O frade dominicano Frei Betto, o teólogo Leonardo Boff e quatro integrantes do grupo Emaús se reuniram nesta quarta (26) com a presidente Dilma Rousseff e entregaram a ela uma carta com 16 demandas a serem analisadas em seu segundo mandato; após o encontro, Leonardo Boff afirmou que a própria presidente reconheceu a falta de contato com as bases. “Dilma se ocupava muito com a administração dos grandes projetos. Ela disse que a partir de agora será um ponto alto do seu governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e com a sociedade em geral”, afirmou
26 de Novembro de 2014 às 20:21
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
O frade dominicano e escritor Frei Betto, o teólogo e intelectual Leonardo Boff e quatro integrantes do grupo Emaús se reuniram nesta quarta-feira (26) com a presidenta Dilma Rousseff e entregaram a ela uma carta com 16 demandas a serem analisadas em seu segundo mandato. Na avaliação deles, após a vitória de Dilma nas eleições, nas quais havia um “risco” de que o “projeto popular do PT” não continuasse à frente do país, é necessário maior diálogo com a sociedade.
Após o encontro, Leonardo Boff afirmou que a própria presidente reconheceu a falta de contato com as bases. “[Dilma] se ocupava muito com a administração dos grandes projetos. Ela disse que a partir de agora será um ponto alto do seu governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e com a sociedade em geral”, afirmou.
O documento, intitulado O Brasil que Queremos, contém reivindicações que passam por temas políticos, econômicos, sociais e ambientais. Segundo o intelectual, Dilma tomou nota das sugestões levantadas na conversa e disse que quer discutir com mais detalhes questões como a centralidade da ecologia. De acordo com Leonardo Boff, a presidenta disse: "Eu prefiro escutar críticas, do que apenas escutar as coisas boas que eu faço. Porque aí eu aprendo”.
Segundo Boff, a presidenta quer se encontrar mais sistematicamente com o grupo, e pretende também receber lideranças de movimentos sociais na próxima semana. Ela se comprometeu a “estudar o documento”, já que nem todos os pontos foram discutidos detalhadamente durante a reunião, que contou com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
A carta, assinada por 34 pessoas do Emaús, pede um modelo econômico mais social e popular, a auditoria da dívida pública, proteção do meio ambiente, utilização cada vez maior de energias renováveis, defesa do direito dos povos indígenas e quilombolas. Solicita também a restrição de transgênicos e agrotóxicos, democratização dos meios de comunicação, universalização dos direitos humanos, instituição de nova política de segurança pública, valorização dos trabalhadores, o controle social da gestão pública e a ética na política, além das reformas política, urbana, agrária e tributária.
Brasil 247
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