Auditores da Receita Federal recomendaram aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Zelotes a quebra de sigilos bancário e fiscal da LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio, filho do ex-presidente Lula, e do restaurante Sanfelice Comércio de Massa Artesanal, de Myriam Carvalho, filha do ex-ministro Gilberto Carvalho; os dois pedidos têm a mesma linha de investigação: apurar o motivo de transferência de valores da empresa Marcondes & Mautoni, empresa de lobby contratada por montadores de veículos para, supostamente, "comprar" medidas provisórias que beneficiassem o setor; o ex-chefe do gabinete de Lula nega as acusações, assim como os advogados do filho de Lula
28 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 14:07
247 – As empresas dos filhos do ex-presidente Lula e do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho devem ser alvo de blitz da Receita Federal. Na última segunda-feira 26, a LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, já foi alvo de buscas em nova fase da Operação Zelotes. No mesmo escritório, funciona também a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda, outra empresa de Luís Cláudio.
Auditores recomendaram agora aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Zelotes a quebra de sigilos bancário e fiscal, entre 2008 e 2015, da LFT Marketing Esportivo e do restaurante Sanfelice Comércio de Massa Artesanal, de Myriam Carvalho, filha do ex-ministro Gilberto Carvalho.
Segundo reportagem dos jornalistas Andreza Matais e Fábio Fabrini, do Estadão, os dois pedidos têm a mesma linha de investigação: apurar o motivo de transferência de valores da Marcondes & Mautoni, empresa de lobby contratada por montadores de veículos para, supostamente, "comprar" medidas provisórias que trouxessem benefícios ao setor automotivo.
A Receita quer saber se os pais usaram os nomes dos filhos para receber dinheiro da Marcondes & Mautoni. A defesa de Luís Cláudio considerou a ação de segunda-feira "despropositada", uma vez que a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda. "não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada 'Operação Zelotes'".
Já no caso da LFT Marketing Esportivo, sustentam os advogados, "que se viu indevidamente associada à edição da MP 471 – alvo da Operação Zelotes –, a simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas: A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 - 2 anos depois".
Gilberto Carvalho, que prestou depoimento à Polícia Federal no mesmo dia, disse em nota ter negado "qualquer interferência no andamento da referida MP" e declarado "jamais ter recebido valores" para sua edição.
Brasil 247
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