sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Os dois empresários que gritaram palavrões, em junho, para o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, dizendo que ele era "ladrão", "palhaço" e "sem-vergonha", acabam de se retratar. Diante de queixa-crime por injúria, calúnia e difamação, eles procuraram o advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, e propuseram acordo. Mantega assinou ontem os dois pedidos de desculpas, concedendo aos empresários seu "perdão", exigência da lei para que a ação judicial seja suspensa.(coluna Painel)
O caso
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, perdoou os dois homens que o xingaram em um restaurante, na Vila Olímpia, em São Paulo, há quase 3 meses. Na ocasião, o engenheiro José João Armada Locoselli e o empresário Marcelo Maktas Melsohn chamaram o ex-ministro de “ladrão”, “palhaço”, “sem-vergonha” e disseram que ele estava “acabando com o país”. As ofensas foram gravadas e divulgadas na internet. Em meados de julho, Mantega conseguiu identificar ambos, e seu advogado, José Roberto Batochio, entrou com uma ação por injúria, calúnia e difamação contra Locoselli e Melsohn.
Diante do processo, os dois procuraram Batochio e propuseram o acordo: pediriam perdão e retirariam as ofensas na Justiça se Mantega aceitasse o pedido de desculpas e extinguisse a ação contra eles. Nesta quinta-feira, eles protocolaram no Tribunal de Justiça de São Paulo a retratação. Locoselli, na petição, afirma que xingou Mantega “por irrefletido impulso” e “sob forte emoção”, mas que estava arrependido e por isso retirava todas as ofensas. O engenheiro disse ainda, no documento, que “desconhece quaisquer fatos que desabonem a idoneidade” de Mantega. Já Melsohn diz, em sua petição de perdão, que “reconhece as qualidades de homem público probo, honesto e digno” de Mantega e que as acusações feitas por ele não eram verdadeiras.
Não foi a única vez em que o ex-ministro sofreu hostilidades em público. Em outra ocasião, ele acompanhava a mulher em um tratamento de câncer no Hospital Albert Einstein quando foi xingado.
Com o perdão de Mantega, a ação será extinta.
Rede Brasil Atual
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