoas da comunidade em cada grupo de 100 mil moradores. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, é o quadro de contaminação mais grave do estado.
Diário do Centro do Mundo
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