Jornalista Kennedy Alencar criticou a decisão da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, de não retirar o sigilo das delações dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, que foram homologadas por ela nesta manhã; "A homologação feita pela presidente do STF é uma atitude política de Cármen Lúcia para atender a um desejo da opinião pública. Porém, é uma decisão que vem pela metade. Falta dar publicidade e transparência ao que foi revelado pelos 77 delatores da empreiteira. O segredo tende a elevar especulações", diz o colunista
30 DE JANEIRO DE 2017
247 - O jornalista Kennedy Alencar criticou nesta segunda-feira, 30, a decisão da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, de não retirar o sigilo das delações dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, que foram homologadas por ela nesta manhã (leia aqui).
"A homologação feita pela presidente do STF é uma atitude política de Cármen Lúcia para atender a um desejo da opinião pública. Porém, é uma decisão que vem pela metade. Falta dar publicidade e transparência ao que foi revelado pelos 77 delatores da empreiteira. O segredo tende a elevar especulações", diz o colunista.
O colunista afirma que a decisão da ministra Cármen Lúcia "deixa na sombra fatos que o Brasil merece conhecer porque muita coisa já foi vazada nos últimos meses". "Esses vazamentos causaram incertezas políticas e econômicas e deram margem a manipulações para direcionamento das investigações. Uma das delações veio à tona na íntegra, vazada e distribuída por meio das redes sociais, a de Cláudio Melo Filho."
Kennedy lembra que a delação por si não é prova. São necessárias a denúncia e o processo. "Todos os acusados têm direito de defesa. Mas é preciso que o país saiba o que foi descrito pela Odebrecht. Certamente, essa revelações resultarão numa enorme turbulência política e econômica. Melhor que aconteça logo a deixar o país à espera de uma tempestade que só ameaça e não cai nunca", afirma.
Leia na íntegra o comentário de Kennedy Alencar.
Brasil 247
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