15 de julho de 2015 | 23:15 Autor: Fernando Brito
Ridícula a reação da imprensa explorando o fato de atletas brasileiros que são militares fazerem continência nos pódios do Panamericano de Toronto.
Isso, sim, é exploração de preconceitos imbecis contra as instituições militares, que além de todas as suas outras enormes funções têm, naturalmente o papel de formar atletas em suas tropas, porque é obvia a pertinência de atividades físicas no cotidiano de Exército Marinha e Aeronáutica.
São 130 militares atletas em nossa delegação de 600, uma marca que mostra a importância desta união entre o serviço militar e a prática esportiva, com benefícios para todos, sobretudo para a representação esportiva brasileira.
Ainda mais quando estes rapazes e moças, com sua honrada profissão, só deveriam ser aplaudidos por sua atitude de reunir a ela o decoro e o respeito que militares de verdade se impõem.
Muito bacana que, por força de sua formação e atividade, reproduzam o gesto que, nos quartéis, fazem ao hastear-se a nossa bandeira, mostrando que o amor à Pátria não se divide entre estar portanto um uniforme militar ou agasalhos e roupas de esportistas.
Principalmente em nosso país, com antos traumas relativamente recentes, que bom que se possa recuperar, pelos melhores exemplos, a admiração pelos nossos militares que, ao contrário de muitos, têm tido um comportamento exemplar de acatamento das regras democráticas!
E se as Forças Armadas sugeriram que prestassem o sinal de respeito, fizeram muito bem. Se podem colocar a bandeira às costas, beijá-la, conduzi-la em comemoração, porque é que não podem prestar continência?
É muito bom que nossas instituições militares sejam admiradas por gente que vai competir de igual para igual com gente vinda de todas as partes do mundo, em clima de amizade e fraternidade, em lugar de serem vistas por muitos que se servem da farda – ou de imitações dela, como aquele energúmeno que humilhou o pobre haitiano – para espalhar brutalidade, intolerância e – algo caríssimo entre esportistas e militares – respeito às regras pelas quais se vence ou se perde com honra, valentia e pudor.
Pode crer que quem faz isso quer alimentar a velha, falsa e inaceitável contradição entre os militares e o pensamento progressista.
E que nunca souberam, ao contrário dos valorosos atletas brasileiros, vencer segundo as regras que valem para todos.
Tomara que todos eles possam bater continência subindo ao pódio, porque é o Brasil vencendo com eles, de cabeça erguida e não com este “mimimi” sórdido, que, este sim, é um desrespeito aos atletas e ao país.
Tijolaço
Nenhum comentário:
Postar um comentário