"Quando você vê uma notícia em vários lugares, tem certeza de que não são todos o mesmo?", questiona o ex-presidente Lula, em sua página no Facebook; nota se refere ao modo como a denúncia de Época, sobre a construção do Porto de Mariel, em Cuba, foi repercutida em outros programas e veículos da Globo, como Jornal Nacional, jornal O Globo, CBN etc; nos Estados Unidos, no entanto, é proibida a propriedade cruzada de meios de comunicação, justamente para impedir o pensamento único e o monopólio da informação; agora, um professor da Universidade de Brasília, Venício Lima, pretende usar o ranking da Forbes para propor novamente a democratização da mídia; na lista, a família Marinho, das Organizações Globo, aparece com patrimônio de R$ 23,8 bilhões, seguida, de longe, diga-se, por Edir Macedo (Record), com R$ 3,02 bilhões; família Civita (Grupo Abril), com R$ 2,18 bilhões; e Silvio Santos (SBT), com R$ 2,01 bilhões; “Não seriam esses dados indicadores do poder desmesurado que os grupos de mídia desfrutam no país?”, questiona Venício
1 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 06:36
247 – Num texto postado em sua página no Facebook, o ex-presidente Lula se colocou como vítima da excessiva concentração da mídia no Brasil. "Quando você vê uma notícia em vários lugares, tem certeza de que não são todos o mesmo?", questionou Lula, em sua página no Facebook, ao se referir ao modo como a denúncia de Época, sobre a construção do Porto de Mariel, em Cuba, foi repercutida em outros programas e veículos da Globo, como Jornal Nacional, jornal O Globo e CBN, por exemplo.
Em paralelo, um professor da Universidade de Brasília, Venício Lima, pretende usar o ranking de bilionários da revista Forbes, para defender a democratização dos meios de comunicação.
Leia, abaixo, nota do Instituto Lula:
Organizações Globo inflam pretensa denúncia contra Lula
Na sexta-feira, a revista Época publicou matéria de capa baseada em documentos diplomáticos vazados ilegalmente sobre viagens do ex-presidente Lula a Cuba. Os documentos não revelam nenhuma ilegalidade, imoralidade ou qualquer coisa do tipo. É natural que presidentes, ex-presidentes e diplomatas de qualquer país relevante no cenário internacional defendam os interesses nacionais no exterior - o que inclui, obviamente, as empresas. O Itamaraty tem uma subsecretaria dedicada à promoção comercial do Brasil no exterior.
Mas a revista Época, com má-fé e ignorância em relações internacionais já constatada anteriormente pelo Instituto Lula (http://www.institutolula.org/documentos-secretos-revelam-ignorancia-e-ma-fe-da-revista-epoca ), detonou um processo de “repercussão” nos vários veículos de comunicação das Organizações Globo (rádio, portal, canal de notícias 24 horas e televisão aberta).
Entre as repercussões, a matéria do jornal O Globo no domingo distorce e manipula a nota do Instituto Lula (que pode ser lida na sua integralidade a partir do link acima). Em nenhum momento a nota disse, como escreve o jornal, que “considera normal o fato de o ex-presidente Lula fazer lobby em favor da Odebrecht”. Repetimos: o ex-presidente não faz lobby. O ex-presidente defende interesses brasileiros no exterior e não recebe ou cobra por isso.
A matéria de domingo de O Globo também traz a suposta revelação de que Lula teria agido por interesse da Odebrecht em Portugal. O texto não diz que essa matéria foi desmentida no dia seguinte pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, em negativa que foi dada sem destaque pelo jornal. Mais que isso. O jornal JAMAIS publicou a declaração do embaixador brasileiro em Lisboa, Mário Vilalva, que teria dito à Rádio e Televisão de Portugal que foi ele quem pediu para citar empresas brasileiras com interesse em Portugal. Segundo o embaixador, Lula e Coelho “trocaram impressões sobre o comércio bilateral”, nas conversas que tiveram. “Nesse contexto é que as empresas são citadas. Isso foi o que o ex-presidente Lula fez, inclusive por sugestão minha, que citasse as empresas que têm interesse em Portugal”, disse Vilalva. A declaração foi reproduzida no Brasil apenas pelo jornal de negócios Valor Econômico (que é apenas 50% das Organizações Globo (os outros 50% são da Folha de S. Paulo). O Globo sonegou essa informação aos seus leitores. Essa é apenas uma das mentiras publicadas pelo O Globo esse ano contra Lula: http://www.institutolula.org/as-cinco-vezes-em-que-o-globo-tentou-enganar-seu-leitor-em-2015 . O ex-presidente já entrou na justiça pela mentira do “tríplex no Guarujá”: http://www.institutolula.org/lula-entra-com-acao-contra-o-globo-por-conta-de-mentiras-sobre-triplex-no-guaruja.
Leia, ainda, reportagem sobre a iniciativa do professor Venício Lima, publicada na Rede Brasil Atual:
Professor da UnB defende regulamentação da mídia diante de ranking da Forbes
Famílias que monopolizam as comunicações no Brasil são destaque em relação dos mais ricos do mundo; para Venício Lima, país precisa regulamentar a Constituição Federal, que proíbe monopólios no setor
São Paulo – O destaque dos empresários de comunicação brasileiros no ranking da revista Forbes, cujo setor é o oitavo mais representativo entre outras 12 áreas de atividade econômica, é mais uma oportunidade para que o país pense em regulamentar o parágrafo 5º do artigo 220 da Constituição de 1988, que afirma que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.
Essa é a opinião de jornalista, sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB) Venício Lima, que considera “impressionante” o destaque dos empresários de comunicação, sobretudo em um momento em que o discurso sobre a crise domina os noticiários.
Na lista, a família Marinho, das Organizações Globo, aparece com patrimônio de R$ 23,8 bilhões, seguida, de longe, diga-se, por Edir Macedo (Record), com R$ 3,02 bilhões; família Civita (Grupo Abril), com R$ 2,18 bilhões; e Silvio Santos (SBT), com R$ 2,01 bilhões.
“Não seriam esses dados indicadores do poder desmesurado que os grupos de mídia desfrutam no país?”, pergunta o professor.
Brasil 24/7
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