22 de abril de 2015 | 10:53 Autor: Fernando Brito
O ódio histórico de O Globo à Petrobras faz o jornal “bufar”, hoje, contra a empresa, no dia em que finalmente ela cumprirá a exigência de apresentar seu balanço auditado de 2014.
Parte do óbvio – a perda de valor das ações da Petrobras – para retratar um clima de pessimismo com a empresa que já não corresponde ao comportamento do mercado financeiro.
Arbitra datas para comparar valor e usa, para isso, os números de uma semana atrás.
Que a Petrobras perdeu – e muito – valor no mercado acionário é uma obviedade.
A questão é se a empresa, neste momento, aponta uma tendência de queda ou de alta, claro que muito além das variações diárias.
A Petrobras e quase todas empresas brasileiras tiveram perdas na bolsa de Nova York, por várias razões mas, em comum, pela desvalorização cambial de 12% registrada este ano, e que teve neste período picos bem maiores.
Mas, como você pode ver na tabela que ilustra o post, as ações ordinárias da Petrobras foram, entre as brasileiras, as que melhor desempenho tiveram desde o início do ano. É claro que isso reflete mais a sua péssima situação ao final do ano do que qualquer outra coisa, mas também indica que a tendência é de recuperação.
Todas as grandes petroleiras perderam valor em um ano, pela simples e óbvia razão de que seu produto, o petróleo, apresentou uma queda abissal.
A Petrobras, é verdade, foi a que mais perdeu, contado de 22 de abril passado: 38,75%. Este índice precisa, entretanto, ser colocado diante dos das demais petroleiras: a Eni, italiana, baixou 30%; a russa Gazpron perdeu 24%; a francesa Total, 23%; a Shell, 18%; as americanas Exxon e Chevron, 13 e 11%, respectivamente.
Até a Standard & Poors, a agência de classificação de risco mais “feroz” para com a Petrobras, divulgou ontem nota dizendo que o cenário para a empresa era moderadamente “promissor”, ainda que não tranquilo.
Claro que só um irresponsável pode ficar especulando com cotação diária de ações, mas é clara a tendência de recuperação da Petrobras, apesar do incessante terrorismo dos jornais.
Os que se impressionam com o catastrofismo, como aqueles que seguiram os conselhos da turma que prevê “o fim do Brasil”.
Tijolaço
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