Eventual candidato à presidência da República pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes (CE) afirmou que, se o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) se eleger presidente do Senado será "uma prova de que há uma maioria de corruptos dominando o Brasil"; o comentário foi feito após as denúncias sobre a fortuna do peemedebista; o segundo senador mais rico no exercício do cargo, com um patrimônio declarado de R$ 99 milhões em 2014; o parlamentar também foi citado nas delações da Lava Jato por dois executivos de diferentes empresas
29 DE JANEIRO DE 2017
Ceará 247 - O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) considera uma "vergonha" que os senadores venham a eleger Eunício Oliveira (PMDB-CE) para presidência do Senado Federal. Após matéria divulgada hoje na imprensa sobre a fortuna do senador, Ciro Gomes comentou a denúncia em sua página no Facebook. "Vergonha a maioria dos senadores elegerem uma figura destas para a presidência. Prova de que há uma maioria de corruptos dominando nosso País".
Até o momento, Eunício é o favorito para suceder Renan Calheiros na presidência do Senado, com o apoio do Palácio do Planalto. A eleição será na próxima quarta-feira (1º).
Eunício Oliveira é o segundo senador mais rico no exercício do cargo, com um patrimônio declarado de R$ 99 milhões em 2014. Parte da fortuna de Eunício Oliveira foi ampliada por meio de negócios com o governo federal, enquanto exercia funções públicas. As duas principais empresas do peemedebista têm contratos de R$ 703 milhões com bancos controlados pela União.
As empresas Confederal e Corpvs, controladas pela holding Remmo Participações, na qual o senador tem 99% de controle, têm contrato com o Banco do Brasil, no valor de R$ 542,8 milhões por serviços contratados em dez Estados e no DF, entre 2015 e 2019. A Caixa, que tem parte da cúpula loteada pelo PMDB, vai desembolsar outros R$ 147 milhões entre 2011 e 2019. O Banco Central fechou outro contrato, de R$ 14 milhões, entre 2014 e 2017. Somam-se a essas cifras os valores pactuados com diversos outros órgãos da administração direta, a exemplo do Ministério da Saúde e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que renderam R$ 70 milhões à Confederal nos últimos dois anos.
Entre 2010 e 2014, o patrimônio declarado por Eunício quase triplicou. Em 2010, quando concorreu ao Senado, ele reportou à Justiça eleitoral ter bens de R$ 36,7 milhões, valor que saltou para os R$ 99 milhões informados quatro anos depois, época da campanha derrotada ao Governo do Ceará.
Além de questionar a fortuna de Eunício Oliveira, as matérias divulgadas hoje, também relembram que o senador é citado em delações da Lava Jato pelo ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello e pelo executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho.
Brasil 247
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