SEX, 15/04/2016 - 20:01
ATUALIZADO EM 15/04/2016 - 20:02
Do GGN - Depois que a Lava Jatoi e a Procuradoria Geral da República alcançaram o objetivo de precipitar o processo de imepachment, a operação deixa Lula de lado para se concentrar novamentre em José Dirceu.
Prossegume os vazamentos, os julgamentos midiáticos, com evidente propósito político. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, principal responsável pela blindagem do senador mineiro Aécio Neves, não se pronuncia sobre os vazamentos.
A denúncia, agora, é sobre pagamentos de consultoria feitos a Dirceu por uma rede de varejo mexicana.
Do Globo
Lojas fecharam as portas no Brasil em 2015 e banco está sob investigação do BC
POR CLEIDE CARVALHO 15/04/2016 18:29 / atualizado 15/04/2016 19:00
O ex-ministro José Dirceu - Geraldo Bubniak / Agência O Globo / 31-8-2015
SÃO PAULO — A força tarefa do Ministério Público Federal investiga negócios entre o grupo mexicano Elektra e a JD Consultoria, do ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão e réu na Lava-Jato. O grupo, que reúne as lojas Elektra e o Banco Azteca, fez pagamentos de R$ 1,7 milhão à consultoria de Dirceu, a JD, por meio de operações de câmbio originárias de agências bancárias em Nova York, segundo documento do Ministério Público Federal.
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Azteca em janeiro passado por "comprometimento da situação econômico financeira, existência de graves violações às normas legais e regulamentares que disciplinam a atividade da instituição e ocorrência de prejuízos, sujeitando os credores a risco anormal". No último dia 6, nomeou comissão de inquérito para investigar a atuação do Azteca no Brasil.
Em seu comunicado a investidores, também em janeiro, o Grupo Elektra informou que começara o processo de retirada de suas operações no Brasil em 2015 e que, "para finalizar o fechamento", o Banco Central do Brasil havia iniciado "processo de liquidação extrajudicial". O comunicado afirma que as operações no Brasil representavam apenas 0,3% do total do grupo.
O grupo, que pertence ao bilionário mexicano Ricardo Salinas, chegou ao Brasil em 2008 com a meta de abrir mil lojas. O Azteca foi inaugurado pelo então presidente Lula. Num discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, realizado em Recife no mesmo ano, Lula afirmou que o banco esbarrou em burocracia para atuar no Brasil e que pretendia oferecer crédito barato aos brasileiros.
"Eu disse para o Salinas: nós vamos fazer o seu banco funcionar aqui no Brasil, até porque se você conseguir reduzir o spread para o povo mais pobre, eu penso que vai ser uma lição. Eu estou desafiando os bancos brasileiros, sobretudo os públicos, a perceberem o que vai acontecer com a entrada do Banco Azteca no Brasil", discursou Lula, que participou da inauguração da sede do banco.
A rede de varejo abriu apenas 35 lojas e sua atuação ficou restrita a Recife, Natal e municípios da Paraíba e Bahia. Salinas tinha como objetivo aproveitar o aumento do consumo das classes C, D e E no Nordeste. A empresa chegou a ter problemas com cobrança de inadimplentes. Consumidores denunciaram que cobradores da rede entravam em suas casas e tentavam retirar qualquer produto de valor para quitar a dívida, mesmo que adquiridos em outras lojas.
Jornal GGN
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