Parlamentares de diferentes partidos, como o senador Roberto Requião (PMDB) e os deputados Jean Wyllys (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB), além do ex-presidente Lula, assim como colunistas de diferentes perfis, como Ricardo Noblat e Juca Kfouri, foram unânimes em detonar o governador do Paraná pela agressão da PM contra professores; Requião defendeu, em entrevista ao 247, que o tucano não tem mais condições de governar; Jean Wyllys pediu "basta"; Noblat o chamou de "líder estúpido"; Jandira observa que seu governo "caminha para um estado autoritário"; o repúdio à agressão que deixou mais de 200 servidores feridos ontem no centro de Curitiba é geral e o Paraná ganha a solidariedade de todo o Brasil
30 DE ABRIL DE 2015 ÀS 13:31
Paraná 247 – A violência da Polícia Militar do governo do Paraná contra professores e servidores estaduais provocou um repúdio geral de políticos de diferentes partidos e colunistas de diferentes perfis, além de revolta da população de vários estados brasileiros. O ex-presidente Lula divulgou uma nota ontem se solidarizando com os profissionais e classificando como "inadmissível" a violência da PM no estado.
"Solidarizo-me com os professores do Paraná, que foram agredidos de forma violenta pela Polícia Militar do estado. Temos visto a atuação da polícia na garantia da segurança de manifestações que têm acontecido no país, mas esse direito deve ser garantido a todos. É inadmissível que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente àqueles que trabalham pela educação de nossos jovens e o futuro do país", escreveu Lula em sua página no Facebook.
Vários parlamentares atacaram a atitude do governador do PSDB. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) pediu "um basta de Beto Richa". "O que está acontecendo no Paraná é estarrecedor", escreveu ele em artigo, criticando ainda a cobertura da imprensa tradicional sobre o episódio. "Parte da grande mídia, como sempre, fala em 'confronto entre professores e policiais', o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada".
Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara, intitulou o episódio de "guerra contra o trabalhador" e "terror em praça pública". "Creches e idosos atingidos por gás lacrimogêneo, uma multidão de professores feridos (mais de 150), mulheres, homens e jovens humilhados pela polícia militarizada do governador tucano Beto Richa. O que se viu no Paraná chocou todo o país, revelando a face mais perversa de sua gestão: a incapacidade de ausculta dos movimentos sociais e sindicatos", disse.
Em entrevista ao 247, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse ontem que Richa "não tem mais condições de governar". "O clima é de indignação absoluta e de revolta no Paraná", descreveu. O deputado federal João Arruda (PMDB-PR) divulgou um vídeo na internet que mostra integrantes da equipe de governo comemorando os ataques da PM. "Absurdo", protestou. "Depois do massacre, o Beto Richa não tem mais condição de governar! Ou ele renúncia ou o povo tira ele de lá", escreveu o parlamentar no Twitter.
O colunista do Globo Ricardo Noblat chamou o tucano de "líder estúpido", por ter saído em defesa dos policiais. "Ao manifestar sua solidariedade aos policiais autores de violência tão estúpida, Richa se revelou um líder político, no mínimo, estúpido", escreveu. "Richa falou da ação de black blocs. Culpou-os pela violência que atingiu, pelo menos, 213 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba. Mas na hora do vamos ver, comentou que a polícia prendeu sete black blocs", disse ainda o jornalista. Juca Kfouri disse que o pai do governador, José Richa deveria estar se "revirando no túmulo" com a violência no Paraná.
Brasil 247
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